4 de dezembro de 2010

  1. Dar tchau me parece bom. Dar até logo me soa bastante estúpido.
  2. Os imbecis gostam de girar sobre si mesmos. Eu giro sobre mim mesmo, mas não me acho imbecil. Vaidade, em outras palavras. É que não peço à ninguém pra ver eu girando sobre mim mesmo e descobri que o nome disso é elegância.
  3. Eu faço planos e você faz planos. Todos nós fazemos planos. Planos... parece importante, mas não é. Fazer planos é como viver: você está fazendo mesmo sem saber.
  4. Gosto de mentir. E de cagar. E de dizer coisas sem pensar. E também gosto de mim. Mas gostar de si não precisa ser aprendido em lições espirituais, precisa? Sou arrogante e digo que não.
  5. Ela, um dia, me falou de uma árvore. Essa árvore tinha sido muito importante na infância dela. Ela disse que subia na árvore, via o mundo lá de cima e ficava por horas lá em cima. A árvore era sua casa, ela disse. Perguntei da casa de verdade dela e ela me chamou de estúpido, disso que eu só gostava do que não existia. Mesmo sem ela imaginar porquê, eu concordei.
  6. Dou dois beijinhos e digo OI. Chacoalho as mãos e dou TCHAU. Tenho charme e cinismo. Equilibro-me entre o idiota que fui e o idiota que serei. Parece profundo, mas não é. Acusar à si próprio tá na moda e pega bem. O erro é acreditar que você é quem você imagina ser.
  7. O faz de conta é uma grama verde. O Leminskão sabia disso e achou graça. O Tio Caetano cantou e também achou graça. Eu não posso falar dos outros, tenho limitações graves e nem sempre sou capaz de amarrar meus cadarços. Mas, mesmo assim, me considero bastante engraçadinho.