23 de fevereiro de 2011

(sr)

  • Ver filmes de boxe e se acalmar. Boxe é realmente legal. E, fato, rende bons filmes. Homens que lutam é o máximo resumo. Faz sentido. Acho que sempre fará.
  • Das manias recorrentes: Rádio UOL, música de Cello. E, Meu Deus, é tão triste e tão bonito. Imagino-me velho, com uma rotina e salário fixo resolvendo aprender tocar Cello. Seria uma boa velhice, acho.
  • No bar da esquina bebo duas cervejas. Penso na janta. Preguiça do peixe que não descongelou para o almoço. Na esquina as pessoas passam. Reparo que os shorts das adolescentes estão cada vez mais curtos. É bom ver as coxas jovens: já meio escangalhadas, mas ainda jovens. Lembro do Nabokov com Lolita e concluo que Lolita é nova demais pra mim: garotas de 16 já me constrangem. Esse tesão sem direção é uma beleza, ainda que seja inútil.
  • Durante o filme cago regras: todo homem deseja uma mulher que lhe salve. É um fato e nem sei o que fazer com isso. Tem um monte de homem que me acompanha: o Vinícius, o Dostoievski, o Domingos, etc. Imagino-me cagando essa regra (e descoberta tardia) para uma mulher do nosso tempo e concluo que fudeu. As maiores revoltas viriam à tona. Querer uma mulher que nos salve é, hoje em dia, algo que não deve jamais ser falado.
  • Vencer uma luta de boxe deve ser do caralho. Da esquina eu reparava nos meninos que trabalham na farmácia e que brincavam de lutar. Um clássico. Lembrei das minhas lutinhas contra primos, amigos. Eram lutinhas de brincadeira, e, como toda brincadeira, serviam de ensaio para a vida adulta. É... filmes de boxe são mesmo ótimos: vou rever a saga do Stallone pra confirmar o óbvio.