25 de outubro de 2013

s.r. m, abre as pernas, é tudo verdade e morro de medo.

Eu sou um tipo que julga.
Que acha julgar do caralho e que acredita que ter coragem de julgar é o mínimo de um ser inteligente e vivente.
Quero dizer: julgar é positivo.
Se o julgamento está certo ou errado, se o julgamento é estático ou dinâmico
não é o caso aqui.
O caso aqui: há muito prazer em julgar.
E eu tenho prazer com isso. E também em conversar com os que julgam.
Mas, enfim, pra dizer:
há compartilhamentos de fb que tornam imediatamente uma interessante em uma idiota.
há frases que estragam livros.
há deuses prejudicados pelos seus devotos.
E por aí vai.
Então assim:
a omissão nunca foi virtude nem será,
ser escravo por falta de opção não vale,
Deus, dmaiúsculo, no apocalipse, diz que cuspirá os mornos.
-
Então o julgamento,
a defesa da coragem
a abstenção da omissão (pra ser contraditório, ó pá)
e também os dez dedinhos
e a vontade de potência.
Isso: a vontade de potência.
A vontade de potência de vida.
A vida como vontade de potência de vida.
Os mil Vs e os tesões mais sinceros.
Aquele desabafo e caga-regras que só é possível em um blogue que se atualiza em 2013.

18 de outubro de 2013

Se eu fosse um corajoso e opinativo de Facebook, eu seria assim: s.r

Você não pode criar um herói ou um vilão.
Tanto faz se o herói é o jornal o globo, os blackblocks ou os professores.
Tanto faz se o vilão é o jornal o globo, os blackblocks ou os professores.
Quero dizer: você pode criar o que quiser, pode criar seu herói ou seu vilão. Os motivos são seus e lhe cabem.
Seu herói e seu vilão é problema seu,
tesão seu,
desejo seu.
Não faça a burrice de achar que seu herói é o herói do mundo inteiro.
Não faça a burrice de achar que seu vilão é o vilão do mundo inteiro.
Há jogos de força profundos e essa posição passional e inocente de vilões e heróis enfraquece a potência da vida.
A vida é potente e gosta de disputa. A vida tende à disputa.
E a disputa afirma a vida.
Briga entre fortes, boas brigas - é o que queremos.
Justiça para os justos - a equidade prevista pela democracia. (lembrando, quase boquiaberto, que justos são os fortes)

17 de outubro de 2013

s.r.

Em um ensaio acontece de tudo. São três horas de pura intensidade. Tudo passa pela cabeça: a glória, as fugas, as conquistas, o medo, a covardia, a vontade, a vergonha.
Pensa-se si, pensa-se nos outros, pensa-se muito; e há um louco esforço para ser claro e se comunicar com os outros.
Porque coisas tem que acontecer. Tem que existir. Tem que ocorrer no tempo e no espaço. E porque você é você. E porque você conclui que de diversas coisas que poderiam ter ocorrido sem a sua participação, a existência desse ensaio (e dessa peça) são coisas que só poderiam ter acontecido com você. Com sua vontade de potência atuando.
Então mil contas. Todos os sentidos: dinheiro, desejo, disposição.
Lembro do porquenão e lembro do porquesim. Sinto saudades da inocência, na época em que achava que o mundo era injusto e pronto.
Era simples, era bom, havia o bem e o mal e eu respirava livre. Éramos crianças e vivíamos felizes...
- essa bobagem íntima que em 2013 vira blogue -

14 de outubro de 2013

s.r


  1. Vale destacar as grandes dores: demorou muito, muito mesmo, para que nossa especie andasse só sobre duas pernas e fosse razoavelmente reta na coluna. 
  2. Muitos mais milhares de anos com rabo e braços longos e fortes. Ficar reto foi uma conquista de, sem exageros, milhares de anos.
  3. Repare como a dor se justifica. A dor se insinua: ela é uma mulher vulgar que, para as 'mulheres de bem', é incompreensível. A dor, nesse contexto, é um tesão.
  4. Então hoje: sustentar-se em duas pernas, comprar no mercado com cartão e voltar pra casa. O choro na estrada. 
  5. Quem entende? Dor pra caralho: voltar sobre duas pernas pra 'sua' casa. As lágrimas que só vieram ao adentrar a casa: dor conhecida: esse acordo tácito que foi feito pensando na inteligência que, vá lá, pode nos aliviar. 
  6. O refrão possível, sempre o mesmo, assim: um dia de cada vez. O refrão mais idiota de todos os tempos: o disfarçar-se.
  7. meu atélogo, meu rrrrrrrrr, meu seiláquediabos, meu amor que amor tá na moda. s.r


10 de outubro de 2013

1000 tem 3 000s,r


  1. As contas.
  2. O tesão.
  3. As cartas que deixou de escrever e receber.
  4. Esses planos todos.
  5. A descoberta: a procrastinação é falta de intensidade de vida. Uma matemática caipira de bicho homem: ao deixar estourar todos os prazos e tolerâncias, farei no último minuto. Aquela correria de última hora. Aquela intensidade que vem da infantilidade. Aquele prazer.
  6. e Deus tem mais a ver com os que Nele acreditam do que com ele mesmo.
  7. E tem saudade.
  8. E solidão.


  1. E amigos distantes
  2. e gente que você não entende e nunca entenderá.
  3. E as músicas bonitas que dão vontade de chorar porque lembram a infância.
  4. As paisagens tão bonitas que passam quando você está em um carro e o papo com o motorista é bom e lento.
  5. Vida ali e aqui. Essa coisa assim. Potente assim. 
  6. Simpatizo com os afirmadores. Os cagadores de regra. Os desagradáveis. Simpatizo com as frases curtas. As afirmações são a coisa, o treco. As negações, não. Os não-saber como virtude: a tristeza.
  7. E as flores. E os filmes do Domingos Oliveira e aquela beleza toda.
  8. Essa coisa do bicho homem, a beleza.
  9. E lembro do dia que você me disse que tinha 30 anos e que o mundo era mesmo cheio de gracinhas. O beijo na boca, o estalo dos fantasmas e sua mão sem coordenação no meu pinto.
  10. Ela só pensou no marido. Pensou tanto no marido que pensou que eu também pensava no marido. Eu não pensava no marido. Eu nunca pensava no marido. Pra mim era eu e ela conversando enquanto ela trocava de roupa. E meu pau crescia. E era só isso. Não havia mais nada.
  11. Os prazeres das peles e da carninha. As saudades do absurdo.     
  12. x
  13. w
  14. e
  15. n
  16. ´
  17. e
  18. ?
  19.  

5 de outubro de 2013

meus mortos me dizem.

Nunca suportei o excesso de dúvidas. Os indecisos, os que acreditam na indecisão, sempre me pareceram omissos. Até que se prove o contrário considero toda dúvida uma enorme covardia: seja de um presidente, de um rei ou do papa. A dúvida não é virtude em homens fortes.

1 de outubro de 2013

vontade e gosto é melhor que fortuna e requinte s.r.

deixar de oscilar entre a coragem e a covardia. e não me falem em caminho do meio. não é disso que trato. estou falando: deixar de oscilar entre duas coisas é maturidade que desejo. não estou falando de ser mais equilibrado. estou pensando em psiquiatras e drogas que agem nas conexões neurais. a evolução da espécie. a decisão, a ciência que faz o homem ser esse bicho que encanta e interfere nos processos naturais. abaixo os processo naturais! quero as coisas criadas pelos homens. as coisas demasiadas humanas. as coisas que surfam na vontade de poder e que desejam que a vida seja mais vida e mais desejo de vida. a auto ajuda da crueldade. o poder de cura que tem sangrar um animal apenas porque pode exercer sua vontade. um homem de gosto e vontade. uma pedra que rola. um ser que existe e pensa ao mesmo tempo, que nunca é uma coisa só, que prefere os prazeres  do abismo ao conforto dos platôs do planalto central brasileiro.
(minha escuta de will e taste era melhor: nenhuma riqueza (wealth?) pra me aborrecer: https://www.youtube.com/watch?v=14A0SzyO6yA)