2 de novembro de 2008

pras gracinhas de sempre

Que se danem as fofocas. Eu quero mais do que posso ter. Sou óbvio e me repito, me sinto bem assim. - Mas, Fernando, você reclama demais. Como se isso dissesse alguma coisa, como se por isso eu não pudesse falar.
Com a graça do bom deus e da infalível terezinha eu sei de mim: meu ego me protege quanto maior ele se torna. Confiar em quem? Confiar em si.
Gente chata que quer se adequar à tudo, que quer ser amigo de todos. Gente chata que se repete: - Mas, Fernando, você reclama demais.
Li um bucado pra ser assim. Estudei pra ser chato e egocêntrico. Sou honesto nesse sentido.
Fiel a mim mesmo me torno imbatível. Imbatível e solitário, mas é melhor assim: nada de aceitar miudezas pra consolar os vazios, nada de punhetas que substituem bucetas. Sexo no seu lugar e masturbação também.
Sou melhor quando sou desagradável é a minha conclusão.
Sou um cara de conclusões.
Meu ego imenso se sente bem dessa maneira.
Sou honesto, eu repito.

*


Pra
mim
apenas
importa
a
alma.


O
resto
é fuga,
excesso
de calma.