30 de março de 2011

fica assim:



Linda

de maneira geral.

Chata

de maneira específica.

O pau balançava e a vida seguia. (s.r)

Imaginava milagres, imaginava fugas incriveis. Lembrava do 007, do Kerouac na estrada, dos churrascos que fazia com os amigos quando tinha treze anos de idade. - Esqueceu o nome da primeira garota que beijou, mas lembra que quando perdeu a virgindade lembrou-se da garota sem nome que lhe fez pensar o mesmo que pensou quando trepou pela primeira vez: "Então é isso que eles fazem..." E pensou no sexo entre seus pais, nos beijos de língua dos seus avós e nas primas com quem assistia videos pornôs do Tio Zé aos treze anos de idade. - Daí o teatro, os sonhos e os primeiros livros que leu com tesão. O Rubem Fonseca, a professora de português que era ruiva e falava palavrões, a turma reunida em sua primeira viagem sem os pais ou a irmã com quinze anos de idade. Na cidade de Antonina dançou e fez parte de rodinhas de violão pela primeira vez. O Caetano era um gênio, o Djavan era um gênio e O Mundo de Sofia era um livro super importante que rendia papos fantásticos na cidade de Antonina. - Veio o olho cego, a última brincadeira de substituir a irmã e a Nova Zelândia sem nenhum sentido para um garoto de quase Dezeseis anos. O retorno, a língua inglesa e novamente Antonina. E turma. E teatro. - Daí a cidade enorme, a Av. Paulista, o curso com D.R.T e todas as profundidades que parecem realmente profundas aos Dezesete anos. - Foi a vez do tiro na perna, do retorno da ameaça do olho cego e do terrível e fatal primeiro Amor aos dezenove anos de idade: o sexo como milagre, a mulher que mais lhe amou e a cidade mais linda com praias, samba e calor escaldande mostrando suas garras vermelhas. - (continua...)