7 de julho de 2011

tem sempre fim, clarice.

As carninhas que eu tanto adorava estavam tão distantes. Pareciam anos, séculos, milênios. Faltava meu travesseirinho: as peitucas mezzo fartas mezzo caídas.
Culpa minha, eu pensava. Culpa minha e dessa minha incapacidade de discar os números no telefone e usar a voz. Que ela bem queria que eu ligasse e eu também queria ligar, mas não ligava. Telefones de merda, mundo de merda.
Nem teve tchauzinho. Por ironia a despedida ocorreu ao vivo, mas com ela ao telefone.
As carninhas nunca mais voltaram e eu, todo culpado, fiquei com esse monte de areia na mão.