14 de maio de 2009

O equilibrista.




Nada pra ser dito. Ta tudo lá. Tudo que importa, tudo que faz sentido. Grandes histórias, grandes sonhos, grandes amores.
Uma coisa inexplicável. Tem que ver.
Depois todas as mulheres eram bonitas na rua. Milhares de mulheres lindas passeando pelas ruas de Botafogo. E nenhuma tinha pressa.
Essa coisa sem explicação que temos ao ver uma obra de arte. Uma obra de arte sim. Mas sem o discurso tacanho da semiótica tacanha dos explicadores tacanhos do que não precisa de explicação. O Por Que dos americanos, ele diz.
Soube desse filme aqui. E aqui diz algo que sempre me comove: falta capacidade de acreditar no impossível.

-l-



Morde - se fronhas,
lambe - se cus,
sente amor por gatos, peixes e cachorros.
Dá uma volta na quadra,
olha pro céu,
e repete pra si mesmo
a mesma velha ladainha:
- todos mortos,
todos mortos e tristes,
todos mortos e tristes com um sorriso na boca.
Caveiras também sorriem,
ele pensa
achando que
quem sabe o que
e que agora sim
a coisa vai.
Cinema sozinho na tarde de outono,
uma gorda que lhe masturba com alguma ternura
e não esquecer de anotar que:
olhar pras próprias mãos quando se está bêbado é apenas uma maneira discreta de se lembrar da própria existência.