3 de março de 2013

Os porres de domingo perderam sua importância. Acontece. E o tempo, essa puta vingativa, tem sua crueldade. Falo de mim como sempre. E como não? E me esforço para não falar mal do facebook, essa 'ferramenta' (palavra da moda, né?) que monopolizou a navegação.
Eu mesmo, algum prazer e os dentes doloridos. A cabeça cheia, o medo latente e um desprezo que, infelizmente, tem razão de ser.
Estou falando do mundo, essa puta abstrata.
Só é possível entender certas coisas se optarmos por acreditar que há gente má, VERDADEIRAMENTE má, no mundo.
A coluna do Merval Pereira hoje, por exemplo. Ele mente, está mentindo e, muito provavelmente, ele sabe que está mentindo. Se não soubesse não seria tão elaborado. E, mesmo sempre tendo achado o Merval Pereira, um tipo de jornalista Heliodora - no sentido em que sua fama vêm do fato de dar porrada ou ser severo -, fico admirado por ser tão deliberado assim. Inclusive misturando tudo para se colocar em um lugar que deseja: no caso do Merval, a Yaoni. (O título da coluna é "meu dia de Yaoni".)
Mas deixa pra lá. Ver absurdos não é virtude. Assim como cutucar ferida nunca foi mérito em si. Há muita ferida cutucada inutilmente - digo por mim e por outros.
Então isso: os amigos pras picas e uma tristeza que só fica bonita porque azeitada em álcool e nostalgias atávicas.
A certeza que o mundo está errado e o desespero de saber que é assim mesmo. El bigodon de um lado e o jornal do outro. O equilibrista bêbado que cai em todas apresentações.
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porre de domingo e uma nostalgia estúpida: a m. Bethânia era bonita e o p. da viola parecia ter alma (e também rosa-maria, essa mulher que chorava porque amores morriam)
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