27 de fevereiro de 2011

Domingo-Oiés.

Meus planos são ótimos. E, agradecendo ao bom Deus inexistente, devo dizer: rio de mim mesmo e me sinto bem de maneira geral.
Não que tudo esteja ótimo e perfeito, não que eu não tenha ataques de pelanca dia sim/dia não, não que eu ache, como o mais alegre dos cegos, que tudo vai dar certo.
Meus planos são ótimos porque são planos. E porque, como todo plano, conta que haverá futuro. E, também como todo plano, vê o futuro melhor do que o presente. Simplesmente porque é assim que é: ao pensar no futuro não pensamos nas merdas, mas nas glórias. E é assim que deve ser. (Que ter planos pra pior seria o cúmulo da imbecilidade arrogante que, por tanto se levar à sério, crê ser a Realidade, R maiúsculo).
Então rio e sorrio e até gargalho. Planos! Que beleza!
E estou satisfeito com eles. Contra meu riso, devo dizer: são planos práticos e, razoavelmente, objetivos. Não são afetados nem pretensiosos, são planos cheios de cotidianaria e cálculos simples. Soma e diminuição: simples.
(Então separo os feijões. Cada vez mais separar feijões é uma tarefa inútil. É que máquinas separam com uma margem de erro bastante pequena. Quantas pedras se acha em um pacote de 1 kg de feijão preto hoje em dia? Poucas, muito poucas. E é o que é. Até porque, contra nós mesmos, devemos admitir o mundo muda pra caralho - mesmo que a gente insista em separar feijões.)
De forma que: planos, palmos, jogadas de aliteração e risos abafados que gostam de soltar perdigotos impertinentes. E os domingos e o verão do RJ. Belezinha e sono. Seriados americanos, Cinema da Argentina, Teatro de Improviso na TV.
Tá tudo certo, tá tudo ótimo. E as gracinhas, cheias de dengo, continuam a vir.
Resumo: a gente se diverte, né Mirolão?