5 de maio de 2009

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Perde-se a mão, morre-se sozinho.

Muito percalço, tropeçada com charme e discurso no final. E nem digo nada daqui, apenas assim, como quem olha e repara só pra antagonizar quem olha e não vê.
É claro que enquanto isso tudo ocorre, a multidão dança e comemora. O Flamengo é campeão e não é necessário desculpa nem motivo. Dançar por dançar, comemorar por comemorar: a grande festa de não parar nunca. Defender minhas ideias e meus modelos eu também sei. É aquela parte de mim que se manifesta no espaço. Que acha importante se afirmar diante dos outros. A velha conhecida teoria da arte: 'a arte existe pra provar pros homens que eles existem'. É bonito sim. Assim como beleza nunca pôs mesa e banquete é pra gula e não pra fome.
Depois: cócegas no queixo, sacanagem no corredor e uma punheta com objeto de carne.
Daqui 10 anos espero apenas não escrever o mesmo texto.

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com as mãos crispadas sob os seios pequenos:

- ah,
por favor,
fale sério comigo.
se você não entende
o que eu digo,
eu nada posso fazer.