20 de agosto de 2008

uiai

Mundo vasto e sem sentido no meio do turbilhão.

A merda é sempre parecida e você tenta fugir de si pra ter um tipo de paz. Fugir é mil coisas: sexo sem alma, loucura sem sentido, distração de televisão ligada sem volume, busca de felicidade, busca de sentido, porre pra curar dor, raiva pra manter algum tipo de vitalidade.
E mais outras coisas que outros falaram e falarão.
Então eu desço e busco a minha paz. Trata-se de um monte de idiotas cheios de trocadilhos e expectativas de se tornarem ricos. Um idiota, do tipo alegre, acha que a solução dele é uma máquina de polir carros. Tudo certo, eu também tenho meus planos. Tenho tantos planos que poderia até morrer agora. Eu e um monte de gente. Todos numa roda cheia de planos: vou ser autor de novelas, vou ser professor de pobre, vou ganhar na megasena. Planos e planos e planos. Malditos planos!!!
Solução pra tudo e, no fim de tudo, só sobra desespero e loucura.
Loucura de achar que você pode mudar a si mesmo, desespero de ter tudo e só acumular. Tem também também a ala da lua cheia, ala que acha que o cosmos é algo que se preocupa com cada individuo. Idiota 1 ou idiota 2. Gosto de pensar em mim mesmo como um idiota tipo 2. Questão de cisma mesmo.
E tem os eteceteras e a moça boa que lhe aquece as vezes, ou outra idiota que lhe acha especial, ou ainda uma família que lhe banca a miséria e a dor de artistazinho de merda.
Mas no bar a solução é bem claro e pronta: Dinheiro dentro do cu e uma buceta sem alma onde você se esfregue.
Simplificar a vida é sempre busca de felicidade.