30 de outubro de 2009

Daqui e de lá.

Meu osso é duro, mas meus dentes também. Vou continuar roendo. Eu rôo, eu acho decente roer. Que osso bom é osso roído.
Das coisas que me tocam/me pegam, eu sei que a insistência é uma delas. A capacidade de insistir é algo que me comove. Sempre acabo dando dinheiro pro mendigo que se repete. Mas só quando se repete ao longo do tempo e não no mesmo dia.
Insistência combinada com paciência é a virtude da fêmea que me matará. Sei disso desde os 16 anos.
Ocorre agora que a insistência existe, mas não tem direção. É uma insistência que não se decide e que lembra mais uma gaivota que aproveita o resto dos peixes do que uma águia que mira lá de cima e que desce como um raio pro seu último combate.
Ok, a metáfora não é das melhores, mas o ponto é: precisamos sempre da tríade sagrada. É pai, filho e espírito santo. E não pai e filho ou espírito santo e pai.
E já que insisto nisso, vou ser bem claro: pra mim, a morte serena virá da fêmea perfeita que levará minha alma e meu coro e que, como não poderia deixar de ser, carregará a santíssima trindade: a insistência, a paciência e a decisão.
Minha musa
com três peitos
e buceta ardente.
Tem
que
insistir
e ser
paciente.
E depois
de decidir
ser insistente.