4 de dezembro de 2012


  • A mania de amor e aquele tesão à flor da pele. Era um farsa como sempre é. E era real. Não havia mentira ou traição. Apenas erro, apenas equívoco. A loucura fazendo ciranda, ideias vagas sobre a virtude da sinceridade e um prazer auto destrutivo em ser incompreendida. 
  • Raras mulheres que realmente fazem da vulgaridade uma coisa. Porque a vulgaridade real e plena dá esse tesão imenso e mortal. O abismo da fêmea vulgar a fazer promessas. Eu conheço apenas uma assim: realmente vulgar, lindamente vulgar. A maioria apenas estilo, apenas consciência de que a vulgaridade é atraente pacas.
  • Preferiria que a partícula de Deus fosse chamada de "a partícula da alma de Deus". Porque alma é uma palavra incrível, uma dessas coisas que faz você pensar em "experiência linguística . A alma, feita verbo, criou o homem que pensa em Deus e em morte e que, por isso, vislumbra sua intervenção no mundo. E, caso a tal partícula fosse assim renomeada, não tenho dúvidas, seria bem, mas bem mais, compreendida. 
  • Ainda desenvolvo uma teoria na qual provarei que o Facebook limitou a internet ao juntar tudo em um único lugar. Navegar não mais. E, a cada dia, há mais páginas que levam para página dentro de um mesmo e único lugar: o facebook. É a cobra que morde o rabo no sentido mais perverso da imagem. A autossuficiência que elimina os outros, sejam quem forem: sites, negros, judeus ou twitter's. O Facebook, nesse sentido, é uma grande ameaça. 
  • Pensar em tanta coisa e lembrar de tanta gente. E onde fui parar? A solidão como condição e a descrença em 99% dos bem acompanhados. Porque a muleta conforta o corpo, mas não melhora a perna. (E hoje houve uma muleta esquecida na porta do teatro - algo que me causou frenesi e que merecia um curta metragem, um micro conto, uma história curta e esperta.) Assim: 99% das muletas são facilmente esquecidas se coragem - ou distração - houver.
  • Devo ouvir os conselhos de mamãe e sair de casa. Quanto mais deliberado mais eficiente. Ou alguém, sendo inteligente, ainda acha a espontaneidade e a natureza o grande conselho? (Não falo de intuição pelo mesmo motivo que não questiono a afirmação de um bêbado. O álcool faz falar mais do que se deve, mas jamais faz falar o que nunca foi pensado.)
  • um adeus um até logo e um nunca mais: as cartinhas, como os blogues, ficaram pra trás.