29 de abril de 2009

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Hoje vi a gorda que me dava mole. Ela ta magra. Nunca tive a intenção de pegar essa gorda, mas agora a chance é zero.
Ela era bem gorda e farta. Achou que eu era judeu. Me disse um monte de coisas sem graça e simpáticas. Sempre demorei pra entender quando uma mulher me dá mole. No caso dela também. Mesmo sendo gorda e judia eu não tinha clareza da coisa até que me disseram: X ta toda-toda pra você, hein?
Só peguei uma gorda uma vez. A situação foi bem determinante. A gente morava junto e fumava muita maconha. Nesse dia tava só a gente em casa. Sei lá porque. E a gente tava lá, jovem, e fumando muita maconha. Daí a gente se pegou.
Não lembro direito como foi. Lembro que antes da pegação em si teve uma bolinação estúpida sem beijo. Como se só o beijo definisse a coisa.
E foi bom. Se bolir e se sarrar emaconhado é quase sempre bom. E nos roçamos a beça, mas ela não quis me dar. Achava a coisa complicada. O fato de morar na mesma casa, as outras pessoas que moravam com a gente, essas coisas.
Eu teria comido essa gorda.
Seja como for, digo, com tranqüilidade, que não gosto de gordas. É uma matemática simples da qual já falei por aqui: dois gordos juntos são mais um fetiche do que uma trepada. E eu, cá comigo, ainda prefiro a trepada. Fetiche, pra mim, é sempre posterior.
Lembrei de tudo isso porque vi a gorda que ficou magra. Achei aquilo bem triste. Uma ex gorda.
Nada mais triste do que uma ex-gorda.
Uma pena.
A gordura dela não me agradava, mas era bonita.
Naquelas banhas havia ternura.