17 de junho de 2010

minha vantagem é não sofrer de bruxismo.

A verdade é que mulheres me perturbam. Assim que deixo uma entrar na minha vida fico na merda e sofro mais do que preciso.
"Mulheres são mais perigosas que espingardas", ouve o M. Corleone antes de se aproximar da mulher por quem ele acabará se apaixonando.
É isso. Mulheres são perigosas e eu me sinto tremendamente ameaçado. De um dia pro outro lá estou eu ouvindo dela o que não deixaria ninguém falar.
E é terrível.
Porque o que ela fala, na hora em que ela fala, eu escuto. Ela diz: você é louco. Eu digo: tem razão, eu sou louco.
E, vejam, nem acho que eu seja louco, mas quando ela fala parece ser uma verdade.
Mulheres - não todas, mas algumas - me influenciam de um jeito fatal e cego que eu nem sei se aprecio.
Acabo ficando com a bunda de fora, na mão do palhaço e cheio de dúvidas que nem são minhas. Eu me influencio demais. E, nessas, eu perco a mim mesmo e falo coisas que nem penso ou imagino.
Em outras palavras: eu sou fraco e me deixo levar.
Por um lado, tudo certo. Se for uma grande paixão, que seja: estou aí e não vou resistir por orgulho.
Por outro lado, que merda: mulheres sentem prazer em influenciar um tipo fraco como eu, mesmo que estejam cagando.
Então eu jogo amarelinha com as crianças do prédio e vou ao médico sozinho.
Por incrível que pareça sei me cuidar e até vivo bem - ainda que sem acreditar na aceitação-total budista ou no tudo-pode-ser neo hippie.
Eu sou eu e tenho meus preconceitos. Meus preconceitos valem a pena por dois motivos:
1 - são reais, mesmo que errados.
2 - o fato deles serem errados não quer dizer que não façam sentido.
E também porque tenho a arrogância de me sentir livre pra mudar de opinião quando é o caso.
No mais, minha costela fraturada e um analgésico sublingual que custa R$ 1, 90 a unidade.
É um mundo cheio de gracinhas, não é?
Eu acho.