19 de julho de 2010

nossos dadinhos.

Ela fala sobre "sexozinho inofensivo".
Eu me choco e não aguento.
Fico pensando na minha formação religiosa e no amor representado nas ótimas comédias românticas do cinema americano.
Eu choro ao final desses filmes. Eu choro porque acontece o que eu queria que acontecesse. Eu sou fraco, já disse. É verdade.
Mas ela fala "sexozinho bom e rápido, tu e eu no banheiro, sacou?"
Eu saco. Eu sempre saco. Mas, meu bom Jesus, cadê o sexo cheio de amor louco que era o certo na minha cabeça?
"Sexo é sexo, amor é amor", ela diz. É verdade. Mas ser verdade não me consola. Eu queria amor, amorzinho. Eu queria a foda-milagre e o orgasmo-deus. Eu erro. E eu sofro.
A gente joga dadinhos juntos. Estamos mentindo e mentir é legal. "Sexo é sexo, amor é amor." Sou vítima do Nelsão que me disse: sexo é para vira-latas.
Faço meu acampamento e preparo meu miojo. Tenho preconceito com mulheres que valorizam a marca do vinho e o raio da lua.
Digo "bye-bye" para parecer POP e solto ''até logo'' sem nenhuma convicção.
Ó sim! Ó Deus! Eu adoro jogar banco imobilário!