26 de junho de 2008

Merda Velha.

Não há princesas nem virgens.
Algum tédio e a repetição de si mesmo.
Um cara durão com cara de bolacha não é convincente.
Uma bunda bonita que ri de você quando a tara.
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Apenas o desvio de 1/2 quadra pode ser uma gentileza. E gentileza nem é bom caráter, é apenas educação antiga e maníaca. As delicadezas de um vampiro que chupa sangue por obrigação. E lembro que nunca achei o sangue da menstruação nojento. E lembro que na escola me disseram, pra minha surpresa, que a coisa mais pura que saía do corpo humano era isso: sangue de menstruação e sêmem de homem. E, ainda chocado, entendi o mundo quando lembrei das outras coisas que saem do nosso corpo.
E ainda resistem alguns mistérios: 1 - toda vulgaridade é fetichismo, 2 - todo amor teme apenas a si próprio, 3 - a vulgaridade só tem sentido como jogo de cumplicidade. Sabedorias que surgem dentro dos biscoitos da sorte dos restaurantes chineses da Av. Atlântica.
E assim como o gato lambe o próprio cu por ser capaz disso, eu mantenho esse blogue. Minha língua pode ter sido mais comprida, mas agora é mais eficiente. Maneiras de se proteger de um mundo mau.

2 comentários:

maria rezende disse...

oi maatz, ando sumida do meu blog mas sigo te lendo pra minha dose semanal de ironia inteligente... =) até te usei como epígrafe num texto que escrevi pro blog do "nome próprio", filme do murilo salles que estréia esse mês. que bom que você não é como eu, inconstante na escrita! beijo, maria

fmaatz disse...

pois é. descobri pelo site miter. fiquei contente. ainda não tinha entrado lá, mas entrei e gostei. to curioso de ver o filme.
bem, to com o 'buk na rua'...se der apareça.
bjs;