1 de abril de 2012

Travando o m-ped.

Descubro meu bar, descubro meu número: uma cerveja de um litro, dois Jack Daniel's e uma água. Ainda não sei como o Fernet entra na jogada, mas chego lá. Questão de tempo, de experiência, de informação de bêbados argentinos. (Ainda não conheci nenhum bêbado argentino, desses que cagam regra e explicam porque o mundo é assim.)
Três semanas amanhã. A cidade está mais domesticada e a maioria das direções eu acerto. Andar ainda é um prazer. Se fosse atleta, se tivesse vocação para atleta, diria: se não andar, meu corpo reclama.
Tenho que resolver minha rotina porque estou acordando muito tarde e porque acordar tarde só vale a pena quando acordar cedo não é bom. Até porque dormir é sempre bom, mas a gente faz em qualquer lugar. Quero dizer: andar com luz solar é bem mais conveniente.
Então: pra tocar punheta e dizer u-hu, fica assim: rotina inventada, neném. Das 10 às 12 andar, das 12 às 13 comer, das 13 às 17 escola ou biblioteca, das 17 às 01 a vida, as coisas que importam.
É, o tesão passeia. É, confirmar que você é você mesmo dói mais do que agrada. É, sobreviver não é viver em função da sobrevivência. É, melhor gordo-mole do que magra-dura. É, ser cruel consigo próprio é a única decência possível.
Meus dedinhos em direção ao ceú / meu ventre me puxando pra baixo / uma vontade de subir / e, Deus, bem do alto, dizendo que tudo é besteira.