11 de maio de 2009

flor no asfalto -




Ver o grande foda-se.

Libertar-se das grandes correntes.

Acho justíssimo cuspir pra cima. Mesmo quando o grande cuspe me cai na cara. Não é de um dia pro outro. O cuspe tem um tempo de queda lento e irresistível. A precisão tem um tempo próprio. É-como-deve-ser.

Na peça de hoje tem a máxima fatal: estar pronto é tudo.

Por mim é isso. Até o fim. Não acredito facilmente nas coisas e por isso sou sério. E também não me sinto mal por me achar um cara inteligente. Quiseram me por culpa. Eu mesmo me pego querendo me por culpa.

Mas tenho lá as minhas garras e os meus. Os meus é um círculo pequeno, mas fatal. É uma meia dúzia que gosta de mim e que me quer sem medo.

É isso. É uma boa explicação: os meus são aqueles que me querem sem medo.

E apenas eles importam nesse mundo imbecil e mesquinho, onde o encanto está mais na marca da cerveja do que no sabor. É a meia dúzia que eu levaria pro abrigo. Simples assim.

Minhas contas são modestas e meu delírio de grandeza é extremamente pessoal. Não atrapalha ninguém, além de mim mesmo.

Com todas as doenças e todos os delírios. Mesmo os piores e mais loucos. Com toda a merda que jorra de todos os cus imbecis que cruzam a minha vida.

Com tudo isso, e por isso, a paz só existe em 2 lugares: na meia dúzia que importa e nas coisas em que eu acredito.

Sem medo. Como deve ser.