22 de fevereiro de 2011

Faço as unhas, corto o cabelo e aparo barba e bigode.

Então é assim:
  1. Ou você é cínico ou é equivocado. O cinismo a gente entende e põe no bau idiota que leva a idiota etiqueta: 'coisa de gente'. Mas o equivoco... ah... o equivoco não tem baú e toca punheta com a mão esquerda por supor que, sendo destro, a mão é de outrem. Em outras palavras: lambe-cus só satisfazem imbecis. Ou será que realmente todos meus amigos que disseram 'a-do-rei sua peça' foram superrrr sinceros?
  2. Todo homem é uma criança. Digo: todo homem que inventa um programa com uma mulher é uma criança. Corrijo: todo homem que gosta de mulher e inventa um programa com uma mulher é uma criança. Demora pra ser indiferente ou pra ser amigo de mulher sem, secretamente, imaginar comê-lá. Diria que é questão de tempo e insistência. E com 'insistência' quero dizer uma íntima e solitária lavagem cerebral em que o homem repete mântricamente pra si mesmo diante do espelho: não quero comê-lá, não quero comê-lá, não quero comê-lá...
  3. Ter sucesso é o desejo mais imbecil e comum do mundo. E sucesso, se se pensar na palavra, é uma coisa estúpida e sem sentido. E nessas, a gente (os metidinhos de plantão com blogues e projetos artísticos variados), usa a palavra reconhecimento. Por um lado é decente e soa melhor, por outro apenas ratifica a idiotia dos nossos desejos diários. É um tipo de labirinto, onde os atores, mesmo com bons cachês, sentem-se envergonhados pelo sucesso que fazem.

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De barba feita

e manguinhas de fora

meu pau precisa

descobrir aonde mora.