17 de outubro de 2013

s.r.

Em um ensaio acontece de tudo. São três horas de pura intensidade. Tudo passa pela cabeça: a glória, as fugas, as conquistas, o medo, a covardia, a vontade, a vergonha.
Pensa-se si, pensa-se nos outros, pensa-se muito; e há um louco esforço para ser claro e se comunicar com os outros.
Porque coisas tem que acontecer. Tem que existir. Tem que ocorrer no tempo e no espaço. E porque você é você. E porque você conclui que de diversas coisas que poderiam ter ocorrido sem a sua participação, a existência desse ensaio (e dessa peça) são coisas que só poderiam ter acontecido com você. Com sua vontade de potência atuando.
Então mil contas. Todos os sentidos: dinheiro, desejo, disposição.
Lembro do porquenão e lembro do porquesim. Sinto saudades da inocência, na época em que achava que o mundo era injusto e pronto.
Era simples, era bom, havia o bem e o mal e eu respirava livre. Éramos crianças e vivíamos felizes...
- essa bobagem íntima que em 2013 vira blogue -