30 de junho de 2010

minha gorda emergente.

Os olhos tinham ficado pequenos e ela tinha engordado. Eu não gosto de mulher gorda porque eu sou gordo. Tenho preconceito com casais de gordos. Imagino dois gordos trepando e vejo um balé horroroso.
Ela continuava legal. Legal. Eu sei lá o que quer dizer legal. Um monte de gente é legal. Eu sou legal. Ela é legal. O mundo é legal. Legal é pura bobagem.
Gorda e legal. Pensei nisso e não descobri nada. Se fosse feia e burra, linda e inteligente ou legal e simpática eu até entendia. Mas gorda e legal não me ajudou em nada.
No bar eu tentava achar um monte de solução pras coisas sérias. Eu não conseguia. Olhava os camaradas do balcão e torcia, secretamente, pro time da Argentina. Eu era justo. Dois gordos trepando...meu Deus!!
Quando deitei meu pulmão apitou. Cada aspirada era um piiiii. Maldito cigarro. Cerveja aumenta os cigarros. Sorte que não uso cocaína. Aumentaria a cerveja e, consequentemente, os cigarros. Sorte. Piiiii.
Punhetinha pra dormir melhor: natural e inofensivo. Vou imaginar a gorda de olhos pequenos. Vai, vai! Come a gorda, cachorrão!
Até que gozei legal. Devia comer essa gorda. Minha casa não tem espelhos e nem precisamos de motel. Gorda bacana, deve arregalar os olhos quando goza.
O lance é me preparar pra gorda. Vou dormir pensando na gorda. Gorda com olhos arregalados deve ser um barato. Vou dormir pensando na gorda.
Dorme, cachorrão, dorme! Dorme e sonha! Sonha com a gorda, cachorrão, sonha!