24 de julho de 2008

Mordendo as unhas.

Eu gosto daquela peituca. Não adianta. Todo vez que eu olho pra ela, eu lembro disso. Peituca boa de morder e meter a mão. Já fiz o diabo ali. É um tipo de orgulho que eu carrego nessa vida triste. Quando estou pensando em suicídio eu lembro que já tive aquela peituca e me acalmo.
Eu sempre tirava pra gozar nas peitucas. Fazia voltinhas no mamilo com meu dedo lambuzado de porra. O sexo em si não era nada demais, mas fazer aqueles desenhos na peituca valiam até os gemidos grossos e exagerados que ela dava. Gemidos que me irritavam e me tiravam do prumo. Que entravam de tal forma na minha cabeça que, mesmo depois de dias, acordava ensopado de suor num pesadelo alucinante onde o final era sempre um despertador que reproduzia os tais gemidos.
Difícil descrever um gemido. É algo que não sei como fazer.
E vejo aquelas peitucas que hoje me ignoram. Ela até me sorri e me diz bom dia no elevador, mas nada mais faz sentido. Eu não toparia mais aquelas peitucas de qualquer maneira. Só de lembrar os gemidos me sinto mal. As coisas acabam e morrem. Eu também acho uma pena.

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