18 de dezembro de 2010

Eles são bonitos e jovens. Vestem-se bem e têm um estilo que eu desconheço por pura ignorância. Tênis com temas de grafite, mochilas com alças flutuantes, cabelos calculadamente desgrenhados. Eles sorriem e conversam com facilidade. Têm planos, são otimistas e têm desenvoltura para fazer elogios. Pra meu constrangimento eles não falsos ou coisa do tipo. Olho pra eles e tento desvendar algo que não existe. É que eles são o que são e, creio, vivem em paz. Consideram-se pessoas de sorte - e nem importa se a sorte é real ou não, importa que eles crêem nela e vivem bem.
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Despeço-me com o máximo de educação e volto pra casa. No bar da esquina tomo cerveja e, ao saber que pegam cartão, invisto num gurjão de peixe. 2 cervejas e quentinha.