21 de novembro de 2009

O que mais me irrita é esse desejo por homens delicados ou por mulheres masculinas. Fetiche de idiota, isso sim. Quando quero uma garotinha quero ela justamente por ser uma garotinha. E repito: se fosse pra dar um cu, dava pro cara mais macho da cidade.
Que eu é que não entendo isso. Uma mulher não é bonita por parecer qualquer outra coisa que não uma mulher. Acho, de novo, que é só uma maneira de 'turvar as águas pra as fazer parecer mais profundas', como diz o d. oliveira.
É chato e falso. Uma ladainha tão coerente com esse tempo nosso, 2009, onde confusão se tornou virtude na cabeça dos eternos indecisos.
A indecisão é parte da jogada de quem tá vivo e respira por aí, mas indecisão não é um estilo, uma virtude ou um jeito de aceitar tudo de tudo. Indecisão só pode ser legítima quando passageira.
A eternidade da indecisão inverte a coisa, como se o imbecil lhe afirmasse com os olhos injetados: - decidi ser indeciso, bonito não acha?
Só idiotas - ou ignorantes de alma - aceitam tudo de tudo. De graça nem injeção na testa, que achar que 'de graça' é a grande vantagem que não desejo ter. Prefiro pagar certos preços.
Não deixo de roer meu osso, mas sei que um osso é um osso. Não vou inventar uma sobra de carne que não me alimenta. Se for pra inventar, invento um banquete ou um milagre.
Mentir pra se safar ou pra se sentir melhor é uma coisa indecisa e mal resolvida.
Radicalizar, mesmo em ninharias, ainda me parece mais decente.