9 de julho de 2011

3 d.c.

O café desce com sabor e calma. Há paz em certas coisas. (E se não digo "felicidade em coisas simples" é por ser preconceituoso e julgar bem mal que usa essa frase).
Ela, em uma delicadeza que havia esquecido, trouxe broas. "Broinhas", ela disse; e resaltou que ainda estavam "quentinhas".
Por mistérios e também por distâncias que ocorrem reparei quase feliz: ela me conhece e eu a conheço. Somos íntimos de maneira geral e nos conhecemos de maneira específica. Ou o contrátrio. Provavelmente o contrário.
O encontro dura minutos, mas passa-se horas. E eu, como ela(suponho), me sinto bem e até, por que não dizer?, radiante.
Ser visto com generosidade por olhos alheios tem um efeito profundo em certas circunstâncias. Foi o caso. E também a certeza que existem afetos longos e gratuítos.
Despedimos-nos e "até breve" é o que penso. Imagino um encontro semanal ou à cada dez dias. Seria uma garantia de sânidade. Não é pouco.