31 de janeiro de 2008

não há nenhuma flor em nenhuma paisagem de nenhum deserto.
não sou eu que vou plantar.
Nem vou dizer nem vou falar. Vou é chutar o cachorro morto na porta. Não quero gente perto de mim. Não quero compartilhar o meu mundo sujo e raivoso. Não quero tentar me entender, nem quero que me entendam. Não vou me permitir entrar nesse pensamento. Eu ainda controlo algumas coisas e são elas que importam. Nada de ser involuntário e espontâneo. Espontâniedade é coisa de criança, coisa de bêbe que sorri quando você põe o dedo no queixo dele.
Sim, vou dançar com o diabo, mas apenas os passos que eu sei. Mesmo a tragédia é controlada, mesmo o desespero tem seu rumo. Não vou ficar nem atrás nem na frente, vou ficar como sempre estive: parado e solitário. É esse o meu melhor.

30 de janeiro de 2008

Muitos cigarros para aguentar o tranco e tenho me lamentado muito. Não gosto disso, não combina com minha arrogância inútil e ingênua. Tenho é que jogar mais merda por aí e seguir adiante. Não há problema em encarar o diabo. Não há problema em dançar com o Demônio. É apenas uma questão de tempo, de tortura e de resistência. Chega de auto piedade ególotra e incompetente. É melhor dançar na chuva do que não ter pernas.

28 de janeiro de 2008

A noite é longa e os sonhos tristes. Eu berro aqui porque é simples, porque nem sempre há beleza nas manchas de pele da mulher amada. E nem sempre há eu mesmo me sentido bem e com a capacidade de não me lavar à sério.
Então aproveito e berro mais alto e finjo e minto e fico feliz por ser capaz de rir da própria miséria ( É isso que quero até o fim: eu rindo, eu rindo. Rindo e esquecendo que é a perfeição).
E será bem calmo ser eu mesmo porque eu não terei que pensar sobre isso. Terei apenas que beber e reclamar. E beberei muito. E reclamarei muito. E viverei em paz. E será bom e vulgar. Será perfeito.
E meu saco será de ferro e vou tolerar todos os que me encherem o saco. Serei um bom cristão, enfim. Serei um cara legal. Serei ótimo.

RECEBI POR E-MAIL DA MINHA TIA.

De aorcdo com uma peqsiusa
de uma uinrvesriddae ignlsea,
não ipomtra em qaul odrem as
Lteras de uma plravaa etãso,
a úncia csioa iprotmatne é que
a piremria e útmlia Lteras etejasm
no lgaur crteo. O rseto pdoe ser
uma bçguana ttaol, que vcoê
anida pdoe ler sem pobrlmea.
Itso é poqrue nós não lmeos
cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa
cmoo um tdoo.
Sohw de bloa.

Fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua mente leia corretamente o que está escrito.

35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4 M310 COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R B3M ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5!

27 de janeiro de 2008

O MUNDO LÁ FORA É SEMPRE PIOR QUE O MUNDO AQUI DENTRO.

"Meu bem,
me ajude a relaxar, mas,
de qualquer maneira,
faça pequenos sacrifícios por mim.
-
Porque eu preciso disso
assim como você precisa
da praia, e acredite,
eu irei à praia para lhe
agradar e ficarei feliz por
isso".

26 de janeiro de 2008

Agora eu sou uma criança abandonada e ninguém me entende por eu ser uma criança abandonada e incompreendida e triste e eufórica como todas as crianças são.
E eu me esforço pra lembrar da minha mãe e da sua teta pequena que um dia me bastou pra continuar vivendo. Mas eu não consigo lembrar, embora eu saiba que um dia isso ocorreu porque existem fotos onde eu não pareço em nada comigo mesmo e minha mãe sorri olhando praquele vermezinho minúsculo que lhe suga as mamas.
E dá uma puta vontade de chorar porque eu ainda era uma promessa e não um ser humano propriamente dito.
E toda e qualquer mulher é sempre minha mãe e isso é patético e ridículo e também psicologia barata, mas quando converso com meu bom amigo ele entende o que eu falo e eu me dou por satisfeito.
E quando o mundo é mau minha mãe sempre se impõe porque ela é a única mulher que nunca me comparou com ninguém, nem mesmo com o meu pai que ela ama loucamente e mais do que ele imagina.
Então eu procuro outras tetas pra ver se consigo sobreviver só delas, mas essas tetas não me bastam e eu sofro e constato que sou mesmo uma criança esperando que a mãe volte do trabalho pra falar pra ela o que só ela poderá entender.
Mas mamãe tá distante e a teta dela tá murcha e as outras tetas não. E sei que nem sou mais criança, mas, mesmo assim, não consigo entender porque eu não posso me alimentar só de tetas.

boa-vidinha

Eu vejo as pessoas e me dou por satisfeito.
Saio, dou uma rodada, vejo um ou outro maluco que me dão trela e reparo que tem uma moça bunduda que olha pra mim como se eu fosse um objeto curioso. Eu entendo ela, eu também olho pros outros assim. Não se trata de tesão, mas de olhar gente como se fosse objeto.
Entendo porque eu olho pros outros assim, mas não entendo porque poderia ser olhado assim. Não por nada, mas porque sou mais comum. Uma barriga grande e uns olhos perdidos. Penso que talvez sejam meus óculos que são grandes demais e me fazem parecer sei lá o quê.
E eu vejo toda essa gente e o microfone aberto e me sinto bem. E gosto ou não gosto do que as pessoas fazem, mas mesmo assim repito pra mim enquanto vejo aquilo: é isso, a vida também acontece fora do meu apartamento.
E chego em casa e tomo a saidera e escrevo aqui e me dou por satisfeito. Não antes de lembrar do cara da cerveja:
- Vê uma cerveja?
- Porra...acho que acabou a grande...(ele caça uma no isopor)...aqui.
- A última...!
- A última não! A saidera!( tempo) A gente não vai morrer agora, vai?
- Tá certo....

25 de janeiro de 2008

Noite fria de porre e solidão. Nada muda tanto assim, mas eu me afirmo me deformando e vendo o quanto eu posso piorar. Sem saco pra agora, sem saco pra antes, sem saco pro futuro. Sem paciência ou desejo pra me jogar nessas merdas todas. Eu sei o porquê dos meus receios e eu prevejo as dores. E eu quero ter controle sobre mim pra poder cuspir pra cima. Pra sujar a minha cara sozinho.
Nessas noites eu tento falar com desconhecidos que é pra ver se o milagre acontece. Mas o milagre não pode ocorrer dessa forma. O milagre nunca pode acontecer. Mas eu minto pra mim mesmo e, secretamente, espero.

24 de janeiro de 2008

O MUNDO É MAU:

- Queria te encontrar hoje. Algumas coisas pra te dizer antes que seja tarde.
- Antes que seja tarde...?...que horror!...veja lá...tsc...tsc!
- Antes que seja tarde da noite...rs.
- Besta! Já é tarde!
- Sim. Sim. BESTA.

23 de janeiro de 2008

No meio da porra toda um monte de pensamento estranho na sua cabeça. Você tenta convencer a si mesmo de mudar de jeito, de ser mais suave, de se expor mais e de assumir que a vida é isso e pronto. E tudo é mesmo uma questão de grana e de cu. Tudo é só pra sobreviver. A vida limitada pelas necessidades que ela mesma impõe: necessidade de amor, de grana, de roupa lavada, de congelador eficaz, etc. Ar condicionado também é bom, mas não é ele que me constrange. É o resto. Que é o mínimo. Que é a vida no que ele tem de idiota: a realidade. A maldita realidade.
Imbecil com 26 anos e sem capacidade de se impor. Imbecil querendo que a realidade não exista pra poder achar a vida boa. Imbecil com os pés virados pra dentro. Imbecil esperando o maná do Senhor.
Imbecil que inventa uma história:

“ Vou te dar 2 beijos antes de dizer adeus”

No 1° vou enfiar na tua boca a língua e sentir tua carne
atrás e acima do dentes,
onde romanticamente chamamos de céu da boca.
E minha língua estará no meio do-teu-ceú-da-tua-boca e eu puxarei minha língua
e farei com ela uma ponta pra passar atrás dos teus dentes
pra depois voltar
pra minha boca.
No 2° vou empurrar a minha boca contra
a tua
por longos minutos.
E cada vez com
mais força
até que teus dentes
machuquem teus lábios
e você diga: - Ai!
DENTRO DA CONCHA,
EU PENSO NA VIDA:
- POXA...

22 de janeiro de 2008

bunda redonda e bonita.


eu passo a mão,


eu olho,


eu digo e repito: sua bundinha pra lua numa noite de poucas estrelas...


há sempre lua nessas noites tristes...


há sempre raiva nessas mortes próximas.

20 de janeiro de 2008

De novo na casinha e meus sonhos vêm e vão e ainda fico constrangido com muita facilidade, mas seja como for, eu digo:

Esse fantasma estampado na sua cara triste não tem nenhum sentido de ser. Seja esperta: é fácil amar fantasmas, é simples entregar a própria alma pra gente morta. É simples e conveniente. Pra mim é assim: eu com meus passinhos lentos de barrigudo e uma criatura fraca diante de mim. Eu olho pra essa criatura e decido: sim, sim, uma punhetinha boa e eficiente. E me pergunto: será que sou capaz de me confundir com as minhas próprias mentiras?
De qualquer maneira eu tô lá e olho pra ela e penso: vou inventar uma confusão pro meu tédio, vou salvar um ser que já nasceu perdido. E é divertido e foi saudável. Uma bobagem com prazo de validade e morte iminente. Entenda que eu posso me divertir assim, por mais estúpido que seja, por mais que eu mesmo me confunda na minha mentira.
E isso tudo é bem diferente da carne e da realidade e da consumação que você traz. Você sim, minha querida. Você aí bancando a moderninha e sendo mulherzinha do séc. XIX. E acho até bonitinho isso, mas repito: seja esperta. E acrescento: você já tá velhinha pra ter medo de fantasmas. Eu posso até lhe proteger numa noite escura desse fantasma, mas mesmo isso será só por diversão, só pelo calor de lhe ter pertinho e com medo.
No mais eu exijo uma boa janta na sua casa e toda a realidade da sua presença. Afinal você está viva e nem me assusta tanto assim.

11 de janeiro de 2008

humor.

TENHO RECEBIDO TERNURAS GENEROSAS DE UMA MOÇA ESPERTA.
MAS EU NÃO SEI O QUE EU FAÇO COM ISSO.
OU EU MORRO ACEITANDO.
OU EU MORRO NEGANDO.
...O CHATO É QUE EU SEMPRE MORRO NO FINAL.

7 de janeiro de 2008

A musa do século 21

Do Blog da Dn. Maria. Linkado aqui e do lado também. Genial, genial. Ela disse tudo. Raro, raro. Etc.
Ela entendeu tudo, não é? Impressionante, não é?
Eu acho. E faz tempo.

Gata, gostosa, tesudinha:
dá de quatro, dá de lado e ainda dá a bundinha.

Aberta, relax, super moderninha:
divide o namorado com hippies e patricinhas.

Séria, independente, meio estressadinha:
tem sua própria casa e paga as contas sozinha.

Culta, inteligente, artisticazinha:
Cita filosofia, curte música e um cineminha.

Doce, prendada, jeitosinha:
lava a roupa, arruma a casa e ainda cozinha.

Faz a unha, faz uns bicos, faz café, faz 69,
busca o cara no seu carro e ainda dirige pro motel.

Compra frutas, roupa nova, se depila e lê de tudo,
tem email, tem um blog, tem crédito no celular.

Não pede ajuda, não liga pra bagunça, não chora à toa, não fala demais.

Não é careta nem doidona,
adora esportes na tv e sexo de madrugada,
não fala em filhos nem casamento
e cuida sozinha da anticoncepção.

Por ela suspiram os machos do século 21,
e por causa dela sofrem as fêmeas,
meros projetos de musa,
nós, mulheres reais.

5 de janeiro de 2008

Vou te contar as histórinhas e depois eu caio fora de novo.

É que por aqui nem tudo é tão claro e pacificador como poderia ser. Porque a confusão aumentou e eu me atormento com facilidade e todo o desespero cresce porque nem quero nada de nada, além de ler e ler porque ler é calmo e organizado.
E ser eu aqui nem é tão encantador como é ser eu aí onde eu só eu sou reizinho de mim e do meu umbigo gordo e suado. Minhas ternuras fabricadas por mim mesmo, etc.
E engraçado que releio agora e parece recado pra você, mas nem era, mas fica sendo. E tá tudo certo. E tá tudo ótimo. E ainda tenho medo da morte.

2 de janeiro de 2008

Queria escrever um troço bonitinho porque é ano novo e tudo o mais.
Mas tem uma louca gorda e adolescente do meu lado que solta risinhos pra sua gangue de 3 gordas que estão atrás dela e que encostam os braços suados em mim. 1 acessa a Internet e as outras torcem pra ela. As 4 me infernizam.
Saco.