31 de janeiro de 2009

aav v

Me reúno com os meu amigos.
Sento e bebo uma lá, lendo as cartinhas. Depois, já em em casa, me junto com outro. E me sinto bem.
Gosto quando outro me diz o que eu preciso ouvir. É bom ouvir certas coisas de boca alheia.
"Sem metafísica não há cultura", é um bordão que roubo de imediato. Sem culpa, sem dor. Mesmo o ladrão tem explicações para o seu roubo.
Essa gente aí é da pesada mesmo. Eles falam, eles berram, eles não têm medo de falar sobre o que realmente acreditam.
É claro que eu vou chupar eles, é claro que o sangue deles é o sangue que importa.
Até porque, qual é a outra opção?
Sugar o Zeca Camargo por que ele apresenta o Fantástico?
Mudar pro canal que tem mais Ibope?
Eu não. Não agora, enquanto tiver o meu luxo.
Fazer 10 coisas ao mesmo tempo só é mérito pra quem não faz nada de verdade.
Eu prefiro, enquanto posso, buscar essa gente. Essa gente que não viveu para curtir a vida. Essa gente que desejou tirar da vida o que decidiu como mais importante.
-
(A merda da situação atual é que tudo fica com cara de resposta, mas nem é esse o ponto. O lance, pra mim, é antigo e é o que sempre foi: o homem é do tamanho dos seus sonhos. Caga Regra velho e batido, mas, mesmo assim, pontual)

30 de janeiro de 2009

quando as unhas crescem

Finalmente as coisas podem começar a caminhar. Meus demônios foram soltos e agora, mesmo que me afetem, não moram mais dentro de mim. Todos os bichos e todas as loucuras soltas, aos berros, com toda alma que tenho, com toda alma que cultivo e com toda alma que preservo e alimento com leituras. Meu sangue continua correndo e na minha ânsia de viver tudo, soltar os demônios é parte da coisa, com toda intensidade que quero ter quando estiver falando das coisas grandes. Porque eu acredito em coisas grandes, porque eu me nego a ter medo das coisas grandes.
Agora sim há uma história, agora sim há um acontecimento. Nada daquela coisa morna habitual. Houve um pulo, houve um excesso, uma loucura plene e decente. Como deve ser, como eu acredito que deve ser.
Não seremos mais vomitados da boca de Deus.

29 de janeiro de 2009

28 de janeiro de 2009

Tipo Assim Blogue Fodão.

Tipo descolada, tipo independente, tipo que trepa bem.

Tem carro bacana, dança nas boates e entende tudo de moda e comportamento.

Tipo dessas mulheres que você quer distância.

Mora sozinha, é artistazinha e vê filmes cults e lê livros da lpm.

Sofre de insônia porque mora em São Paulo e pertence ao século XXI.

Filha única que se dá bem com os pais, tipo esperta que sabe se impor e que usa o mau humor pra fazer charme.

Não conheço, não quero conhecer e tenho raiva de quem conhece.

Tipo i-pod, tipo mp3, tipo que aproveita as novas tecnologias.

Sabe de tudo, tem muitos amigos, mas nunca precisa de ninguém.

Ótimos textos e péssima alma, é o que diz minha intuição.

-

Descobri o blogue dela e nem lembro como e, de vez em quando, ela escreve umas pérolas e uns textos realmente legais.




O blogue dela é:

27 de janeiro de 2009

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queria escrever um treco fodão no meu blogue, mas nem consigo. tem já uns 7 rascunhos que desisto no meio. um parece idiota, outro é desnecessário e por aí vai. vontade de escrever e não conseguir é um tipo de merda sem fim. sua cabeça tosta, mas não chega a lugar nenhum. quando a cabeça tostar sem direção é um saco sem fundo.

25 de janeiro de 2009

qcqss

Meu puta merda chora baixinho e sabe do que diz.


Sem saco e com agressividade disponível para socar os bonecões de posto.


Por isso, eu digo.


E digo em paz:


  • Quem é não precisa dizer "eu sou". Quem precisa afirmar a si próprio se enfraquece. Hitler, demônio que acreditava ser anjo, nunca precisou dizer que ele era ele. Ele era ele, e ele, na cabeça dele, estava melhorando o mundo. Isso quer dizer que fazer o mal independe de ter consciência do mal que se faz. O mal geralmente é feito por motivações positivas. O velho ditado popular nos ensina isso de maneira simples e direta: de boas intenções o inferno está cheio.
  • Morremos a cada dia e isso é fato. Não é inteligente confundir fatos com novidades. O tempo passa e é terrível. Tão terrível que é o tempo um dia que nos matará. Nada suporta ao tempo. A carne será pó, a crença será lembrança e o conta gotas fatal do tempo é o único desafio real que temos.
  • Ganhar do tempo é o grande objetivo da especíe humana. Seja na ciência, na arte ou no amor. O curioso é que sabemos de antemão da nossa derrota, mas mesmo assim insistimos. Saber que a gente perde para o tempo não quer dizer que a gente desista da luta. Somos esse tipo de bicho que se identifica mais com David do que com Golias. Ou alguém acha que a gente se identifica com a 'causa Palestina'(argh, eu disse isso) à toa?
  • Agora tem um negão na Casa Branca e isso é realmente incrível. Ao mesmo tempo o lado incrível da coisa diz mais respeito ao nosso preconceito do que à nossa crença na 'evolução' da humanidade. É uma pena, mas de qualquer maneira eu acho supeerr legal ter um negão na Casa Branca.
  • As crianças são sempre bonitinhas e comoventes. Algumas delas serão pretas e chegarão a Casa Branca. Outras serão o maníaco do parque. Pra dar meu recado, eu simplifico: parecer criança não é, em si, um grande mérito. O que as crianças se tornam é sempre mais significativo do que o que elas aparentam. A vantagem de ser criança é que ela ainda não sabe que é ela, e não o destino, quem age no mundo.
  • Os jogos e brincadeiras foram, em princípio, feitos para nos preparar para a vida. Exemplo simples: brincamos de casinha para um dia termos nossa casinha. É uma compreensão das coisas que podemos classificar de ancestral. O banco imobiliário é isso, assim como o jogo da vida. O war é uma compreensão mais em baixo da coisa, mas, mesmo assim, ainda é. Deveríamos aprender mais com esses jogos e brincadeiras. Eles são mais significativos do que imaginamos. Basta lembrar qual era nossa brincadeira preferida.
  • Ter um blogue é sempre algo suspeito. Quem tem essa necessidade de dizer tudo, além dos inseguros? Claro está que ter um blogue é uma maneira discreta de chamar a atenção. Mas chamar atenção pra quem? Pros outros ou pra si mesmo é a grande questão. Eu me protejo quando penso que é chamar a atenção pra mim mesmo, mas isso não quer dizer que eu não esteja errado. Estar errado é parte da jogada. Saber que esteve errado é triste e inútil. Só se erra pra acertar, diz meu umbigo fraco.
  • Os dados estão na mesa e temos sempre 3 chances. Cada um reage como quer e como pode. Apesar de todo esforço, somos seres limitados. Isso é triste. Saber disso é triste. A tristeza também é parte da jogada, enfim.
  • O idiota se apega a sua idiotia. Eu me apego à mim mesmo. Sem solução, é tudo velho e chato. As minhas chances ainda são as mesmas. E as esperanças também. Pra mim, os milagres ainda são possíveis.

24 de janeiro de 2009

"só não posso perder meu rock and roll"




Cheio de ódio, raiva e desprezo. Cheio de Revolta.
A merda do meu computador tá preto, preto. Ligo e nada, nem a porra do apitinho. E tá tudo lá, tudo que eu precisava pra agora.
Sorte que sou um filhinho de mamãe que tem um laptot. Sorte que não me sinto culpado por sentir coisas negativas.
A merda tá espalhada e o cheiro tá ficando cada vez mais podre. Daqui a pouco ela seca, daqui a pouco ela ficará seca e então eu poderei a recolher com a mão. O bom da merda seca é que ela não fede nem suja. A merda seca é quase uma pedra, sem cor definida, sem forma clara, sem nada.

23 de janeiro de 2009

Relatinho.

A relação entre tristeza e beleza deveria ser estudada. Não por teóricos tacanhos e babacas, mas por teóricos da pesada, desses que conseguem raciocinar com sangue e cérebro ao mesmo tempo.
Hoje, enquanto ensaiava e dava sentido pra minha vida, tive essa sacada.
Eu precisava de uma alegria triste de bêbado. Aquele sorriso melancólico e pacifico que as vezes vemos nos bares. Era um tipo de estado que eu achava que daria pé ali praquela cena.
Eu falava um bocado de coisas pros atores, mas eles não me entendiam. A gente repetia e repetia a cena sem nada ser entendido.
Quem faz teatro sabe a merda que é isso. Há um lugar pra se chegar, você sabe que há e todos concordam contigo e tentam chegar lá. Mas os atores não entendem o que você tá dizendo. Não é culpa deles, nem sua. Eles também sabem que há esse lugar, embora não entendam qual é.
Bem, então, tava nesse momento, enquanto eles repetiam a cena e eu me torturava pensando em como, enfim, me faria claro.
E com o pau pra cima a coisa aconteceu. Foi um relâmpago, uma maravilha, uma milagre. Rápido e fugaz como só um milagre pode ser.
O nome veio na minha cabeça e o sentido se fez claro: Vinicius de Moraes!
- Vocês viram o filme sobre o Vinicius?
- Sim.
- Sim.
- Sim.
- Não...
- Não.
- Não.
- Não.
- Não.
Eu tava fudido. 4 contra 1. Eu achando que tinha descoberto a pérola, a trufa subterrânea.
Outro milagre aconteceu:
- Mas Garota de Ipanema a gente conhece, né?
- É.
- É.
- É.
- É.
- Então, pensem bem, qual o grande momento da música, aquele que é mais bonito e triste e que tem tudo a ver com essa coisa que precisamos pra aqui?
Um pequeno silêncio e eu pensei que tava fudido. Milagre só de um lado não serve pra nada. Precisa do milagreiro e do milagrado, por assim dizer. Eu quase resolvia tudo sozinho quando uma alma boa balbuciou:
- Ah...porque tudo é tão triste...ah...a beleza que existe...a beleza que não é só minha...que também passa sozinha...
E o milagre foi concretizado e tudo melhorou. E o mundo foi bom naqueles pequenos segundos. E eu senti a praga que é fazer teatro. E eu me senti feliz e triste ao mesmo tempo.
E toda pessoa de bom senso sabe que isso é possível.
Sim, sim, é possível.
- Entenderam?
- Acho que sim.
- É, entendi.
- É.
- Entendi.
- Vâmo lá!

22 de janeiro de 2009

lento e limpo é o som do vento.

Vou ficar tranquilo e morrer devagar, que é o jeito certo de morrer. Sem tontura, sem doença e sem precipitação. Morrer lento e decente.
A consciência em paz, os gritos sendo ouvidos, os calores percebidos e o tempo reinando em tudo que segue sem piedade ou perdão.
Porque, e isso infelizmente, é o tempo que passa e é o tempo que mata.
Até o dia em que nós mesmos, gente que existiu e que contou histórias, sejamos trespassados pelo tempo. E nossa morte será esquecida e nossa vida será esquecida também.
E não há nada de injusto nisso além de sermos seres conscientes que sabem que o tempo não liga pra quem vive nele.
A morte, pra mim, só dói quando compreendo a eternidade.
Porque a eternidade é do tempo e não minha.
Porque a eternidade revela o impossível da vida após a morte.
Porque a eternidade existe independente da gente a entender ou não.
E o fim será só meu e solitário.
E a solidão é uma condição e não um desejo.
E, tirando o resto, há aquilo tudo que não aconteceu dentro do tempo: as promessas de sol ainda existem em países distantes.

21 de janeiro de 2009

irresistível.

Ah...as músiquinhas que separei. Hum...que devo ter orgulho de mim. Uma mais legal que a outra e todas com um sentido. E viva o e-mule e a pirataria toda de toda internet.
Fiz meu arquivinho com um nome honesto e reto: fossa da boa. Maravilha, né?
Eu acho. E acho mesmo. E aproveitarei minha fossinha com todo meu tempo e meu direito. É justo. Eu acho. É o que eu quero. Fossa da boa. Clara, louca e honesta. Fossa que se usa e que traz um monte de coisa nova.
Maravilha:
merda espalhada é ruim,
mas não é merda fria.
Vou aí. Indo aí. Sentindo que o tempo é mesmo um troço e que mesmo assim é uma pena. Porque tudo se transforma e vira outra coisa. E isso é sempre e, por isso, por isso de ser sempre, eu preferia mesmo que não fosse.
Mas eu sei e eu repeti:
não se pode ter tudo.
Ainda é uma pena
pra mim
entrar calado e sair mudo.
E as cervejinhas são sempre fugas simples. E lá, lá onde está o resto, tem o eu que eu ainda não conheço. E olha, eu confesso, acho ele bem bonitinho. Tão delicado e sem alma que até parece estar morto. Ou seja, em outras palavras, perfeito.
E fico aqui. E baixei uma porrada de músicas boas daquelas que até você, meu bem triste, adoraria.
E seja que seja.
E vamo que vamo.
E pensar bem é pra fracos.
E escrever com gosto de vigancinha ainda é tática pra escrever.
E nem me acho tanto assim.
E vivo bem sempre que posso.
E nem sempre eu posso.
E muito menos com pouco.
E menos ainda sem força.
Mas mentir,
eu não minto.
E,
por isso,
vivo bem cá comigo.

20 de janeiro de 2009

¨:¨

Minhas doces gracinhas e meus bons amigos.
Vamos beber em um local diferente onde vemos o mar e pensamos que somos mesmo muito ousados.
É, pode ser. Quem sabe.
Cerveja gelada e alguma paz.
Quando a criança acorda eu me lembro de tudo e sorrio. Ela se agarra a mãe, mas não sem antes a procurar com os olhos. Mãe é mesmo imbatível.
Até tento fazer a brincadeira de 'ciúminho', mas nem cola. Ela ainda é muito nova pra isso. Tem certeza que a mãe é só dela e nem se importa com intrusos.
Depois o velho papo e as velhas verdades. É sempre bom confessar pecados: sabe aquele dia? Eu pensei que? etc. Maravilha. Liberdade é saber que não se ofende ninguém.
Agora um banho pra tirar o suor do maldito calor do Rio de Janeiro e uma noite boa onde me lembro, quase sem graça, que sim, sim, já tenho um diploma de professor.

18 de janeiro de 2009

domingo.

Os ônibus estão lotados e todos vão para a praia.
Me repito como há muito tempo não fazia: cerveja no boteco enquanto leio o jornal de domingo. Ler o jornal é uma atividade. Claro que não é o sentido da vida, mas, mesmo assim, é objetivo e simples.
As compras do mercado na cadeira vazia e eu mesmo alí. Calmo, sem pressa e observando o mundo entre uma virada ou outra de página.
A Emília fala comigo:
- Como é, bonitão?
- Opa.
- Tava sumido...
- É...tava com os meus...
- Casa de mamãe, né?
- Isso mesmo...em Curitiba...
- É bom, é bom mesmo. Pena eu não ter mais mãe...
- Pena mesmo...E no mais?...tudo bem...???
- Sim..., vou comer alí. Frango. Que bom que tá bem, bonitão. Beijo.
- Beijo.
- Se quiser eu tô alí.
- Tô lendo o jornal...
- Ah...
A Emília se vai e espera seu frango. As vezes me olha e dá tchau, eu sorrio e respondo o tchau. Continuo no jornal e observo alguns ônibus. Sempre que você olha prum ônibus lotado algum desconhecido lhe dá tchau. Reparo nisso e olho a Emília de novo que, de novo, me dá tchau. Um mistério.
A Emília é louca e sabe disso. Ela não bebe porque, segundo ela, não dá certo beber tomando os remédios. Ela já é avó e tem 3 filhos no orfanato que visita sempre que pode. Diz que o marido morreu de alcoolismo sem ela notar, que ela vende as coisinhas dela e que, mesmo sem criar os filhos, dá sempre conselhos pra eles.
- Eu não tenho as condições, entende? Mas eu sou a mãe deles...
A Emília come seu frango e para de me dar tchau.
Eu tomo a segunda e sigo pra casa. Empadão e salada, eu me lembro e sorrio sozinho.
Na casa verde a saideira e alguns preparos: louça lavada com cbn, salada picada e forno em pré aquecimento.
Tudo bem normal, enfim.
Quisera eu não saber que a normalidade é sempre assim.

relatinho.

Calor infernal no Rio de Janeiro.
Em casa o dia inteiro, pelado o dia inteiro.
Uma ou outra punhetinha que ninguém é de ferro e o "sair ou não sair, eis a questão".
Comprar azeite, suco no hortifrute e pensar no que comer.
Tudo lento, tudo bem lento que deve ser.
Pensar nas possibilidades, tentar pensar com calma. Pensar e pensar. Meu velho mal flertando comigo. Voltar, ir pra Nova York, ficar com o pau mais duro.
Fumar menos também é importante, mas isso só depois de segunda feira.

16 de janeiro de 2009

s m


Vou curtir minha fossa em paz.
Vou fazer tudo que eu tenho direito.
Não quero ter medo como eu sempre tive,
quero viver e
dar jeito e
seguir adiante.

Sem culpa pra nenhum lado
como a moda chata da Internet:
cada um no seu quadrado.

Vou continuar aqui,
tal qual eu sempre fui.
E vou tentar ganhar dinheiro
porque,
afinal,
é isso o que mais influi.

De resto um sonho despedaçado,
uma cabeça num prato
e as pernas curtas que não se abrirão.
No futuro o que eu ainda não sei,
mas que independente de tudo existirá
já que nunca pensei em me matar.

Laerte via D'Umbra



^^

Converso com a minha amiga F.
Muitos pontos em comum e bastante consolo nesse fato. Varamos a noite. É bem bom varar a noite assim, como a muito tempo não fazia. A gente também ri das nossas desgraças. Temos algum humor e fazemos um acordo que, mesmo dividindo dores e angustias, não seremos vampiros um do outro. Nós dois rimos porque não gostamos de vampiros. Nós dois rimos porque temos medo de virar vampiro.
Ela com as suas coisas e eu com as minhas. Uma delicadeza possível e sem compromisso. A gratuidade de uma ternura que se inventou. Com cartas, com esforço e com conselhos. Sem duplo interesse, sem falta modéstia, sem medo.
O dia começa a nascer e pescamos de sono deitados na cama. Eu comento pra ela sobre as imagens que surgem pouco antes de eu dormir: fileira de formigas, colher a caminho do pote, etc.
As 7 da manhã ela se vai. Vai viajar pra ver os dela. O ônibus sai as 9 e 1/2 e as 13:30 almoçará com o lado da família que ela nem aprecia tanto assim.
Acho que ela entende um pouco da vida. Assim como eu.
Felicidade, pra mim, passa por aí: sem grandes euforias, mas com uma cumplicidade que abranda os nervos.

15 de janeiro de 2009

Era uma bruma ou uma névoa.
O mundo acordava devagar e havia chance de manhãs de sol.
Era lento e delicado e,
as vezes,
havia a dança de dois passarinhos que nós assistíamos da janela.

14 de janeiro de 2009

d.s.j

te quero aberta
de quatro
com sua cara
dos anos 50.
quero ver as lágrimas
de medo
que me xingaram
de filho da puta.
quero desvendar essas coisas
matar os fantasmas
descobrir a liberdade
de morrer de amor
em paz.
não me interessa
a força e a sofisticação,
mas a coisa bela
que é apenas possível
em domingos de chuva
quando
por uma brincadeira infantil
sua gargalhada
me pede louca pra parar.

13 de janeiro de 2009

()

merda velha cansa. esse é o ponto.
as mesmas palavras. o mesmo jeitinho.
o velho e conhecido excesso de sorriso.
e mais uma coisinha na fita.
e mais uma histórinha pra contar.