25 de agosto de 2010

Budão, blogue, punheta e outras jogadas.

Volta e meia escrevo com papel e caneta/lápis. Não acontece muito, mas acontece. Geralmente nas beiradas dos livros que levo pro bar. Sou um tipo de idiota que leva livros pro bar. Isso, claro, quando vou beber sozinho. E bebo sempre sozinho.
Gosto de ficar no bar bebendo sozinho: uma cerveja, duas páginas lidas e três bundas que passam.
Eu mesmo, muito prazer.
Noite dessas peguei um caderninho que eu tinha comprado pro mestrado e escrevi nele. Raciocínio de índio gordo: meu computador não tem internet aqui / escrever é vício as vezes / nas aulas do mestrado nunca anoto nada de fato / caderninho bonito de capa dura e preta / escrever combate o tédio e pode até substituir a punheta.
Daí que nesse caderninho tem um treco legal. De um lado minhas ânsias de santo: F., se escreveu aqui é pra ficar aqui. De outro minha tara substituta de punheta e outras jogadas: atualiza o blogue, atualiza o blogue.
Então lembro do Buda gordão e machista me dizendo: caminho do meio, ponderação, blá-blá-blá.(O Buda gordão e machista me toquei a pouco. Com a autobiografia de uma mulher que tô lendo. Nunca tinha ficado tão claro o quanto o "Oriente-Exemplo-Pra-Mulheres-Moderninhas" é machista. Mulher apenas geme e, de preferência, baixinho e dolorido como uma gueixa. Budão Safado! Nem casou, o espertinho!.)
Com o Buda à tira colo faço mil planos imbecis: atualizo o blogue falando sobre atualizar o blogue, o escrito treco-legal do caderninho deixo programado pra quando estiver em Sampa e, finalmente, nem toco punheta nem nada - apenas whisky e cigarrinhos.
(Será que o Budão, cheio de machismo galante, me recriminaria pela fumacinha?)
Seja como for, meus conflitos estão resolvidos.
Termino minha bebedinha e lembro da bundinha cheia de suor que voltava da academia. Ela era gostosa, mas não era bonita... vai entender.
Ah, se ela me desse... Ah, se Budão bebesse comigo no Coimbra... Ah, se a pornografia fosse menos violenta e o sexo mais simples...Ah, Ah...
Bem que podia ganhar na MegaSena e me desprender... Ah, que se desprender é tão bonito... Ah, que eu adoraria descobrir que tenho um filho de 9 anos... Ah, se a garota do sul me quisesse em Manaus...
Ah, nem Budão nem MegaSena...
Ah, eu...
Ah, eu mesmo...
Ah, muito prazer...
Ah, garota do sul...
Ah, diz que volta...
Ah, nossos filhos sem nome...