26 de fevereiro de 2009
v.c.b
no filminho da vez o bom da América de novo. o desespero coletivo tá lá, mesmo sendo dito entre piadinhas tá lá. ah...a insatisfação crônica tão conhecida de todos nós. e sim, sim, sim, acho bom a berradora dessa loucura ter levado um Óscar pra casa.
pra ter uma sacadinha, eu digo: até tu, Óscar?
e ovalá. vale mais parecer do que ser, procurar que encontrar, reclamar do que solucionar. o disparate é o mesmo e nem muda de sexo. esquece-se do óbvio e cuspir é sempre pra cima: seja, encontre e solucione. fórmula bem mais simples do que viver na lua.
até porque os idiotas sabem, ou deveriam saber, que viver na lua ainda (e insisto no ainda) não é possível.
25 de fevereiro de 2009
Vamo que vamo nesse vai que vai.
- Carnaval com pais e se vê e se comenta quase tudo. A falta de empolgação pra empolgação alheia vem do sangue. Consolo grande isso de se explicar através dos outros. Uma bobagem, mas eficiente: sou quem sou porque vim de onde vim. Tudo certo. Tentar se explicar é perca de tempo, mas cola. No mínimo pega bem.
- Papai foi trabalhar e mamãe tá na roça. Cervejinha as 10 da manhã e papo e papos com mamis. Maravilha ter mãe e papear com ela. Ainda mais assim, semi embriagado e com a sensação de calma que o álcool proporciona.
- O macarrão estará pronto na mesa enquanto escrevo isso. Sem pedir e sem agradecer. Liberdade passa por aí.
- No fim, a mesma dor de sempre: odiar o impossível é bom senso. Queria mesmo era cagar pro impossível e achar que tudo pode e tudo muda. Mas impossível é não morrer e sei que morrerei e ainda acho isso uma desgraça.
22 de fevereiro de 2009
*
A vantagem de caminhar perto do abismo é contemplar o infinito.
A merda é antes de dormir,
quando você frita e um monte de coisas desagradáveis lhe invadem.
E há muito suor porque o Rio de Janeiro é mesmo um inferno:
gente com chifres por conta do Carnaval,
adolescentes que usam saias onde escondem enormes cacetes
e mulheres vampiras que sorriem demais.
E mesmo no inferno há alguma alegria que você não compartilha,
mas observa e reconhece:
velhos e crianças são os únicos que de fato dão sentido pra toda a loucura do Carnaval.
De resto, exibicionismos e sacadinhas
e alguma alegria
com prazo de validade.
20 de fevereiro de 2009
Cachorro, Gato, Galinha.
19 de fevereiro de 2009
Evaniracatibiribira.
Minha vó tem 80 anos e caiu pela primeira vez.
18 de fevereiro de 2009
relatinho.
noite imensa.
45, mas parece 35.
descobri porque tem uma filha de 19.
na verdade 2 filhas e 2 casamentos fracassados.
conversou comigo por causa do filme 'o lutador' que eu também tinha visto.
ela e o namorado cocainômanos.
ela mais pegajosa e chata.
ele mais tranquilo e sempre mal tratado por ela.
ela fala mais e sempre pega no braço.
avisa que o cara do lado não é legal.
traficante de pó ruim.
vende vidro moído, segundo ela.
diz pra eu não falar com ele.
diz que ele a odeia.
os 2 falam de filme.
ele explica que eles, o casal, vêem 1 filme por semana.
não gostam do d. de oliveira.
eu não vejo 1 filme por semana.
ela é jornalista, mas trabalha na receita federal.
ele na petrobrás e mais nem consegue falar.
os 2 tem grana.
ela saiu de Brasília.
o irmão morreu e ela saiu.
não entendi se ele se matou ou não.
ela saiu de lá com 25 e adora o rio.
ele não gosta desse papo, segundo ela.
eu faço teatro e eles me elogiam.
alguém que pensa, eles dizem.
falam do Nelson Rodrigues.
leram tudo do Nelson Rodrigues.
a cabra vadia, o reacionário, tudo.
ele tenta falar, mas ela não deixa.
ele sorri mais e cheira menos.
carro bom e vida boa.
amanhã ela acorda cedo e reclama.
ele também.
quando me despeço eles dizem que é bom conversar comigo.
eu sorrio.
eles dizem 'até amanhã'.
sinto medo.
ir no bar pra conversar com viciados é estúpido, eu penso.
o elogio dela é porque a deixo falar.
medo de novo.
hoje não apareço.
único fato.
o resto, histórias.
-
noite fria.
17 de fevereiro de 2009
Artaud e o calçadão de Copacabana.
4 contra 1.
15 de fevereiro de 2009
17 anos.
14 de fevereiro de 2009
sim sim sim.
chorando baixinho durante o filme. céus, como é bonito algumas coisas nesse mundo. e a vontade de chorar era justamente nos momentos sublimes, veja só. tudo lá. o melhor da américa é o meu caga regra. tem que ver e ver assim, apenas como quem vê mais uma histórinha. e faça força pra achar que é apenas mais uma histórinha. as coisas que importam estão sendo ditas, basta apenas reparar.
12 de fevereiro de 2009
sobre os butecos e pés sujos.
Vejo coisas que entendo, mas que nem sei se sou capaz de explicar.
Sem dúvida ler o bom e velho Bukowski me ajudou a entender essa ternura que surge no meio da merda. Sou um tipo que me influencia, embora quem não me conheça ache que não. Sou mole e vulnerável como só um bêbado legítimo pode ser.
Mas o ponto é o bar e suas histórias. Então volto à ele.
Foi onde eu vi:
- Uma mulher, verdadeiramente vulgar, cantando e dançando uma música da Alcione que era um tanto feminista e tola, mas que ganhou um sentido absurdo com aquela preta ruim berrando aquilo como a última verdade do mundo. Depois de 1 min. o bar, que estava cheio e barulhento, calou e ficou por 2 min. a vendo cantar e dançar. Houve aplauso no final e foi sincero. Ninguém alí abordou àquela preta ruim depois disso. Só o "show" importou e, em um bar, isso é respeitado.
- A Solange e o Antônio discutindo porque ele não poderia estar no aniversário dela. Eu, mais que ele, vi a cara frustrada dela. Ela é mais bêbada do que ele e, confesso, ele é quase um santo. Ela e ele são incrivelmente parecidos, desses casais estranhos que parecem irmãos. Ele é agente da funerária daqui de baixo e ela é doméstica de uma velhinha que lhe libera pra beber e acordar tarde, "11:30", segundo ela. "Pra preparar o almoço", segundo ela ainda. O fato é que eles são amantes há 10 anos e ele tem família em Maricá. No dia do aniversário em questão ele não estaria no Rio e...sem chance. Mas ela, mesmo sendo bêbada e desagradável, sentiu uma dor grande e imensa. Dessas que a gente sente junto porque entende que não há mesmo solução pra algumas coisas.
- Um solitário que quer conversar com o Coimbra e traz um livro. Ele fica ansioso e, afinal, consegue mostrar o seu livro. Ele tá lá, citado no livro, pois, "sim sim, ele fez parte da Jovem Guarda". É um músico bêbado que responde ao desafio do maldito Coimbra atendente: "- olha aí, olha aí, eu te falei." E o Coimbra nem dá muita bola pra ele e ele fica ali, abraçado ao seu livro e ao seu orgulho de si. É um homem justo, por assim dizer. Tem aquele sorriso de bêbado melancólico e se agarra com o livro que tem a sua foto. É um homem justo, eu repito.
- O quanto os cocainômanos são desagradáveis e desnecessários. Com a palavra o próprio Coimbra: "- pô! só da confusão! nem consomem e sempre reclamam da conta! ah...meu amigo Alfredo é pra quem eu ligo amanhã!." O Alfredo é PM e toma coca-cola de graça. Apenas isso, por mais simples que pareça. ( O Coimbra fala isso pra mim porque sabe que eu, como ele, acho os cocainômanos uns chatos de galocha.)
- Uma mulher de uniforme entra. O Coimbra a respeita, o que não é comum. Ela é nova e deve trabalhar em alguma farmácia de manipulação. Comenta pro Coimbra que "o dia foi fogo e que precisava de uma cerveja hoje." Mas depois, quando venho pra casa e passo bem próxima à ela, eu reparo: é mais uma bêbada solitária que não chegou a decadência total. Conserva o corpo, eu penso. Sabe que o corpo acaba e fica feliz por ainda o ter, eu penso também. E ponho a mão no fogo que ela bebe em casa, escondida, pois ir ao bar todo dia 'pegaria mal'.
- A velha que bebe e é cheia de opinião. É uma velha de uns 70 que acabou de perder a mãe. E ela sempre chora quando bebe muito. E sempre lembra de sua "mãezinha' nesse momento. E todos do bar dão atenção à ela. E mesmo o Coimbra lhe dá atenção. Ela paga bebida pra alguns e se acha muito inteligente porque recebe O Globo diariamente em sua casa. E, invariavelmente, toda vez que me encontra no elevador ela pergunta: "E a globo? Como que é vai?"
- "Melhor encontrar essa velha no bar do que no elevador", eu penso, apenas antes de dormir e terminar a postagem diária do blogue.
11 de fevereiro de 2009
oiés.
Então liga a televisão e vê que em 10 min. começará A Feiticeira. Finaliza a sopa e vê o filme.
A Nicole Kidman é mesmo linda.
pé quente cabeça fria.
- Alô. Tudo bem, Fê?
- Tudo.
- Sabe quem tá falando?
- Sei.
- Rs. Então. Como tá?
- Tô bem. E você?
- Bem também. Tá surpreso, né?
- Ô.
- Eu tive um sonho. E fiquei impressionada. Por isso que eu tô ligando.
- Um sonho?
- É, um sonho ruim. Você sabe.
- Ah...
- Tá bem mesmo?
- Tô sim. Nada demais ou de menos.
- Jura?
- Rs. Juro.
- Sabe que eu tenho as minhas manias, né?
- Sei sim. Só não imaginava...
- O que?
- Que a gente ainda tinha esse tipo de conexão...
- Rsrsrs.
- Que foi?
- Cê tá mudado, hein?
- Como assim?
- Nunca imaginei você falando 'esse tipo de conexão'...
- Rs...é...acontece...a gente muda...
- Parou de fumar?
- Nem tanto...
- Cervejas, amendoins?
- É, mudei, mas só um pouco.
- Bem, Fê, liguei só pra ver se tava tudo bem.
- Certo...
- Bem...
- Ah...posso te falar uma coisa?
- Claro, Fê.
- Eu to fazendo terapia, né? E aí...
- Rsrsrs...
- O quê?
- Tem certeza que não parou de fumar? Rs.
- Tenho, tenho...mas daí ela, a terapeuta...
- Rs.
- ...falou uma negócio que eu achei bonito a beça...e que na hora eu pensei que você ía gostar...
- Diz.
- Eu tava comentando uma coisa sobre você e ela disse: "ela, pra você, é uma dessas pessoas que a gente pensa em reencontrar quando tiver velhinho".
- Ela disse isso?
- Disse.
- Jura?
- Juro.
- Nossa, bonito mesmo, Fê.
- É. Eu também achei. E achei que você acharia bonito também.
- Putz, que legal, Fê. Quem diria? Terapia...Rsrsrs...
- É, é.
- Rs. Bem, vou desligar.
- Tá.
- Beijos. Se cuida.
- Beijos. Você também.
*
tudo pesado, tudo leve, tudo indiferente. nada pra fazer. esperar, esperar. ler mais. fritar mais. tomar outro banho. calor infernal. rio de janeiro. cansaço sem sono, cansaço sem sono. blogueblogueblogue.
10 de fevereiro de 2009
da janela do ônibus.
9 de fevereiro de 2009
no crepúsculo
8 de fevereiro de 2009
7-1,6
7 de fevereiro de 2009
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Gosto de sentir a primeira cerveja agindo. Ela vem lenta e delicada, só pela metade da garrafa é que realmente sentimos o álcool no sangue. Acho isso bem prazeroso e sempre tenho essa imagem do álcool sendo espalhado gradativamente pela corrente sanguínea.
A segunda é mais definitiva, afinal a primeira já fez seu serviço. A terceira, na verdade, não deveria existir. Quer dizer, não pra essa coisa embriagado que to falando.
Acho que o ideal são duas cervejas. Duas cervejas apenas acalmam o pensamento, não chegam a criar pensamentos novos. Acho que é mais ou menos por aí.
(Na verdade a terceira cerveja é ideal para dar uma bela cagada. Calça arreada, copo cheio e cigarro aceso. Cada tragada é um troço. Mas não quero entrar nessas aqui. Não agora, pelo menos.)
Ontem tomei várias. Já tava desconfiado, mas sabe como é: amigo liga, amigo que nem sempre se vê aparece, papo bom e por aí vai. Várias cervejas e alguma ressaca. Meu estômago não é tão forte quanto eu gostaria. Ele faz seu protesto e pede coca cola e água e balas de morango.
Converso com os meus e me sinto em paz. Tive um dia cheio de euforia porque inscrevi uma esquete prum festival aí. E finalmente a gente fez o Buk na lapa. Foi foda, uma bravata. Mas os atores são valentes e fizemos o nosso. Quando acabou a peça disse pra Helen que a gente vai direto pro céu. Ela concordou, riu e disse que a gente vai ter champanhe lá. Eu prefiro mesmo é a cerveja, mas tudo certo.
Também teve o lance legal do Atyla, um cara que gosta das nossas peças, ter feito a guitarra ao vivo. Ele topou a roubada e sofreu junto. Essa é uma das coisas legais de teatro.
No mais volto pra casa pensativo e calmo. Vejo que o Coimbra tá cheio de cocainômanos.
Fico feliz por não ter saideira hoje.
-
Ponho esse video que é mesmo genial e verdadeiramente engraçado. Na tal esquete enfiei essa música. Se formos selecionados tamo fudidos, mas uma merda de cada vez.
6 de fevereiro de 2009
5 de fevereiro de 2009
de resto, o sonho imbecil
Crianças berram pela noite e não há muito a se dizer.
Verdade ou mentira é coisa de fracos.
O jogo ainda é ganho, a repetição ainda é feita, a lua segue seu curso besta e natural.
Solidão é estado e não desejo.
E os loucos, os verdadeiros loucos, ainda esperam o sublime.
Nada de mais ou menos, apenas a velha batida que repete: continue, continue.
Beleza é real e não simulacro.
Força ainda é suor e não esperança.
E reparo em tudo que existe além de mim
e repito, quase secreto:
que se foda, que se foda.
Me dou melhor agora e essa é a única grande tristeza.
De noite todos gatos são pardos.
E pardos é apenas a maneira préconceituosa de se dizer sem cor.
Bundas que pululam em sonhos que diminuem a ideia de humanidade.
Loucuras com prazo de validade e alma semi-pronta.
O riso eterno e triste do único desdentado que importa: Deus!
Porque Deus é o último tabu e a última violência,
porque Deus, mesmo sem existir, se faz presente e determina as vidas.
Porque Deus não existe, mas, mesmo assim, a gente fala Dele.
Porque o infinito ainda é o último desafio da espécie humana.
3 de fevereiro de 2009
sobre o prazer de fazer teatro.
1 de fevereiro de 2009
loucura, liberdade e a cerveja de domingo.
No último ano pensei muito em liberdade. E liberdade, como um tipo de desejo profundo da nossa espécie é, sem dúvida alguma, um desses valores sagrados que sempre permeou a vida humana, já que essa é capaz de se pensar como vida humana.
Nas tragédias a liberdade é questão, nos grandes movimentos também. Os hippies falavam sobre a liberdade, os comunistas também. Ouso até dizer que mesmo o Sr. Hitler tenha falado disso, embora, de fato, nunca tenha lido algo que me prove isso.
A loucura, em sua plenitude de ideal, ou seja, naquilo que ela tem de melhor, deseja, antes de tudo, a liberdade. Liberdade para ser louco, para não dever explicações. Liberdade para ser sem existir, para que sejamos, enfim, o ser puro que só existe como puro instinto, sem o lapso entre o pensar e o agir.
A nossa dureza de bicho homem é essa: temos a habilidade do espírito e da alma, mas sofremos por saber que essa habilidade existe.
Nesse sentido, somos um bicho dividido e isso nos constrange de maneira profunda e cruel, afinal o constrangimento só existe graças a nossa possiblidade de julgar as ações, sejam elas privadas ou públicas.
Nós pensamos sobre o mundo, mas o mundo não faz questão disso e, isso, isso de pensar sozinho e sem a participação do mundo, é uma dor sem fim, um constrangimento terrível que desafia a gente como ser humano e nos coloca no desprezível lugar de animal.
A ideia de ser só instinto pode ser muito bela, mas a partir do momento em que entendemos que toda e qualquer ideia é apenas resultado da nossa capacidade peculiar de julgar e pensar o mundo, entendemos que a ideia de viver só por instinto é impossível já que ela surge como uma ideia, ou seja, como uma manifestação daquilo que nos divide e dilacera: a velha e plene dor do ser que é espírito e corpo ao mesmo tempo.
Portanto, a liberdade, ou mesmo o desejo de loucura, são, ainda que por via negativa, coisas que afirmam nossa terrível condição humana: um ser dividido que se atrapalha entre o agir e o pensar. Um ser que com sua habilidade criou tudo que existe, para o bem ou para o mal, tudo que conhecemos: a guerra, a internet, a morte, a literatura, o amor, a inocência, as artes, a ciência e etc.
Não tem fim essa lista de coisas. Somos, ainda que contra nossos ideais, seres que criam seu próprio mundo. E esse é o nosso terror e o nosso encanto: temos todas as possibilidades, mas não podemos usar todas ao mesmo tempo.
relatinho.
31 de janeiro de 2009
aav v
Sento e bebo uma lá, lendo as cartinhas. Depois, já em em casa, me junto com outro. E me sinto bem.
Gosto quando outro me diz o que eu preciso ouvir. É bom ouvir certas coisas de boca alheia.
"Sem metafísica não há cultura", é um bordão que roubo de imediato. Sem culpa, sem dor. Mesmo o ladrão tem explicações para o seu roubo.
Essa gente aí é da pesada mesmo. Eles falam, eles berram, eles não têm medo de falar sobre o que realmente acreditam.
É claro que eu vou chupar eles, é claro que o sangue deles é o sangue que importa.
Até porque, qual é a outra opção?
Sugar o Zeca Camargo por que ele apresenta o Fantástico?
Mudar pro canal que tem mais Ibope?
Eu não. Não agora, enquanto tiver o meu luxo.
Fazer 10 coisas ao mesmo tempo só é mérito pra quem não faz nada de verdade.
Eu prefiro, enquanto posso, buscar essa gente. Essa gente que não viveu para curtir a vida. Essa gente que desejou tirar da vida o que decidiu como mais importante.
-
(A merda da situação atual é que tudo fica com cara de resposta, mas nem é esse o ponto. O lance, pra mim, é antigo e é o que sempre foi: o homem é do tamanho dos seus sonhos. Caga Regra velho e batido, mas, mesmo assim, pontual)
30 de janeiro de 2009
quando as unhas crescem
29 de janeiro de 2009
28 de janeiro de 2009
Tipo Assim Blogue Fodão.
-
Descobri o blogue dela e nem lembro como e, de vez em quando, ela escreve umas pérolas e uns textos realmente legais.
27 de janeiro de 2009
_
25 de janeiro de 2009
qcqss
- Quem é não precisa dizer "eu sou". Quem precisa afirmar a si próprio se enfraquece. Hitler, demônio que acreditava ser anjo, nunca precisou dizer que ele era ele. Ele era ele, e ele, na cabeça dele, estava melhorando o mundo. Isso quer dizer que fazer o mal independe de ter consciência do mal que se faz. O mal geralmente é feito por motivações positivas. O velho ditado popular nos ensina isso de maneira simples e direta: de boas intenções o inferno está cheio.
- Morremos a cada dia e isso é fato. Não é inteligente confundir fatos com novidades. O tempo passa e é terrível. Tão terrível que é o tempo um dia que nos matará. Nada suporta ao tempo. A carne será pó, a crença será lembrança e o conta gotas fatal do tempo é o único desafio real que temos.
- Ganhar do tempo é o grande objetivo da especíe humana. Seja na ciência, na arte ou no amor. O curioso é que sabemos de antemão da nossa derrota, mas mesmo assim insistimos. Saber que a gente perde para o tempo não quer dizer que a gente desista da luta. Somos esse tipo de bicho que se identifica mais com David do que com Golias. Ou alguém acha que a gente se identifica com a 'causa Palestina'(argh, eu disse isso) à toa?
- Agora tem um negão na Casa Branca e isso é realmente incrível. Ao mesmo tempo o lado incrível da coisa diz mais respeito ao nosso preconceito do que à nossa crença na 'evolução' da humanidade. É uma pena, mas de qualquer maneira eu acho supeerr legal ter um negão na Casa Branca.
- As crianças são sempre bonitinhas e comoventes. Algumas delas serão pretas e chegarão a Casa Branca. Outras serão o maníaco do parque. Pra dar meu recado, eu simplifico: parecer criança não é, em si, um grande mérito. O que as crianças se tornam é sempre mais significativo do que o que elas aparentam. A vantagem de ser criança é que ela ainda não sabe que é ela, e não o destino, quem age no mundo.
- Os jogos e brincadeiras foram, em princípio, feitos para nos preparar para a vida. Exemplo simples: brincamos de casinha para um dia termos nossa casinha. É uma compreensão das coisas que podemos classificar de ancestral. O banco imobiliário é isso, assim como o jogo da vida. O war é uma compreensão mais em baixo da coisa, mas, mesmo assim, ainda é. Deveríamos aprender mais com esses jogos e brincadeiras. Eles são mais significativos do que imaginamos. Basta lembrar qual era nossa brincadeira preferida.
- Ter um blogue é sempre algo suspeito. Quem tem essa necessidade de dizer tudo, além dos inseguros? Claro está que ter um blogue é uma maneira discreta de chamar a atenção. Mas chamar atenção pra quem? Pros outros ou pra si mesmo é a grande questão. Eu me protejo quando penso que é chamar a atenção pra mim mesmo, mas isso não quer dizer que eu não esteja errado. Estar errado é parte da jogada. Saber que esteve errado é triste e inútil. Só se erra pra acertar, diz meu umbigo fraco.
- Os dados estão na mesa e temos sempre 3 chances. Cada um reage como quer e como pode. Apesar de todo esforço, somos seres limitados. Isso é triste. Saber disso é triste. A tristeza também é parte da jogada, enfim.
- O idiota se apega a sua idiotia. Eu me apego à mim mesmo. Sem solução, é tudo velho e chato. As minhas chances ainda são as mesmas. E as esperanças também. Pra mim, os milagres ainda são possíveis.
24 de janeiro de 2009
"só não posso perder meu rock and roll"
Cheio de ódio, raiva e desprezo. Cheio de Revolta.
A merda do meu computador tá preto, preto. Ligo e nada, nem a porra do apitinho. E tá tudo lá, tudo que eu precisava pra agora.
Sorte que sou um filhinho de mamãe que tem um laptot. Sorte que não me sinto culpado por sentir coisas negativas.
A merda tá espalhada e o cheiro tá ficando cada vez mais podre. Daqui a pouco ela seca, daqui a pouco ela ficará seca e então eu poderei a recolher com a mão. O bom da merda seca é que ela não fede nem suja. A merda seca é quase uma pedra, sem cor definida, sem forma clara, sem nada.
23 de janeiro de 2009
Relatinho.
22 de janeiro de 2009
lento e limpo é o som do vento.
21 de janeiro de 2009
irresistível.
20 de janeiro de 2009
¨:¨
18 de janeiro de 2009
domingo.
relatinho.
16 de janeiro de 2009
s m
^^
15 de janeiro de 2009
14 de janeiro de 2009
d.s.j
de quatro
com sua cara
dos anos 50.
quero ver as lágrimas
de medo
que me xingaram
de filho da puta.
quero desvendar essas coisas
matar os fantasmas
descobrir a liberdade
de morrer de amor
em paz.
não me interessa
a força e a sofisticação,
mas a coisa bela
que é apenas possível
em domingos de chuva
quando
por uma brincadeira infantil
sua gargalhada
me pede louca pra parar.
13 de janeiro de 2009
()
as mesmas palavras. o mesmo jeitinho.
o velho e conhecido excesso de sorriso.
e mais uma coisinha na fita.
e mais uma histórinha pra contar.
4 de janeiro de 2009
24 de dezembro de 2008
gracinha de natal.

Quando eu era criança eu sentava no colo dele e recebia balas e presentes.
Minha família era cheia de crianças nessa época e sempre havia um papai noel bêbado e familiar que chegava em cima do capô de um carro.
Era divertido.
Agora existem poucas crianças e não haverá papai noel. Conta-se alguma mentira pra elas que têm a sorte de acreditar em tudo.
Ainda é divertido.
12 de dezembro de 2008
rio de janeiro, arredores da Pça. Tiradentes.
11 de dezembro de 2008
*
contra mim mesmo.
um ódio ao extremo
revirando por dentro
e eu não sei o que fazer
porque eu só sei reclamar.
-
as esperanças que eu não acredito,
as felicidades frágeis e bestas,
os amores de conta gotas e palavras cruzadas.
minha raiva sem sentido
me envenena também.
-
você desperezando o mundo
que também lhe despreza.
1 idiota para cada lado
e a justiça que sempre tarda.
10 de dezembro de 2008
o fogo dentro das mãos.

9 de dezembro de 2008
mistério.
-

4 de dezembro de 2008
CI
"Estamos exaustos,
21:14
Sua mensagem foi enviada para os seguintes destinatários:
camilarhodi@hotmail.com
Já é um contato
fmaatz@hotmail.com
Já é um contato
documentacion.ccg@xunta.es
Ainda não é um contato
maildocumentacion.ccg@xunta.es
Ainda não é um contato
fernandinho é auto-ajuda.
1 de dezembro de 2008
¨¨
#
simples assim.
30 de novembro de 2008
<>
- Que horas volta a luz?
- Umas 3 da tarde...mas nunca se sabe.
Esse porteiro é sádico e fuxiquiero, toda vez que to com compras sou obrigado a esconder as sacolas. Minha ex namorada caiu na besteira de dar sorvete pra ele um dia. Pago por isso até hoje. Merda.
Atravesso a rua e vou pro quintal. Fui por raiva. Não sou um tipo que vive bem sem luz elétrica. Eu adoro a luz elétrica e também o banheiro e seu maravilhoso mecanismo chamado de descarga. Por essas que odeio acampar, por essas que os naturebas me enchem.
27 de novembro de 2008
é da claudia ohana.

- o discurso articulado tende a ser falso,
- a beleza excessiva é vulgar e/ou fútil &
- a perfeição é coisa de Deus e eu, cá comigo, não acredito que ele realmente exista.