15 de fevereiro de 2010
Avanço no meu arquivo e tomo porres diários. Mas sem excessos: porres de 2 cervejas, 3 whiskys e 1 ou 2 páginas escritas. Adoro beber pra escrever as histórinhas. Entorno umas no bar como preparação e depois subo pra minha casa azul e abro o arquivão.
Este arquivo da vez parece mais viável do que o outro que já terminei. Esse outro não sei, tenho dúvidas. É necessário algum enredo quando se escreve, não é? E esse outro é uma grande falação sem fim. Tem uns pedaços bonitos e tudo, mas não sei. A falta de trama meio que chapa a coisa. Porque a trama, percebo quando leio os que gosto, é apenas uma 'desculpa' pra falar sobre o que realmente importa. Mas, de qualquer maneira, essa trama-desculpa não pode ser babaca e muito menos aparentar aquilo que é: uma trama-desculpa.
Já o arquivo da obrigação vai mais lento. Sabe como é. Sou mimado e gosto de fazer apenas o que gosto, o que é péssimo e revela toda a minha incapacidade de viver no mundo prático e objetivo dos adultos.
Whatever, como diz a garota de quatro pálpebras.
-
Agora uma pequena volta para mexer as pernas e,
quem sabe,
comer arroz e feijão
como fazem os adultos.
14 de fevereiro de 2010
pra deixar de fora.
13 de fevereiro de 2010
Ouvindo voodoo blues e com vontade de escrever.
Talvez seja a cerveja, talvez seja a histórinha. Quando rendo nas histórinhas preciso de pouco, pouco mesmo. O que é ruim de maneira geral, já que essas histórinhas são apenas arquivos no meu computador e não livros e mais livros escritos.
Paciência.
Meu delírio e meu tesão é isso. Precisar de pouco, não precisar de ninguém e ficar feliz com mais 2 págs. no arquivo.
E 2 págs. no arquivo duram horas do mais tesudo sexo. É isso mesmo. Há tesão em ficar ali, escrevendo e se bolindo em si. As benditasmalditas palavrinhas na tela brilhante.
A coisa é tão tesuda que cogito escrever uma carta. Mas desisito e escrevo no meu bom e velho e blogue. Pra ganhar do tempo, acho. E ganhar do tempo nesse caso não tem nada a ver com o cumprimento dos malditos prazos.
Então tô aqui e ouço as vozes dos negros americanos. São demônios dentro da minha cabeça. Demônios que falam coisas que eu não entendo, mas que me contemplam quando sentem as dores que as mulheres provocam.
Mulheres, a dor contida em um corpo tesudo e perigoso. Diabo, tua forma é mulher. Deus me livre e etc aos mil.
A 7° lata acabou de estalar e agora só há whisky na casa. Melhor parar por aqui. Ainda não conheço bem o tempo do whisky. E conhecer bem o tempo da sua droga é o que te difere de um amador. Desses que bebem apenas pra espanar (e não espantar) o tédio.
12 de fevereiro de 2010
São coisas que rondam a minha cabeça e que finjo ignorar.
E finjo mal. E ignoro menos ainda.
(O diabo tem asas, a gente sabe.
Ele dança bem e sai, literalmente, voado.
Como só um ser com asas pode fazer.)
E nessas seguro meu rojão sem deixar de admirar as belas asas do capeta: um branco quase transparente, as penas bem distribuídas e uma envergadura que surpreende e encanta.
Seja como for há a minha casinha e minha doce solidão. Prefiro ver do que participar. E isso acho que desde criança. Porque minha mãe disse que eu sumia nas festinhas e que quando me procurava eu estava no meu quarto, brincando sozinho.
Faz sentido. Faz sentido até hoje, acho.
Brincar sozinho pode ser fuga ou auto conhecimento, tanto faz.
O fato é que não consigo confiar em quem sempre precisa de alguém pra brincar. É uma limitação que não quero ter.
O diabo sempre existe e é sempre os outros - como o inferno do vesgo.
Ter medo dele é um tipo de decência na minha cabeça.
Achá-lo bonito, também.
querer é pouco.
9 de fevereiro de 2010
8 de fevereiro de 2010
Veja você.
7 de fevereiro de 2010
em baixo do ventilador.
6 de fevereiro de 2010
A gente pode fazer aquelas dançinhas.
5 de fevereiro de 2010
4 de fevereiro de 2010
Segundas e Quintas.
2 de fevereiro de 2010
Ruminando em Curitiba.
1 de fevereiro de 2010
29 de janeiro de 2010
28 de janeiro de 2010
Aquela mãozinha miúda que me masturbava.

A Júlia era amiga da Liane que era namorada do Thél, o melhor amigo dessa época. Foi a Liane que arranjou as coisas. Era como funcionava na época. Ela me disse que a Júlia tinha gostado de mim. Um dia, numa festa, a gente ficou. Era como se falava: fulano ficou com fulana.
A Júlia foi responsável pelos meus primeiros amassos. Amassos mesmo, com o pau duro se esfregando nas pernas. Lembro que na nossa primeira ficada estávamos na cozinha do salão de festas do prédio da Liane. E foi lá que eu dei o meu primeiro amasso sem sentir vergonha por estar com o pau duro.
(Quando tinha 12, 13, 14 anos, achava, junto com os meus amigos, que quem ficava de pau duro por estar beijando uma menina era inexperiente, tinha beijado pouco e só por isso ficava de pau duro. Então todos nós, nessa época, faziámos um esforço secreto. Ou pra não ficar de pau duro, ou pra esconder o pau duro: da menina, dos amigos e de si mesmo. Agora isso parece estúpido. E é. Mas com 13, 14 anos é difícil entender que pau duro pode ser uma sincera demonstração de afeto.)
A Júlia sentou na pia e eu fiquei em pé. Ela ficou com as pernas afastadas e eu me encaxei. Nôs beijamos sem parar e ficamos naquela esfregação que só com 15 anos é possível. Durou horas. Eis aí o meu primeiro amasso de verdade.
Lembro que a Liane entrou na cozinha, deu risada, disse eu sabia e saiu cheia de satisfação. A gente parou e decidiu voltar para a festa. Antes de descer da pia, ela fez uma coisa que nunca vou esquecer: esticou a gola da blusa, mostrou seu cólo e disse: olha só, olha como tá vermelho. Eu não entendi direito, mas entendi que era bom.
Nunca vou esquecer daquela imagem. Seu cólo era sardento e ossudo, e estava cheio de pequenas manchas vermelhas que pareciam neurônios: mais escuros no centro e perdendo intensidade nas pontas. Entendi, intuitivamente, que aqueles neurônios vermelhos na pele sardenta dela eram a aprovação do meu desempenho no meu primeiro amasso.
A Júlia era pequena, magra e tinha mãos finas e geladas. Foram essas mãos que me deram minha primeira punhetinha-de-mão-alheia. Isso, com 15 anos e virgem, é quase um milagre, um acontecimento. E a Júlia era dedicada e generosa. Em qualquer canto e em qualquer oportunidade lá estava ela com suas mãos finas e geladas me ensinando como viver melhor.
Não lembro quanto tempo nosso caso durou. Acredito que semanas. Também não sei porque paramos de ficar. Lembro que depois de um bom tempo a Liane comentou que a Júlia e o ex tinham reatado. Fazia sentido. Entre as punhetinhas eu havia entendido que eu era seu objeto de vingança. Era isso que fazia suas mãos trabalharem tanto e em todos os lugares: sofá da Liane, casa de máquinas do elevador, escadas do prédio, festas com mocós para adolescentes, cinema, etc.
O curioso é que ela me proibia todo e qualquer acesso à sua buceta. É uma coisa que até hoje não entendo. Talvez o lance da vingança explique. Talvez a idade. O fato é que tudo era permitido, menos sua buceta. Eu nunca conseguia por a mão ali, por mais que ela estivesse só de calcinha. Calcinha azul.
Mas o que mais me encanta quando me lembro da Júlia é que ela era (será que ainda é?) fascinada pelo produto da punheta. É isso mesmo. A Júlia adorava porra. Tinha uma relação com a porra que nunca mais vi em nenhuma outra mulher. Ela gostava daquilo, gostava de ver aquilo, ficava sorridente quando aquilo saia de mim. É a lembrança mais forte que eu guardo: ela e a minha porra.
E o incrível é que toda nossa relação era calcada nisso. Amassos, beijos longos, punhetinhas e, pra epifânia dela, minha porra. Minha abençoada porra. Assim como no primeiro dia ela havia me dito olha só, olha como tá vermelho, ela dizia: olha, olha - mas agora se referindo à sua mão melada que ostentava meus resíduos bem próxima do me rosto. Pra que não houvesse dúvidas sobre o que era pra ser olhado.
Nosso ápice aconteceu no sofá da sala da Liane. Ela de calcinha azul, peitos pequenos e pontudos e maravilhosas sardas espalhadas no cólo e nos ombros. Estávamos, como sempre, num amasso infinito. Eu em cima dela com aquela afobação dos 15 anos: dificuldade para abrir botões e soltar sutien, pressa constante e a típica cara de pau da adolescência - que permite você fazer isso no sofá branco e rico da sala da mãe da sua amiga porque sua amiga está no quarto com o namorado e disse fiquem à vontade.
Não sei como fui parar lá, mas lá estava eu: sentado em cima dela que estava deitada. O pau pra fora, as mãos frias e habilidosas que ela trabalhava com dedicação e os peitos sardentos e bicudos à um palmo de distância, esperando o jato fatal. O jato veio com um movimento muito habilidoso da Júlia. Enquanto uma das mãos trabalhava, a outra, prevendo o futuro, ia de um seio ao outro enquanto a dona das mãos e dos peitos dizia: goza aqui, goza aqui.
Eu tinha 15 anos e obedeci. Não imaginava que essas coisas existiam. Quer dizer, imaginava, mas não achava que aconteceriam comigo. Não naquela época pelo menos. Eu já me dava por satisfeito com beijo na boca e mão na bunda. Aquilo era mais do que eu podia esperar. Deus era bom pra mim. Eu tinha uma garota que me tocava punhetas. As vezes com uma rapidez que quase irritava. Era ir pro mocó e a punheta começava: veloz e infalível.
Nunca mais soube da Júlia ou da Liane. O Thél tá trabalhando na África e já não o vejo há 2 anos. As vezes, quando estou eu mesmo tocando minha própria punheta, me lembro da Júlia e da sua dedicação. É algo que até hoje me impressiona. Não deixa de ser uma nostalgia. É mais fácil viver quando uma simples gozada nos peitos lhe soa como um milagre.
Gozar com 15 anos é sempre mais simples.
26 de janeiro de 2010
morrem para nos salvar.
24 de janeiro de 2010
23 de janeiro de 2010
Antes do Boa Noite.
Mas acontece que a guria cresceu e tem peitos enormes. Me pego impressionado com isso e também com o fato de eu reparar nisso. Não era o caso. É coisa antiga, amiga de infância, quase parente e bla-blá-blá.
Isso não tá certo.
Mas pior é ela me pegar sacando seus enormes peitos.
E pior ainda é eu, em tentativa frustrada de auto repressão, gostar dela ter me pego sacando seus enormes - e por que não? - deliciosos peitos.
Meu inferno seria uma casa cheia de gurias como ela. Que cresceram e ficaram gostosas e fartas. Elas já têm pêlos em seus corpos, é o que me digo para evitar a inevitável culpa.
Outro assunto:
Deveria ser mais decisiva e menos coluna do meio. Preciso de bunda de fora. Não gosto de convencer à mim mesmo. Prefiro fêmeas que confirmam o que penso. Sem deixar que eu note, esteja claro.
No mais aquele desejo que se mistura com curiosidade e que, portanto, é apenas um desejo infantil. Desses que crianças têm: como se o único mistério estivesse naquilo que não se conhece. E cá comigo prefiro o mistério próximo e intimo, que fica sempre à um átimo de ser revelado.
Em outras palavras e simplificando a coisa: gosto apenas do que posso realmente ter. E ter o que se gosta é o milagre que uns aí chamam de amor.
Coisa que não precisa ser abastecida por novidades para que tenha sentido.
Pra sair:
Meu gosto é estranho e sobre os meus hábitos eu nem comento. Sinto quase vergonha ao ver, como só eu posso ver, minhas manias sendo executadas por mim mesmo como um doente que conhece sua cura, mas que, mesmo assim, prefere a própria doença.
Estar vivo e pensar é um coisa perigosa as vezes.
Mas prefiro assim.
Estar apenas vivo é coisa de plantas e plantas,
graças à Deus,
não me bastam.
22 de janeiro de 2010
enfeite e auto controle. tudo certo.
Porque não é o caso de aparentar o que não é o caso.
Sem jogos.
Eu sou discreto. Eu insisto: eu sou elegante.
Prefiro a coisa reta à linha curva. Ambiguidade, acho eu, só cola quando você menospreza seu interlocutor. Como acontece quando você fala palavras de dicionário pra crianças.
Mas não agora. E não por isso.
Prefiro imaginar ELA como uma rainha má, mas esperta. Dessas que falam, mas que só importam quando o silêncio é calmo e absoluto.
É como escolho e como invento.
E toda invenção é minha, afinal.
21 de janeiro de 2010
Pastos velhos para éguas novas.

19 de janeiro de 2010
Idiotas abrem caixinhas pra desvendar mistérios.
- berrar bem não é ter boa voz.
- amor à primeira vista só é crível em bons filmes.
- suor e talento são duas coisas distintas.
- dizer 'eu tô feliz' é coisa de suicida.
- pássaros na mão de maneta não chega a impressionar.
- blogue é tédio por escrito.
- vitória só serve pra humilhar inimigos.
- comer mulher de amigo é prazer em dobro.
- ser bipolar é condição de estar vivo.
- arranhar sem unhas é uma coisa possível.
- facebook é melhor que orkut.
No mais, um peido fedido
e uma cerveja gelada
atualizar o próprio blogue
é uma tremenda parada.
16 de janeiro de 2010
telhado de casa desconhecida.
14 de janeiro de 2010
relatinho com os hollywods de mamãe.
-
Uma guria, de nome Iane se não me engano, era de manaus e tinha um belo nariz grande com traços feminos do tipo que eu adoro. E eu conversando com ela e então ela me fala que tava com um namoradinho aí, que na verdade é da grécia, e que ela havia o conhecido no chile ano passado e que, desde então, eles mantém contato num romance meio virtual, e que agora ele tava aí e ficaria até abril e todo esse papinho que se têm com desconhecidos. E a gente conversando e o papo era bom e o grego aparece com camiseta do brasil e ele quer ser músico e é legal e bom de papo também, e fala do samba e eu pergunto dos gregos e ele é legal mesmo e tudo o mais. Mas é um gringo, um gringo grego, e eu, vendo os dois, noto que tem qualquer coisa de estranha alí e então ela, semi estúpida e afastando o grego que ficava a agarrando o tempo todo, manda ele ir pegar cerveja e o grego vai lá como o cara legal que realmente é. E daí o álcool causa a epifania que é o grande ponto dessa história.
Sou curto, sincero e grosso. Olho bem pra cara dela e solto:
- posso te falar uma coisa desagradável?
- claro.
- qualquer pessoa com o mínimo de sensibilidade nota que você não tá nem um pouco apaixonada por esse cara.
Ela fica séria, esconde os dentes com a boca imensa e sinto que meu pau se mexe dentro da cueca.
Daí o grego volta e a coisa fica flagrante. Ela o trata cada vez pior e cada vez mais ela me dá trela. O grego nota, eu noto que ele nota, mas que se foda. Ele é gringo é grego e é legal, legal demais eu diria. Meu pau não para de mudar de lado dentro da cueca e ela pede meus contatos e o grego gringo pergunta por que e ela diz da sua viagem à bahia e que deve passar pelo Rio e eu só vendo e ficando com uma puta vontade de que aquele gringo desapareça pra eu dar um bote semi-canalha, porém profundamente sincero. O que, infelizmente, não ocorreu. Mas num vacilo do gringo ela sentou e eu a pilhei, com a devida distância do gringo, pra ela me ligar aqui mesmo em curitiba e ela lançou que tava pensando seriamente naquilo que eu tinha dito e eu perguntei aquilooquê e ela repetiu exatamente a frase que eu havia dito e que tá escrita aí em cima e eu me senti um gênio.
Mas o gringo voltou e meus amigos queriam ir embora e o gringo queria a levar pra perto do palco para bancar a pipoca. Dei um abraço afetuoso no grego gringo que, apesar de tudo, era gente boa e bom de papo e na hora de me despedir dela, fiz uma manobra e fiquei de costas pro gringo e falei, bem colado no ouvido dela:
- me liga mesmo, porra. até abril vai ser foda.
- eu sei, eu sei.
- pensa no que eu te falei.
- to pensando.
E meus amigos chegaram e fomos andando até o carro comentando sobre o bela manaura e o bondoso gringo grego.
12 de janeiro de 2010
Na época dele um romancista tinhaque mostrar erudição, como um tipo de aval para seu talento.
A ironia é que agora, dizendo isso, entro pra turma que aparenta profundidade fazendo citações.
Acontece que o D. Quixote é genial - uma puta obra de arte que nem eu e nem ninguém precisa defender. Ele está lá e existe. Basta ler 35 págs. pra sacar que citar é o que há de menos relevante na coisa.
O relevante é o gênio. E o gênio, quando fodão, é da ordem dos mistérios. Desvendar o gênio é matar o gênio. Assim como o amor. Ou como o Nelson Rodrigues explicando o por que de ser contra a Educação Sexual. É mais ou menos assim: "se você educa alguém sobre o sexo, você mata o mistério do sexo. e sexo sem mistério é coisa de gata vadia e não de ser humano, pra quem sexo pode ser amor."
Seja como for, falo isso porque vejo as citações dos canalhas. Os canalhas são uma gente pop, bem relacionada e capaz de fazer barulho. E os canalhas, como tais, usam e abusam das citações. Provando, como no séc. XV, que são eruditos por conhecer tal ou tal obra.
Daí me pego pensando no sucesso alheio e na minha capacidade de fazer barulho - que é nenhuma. E vejo que posso até citar, mas que, mesmo assim, nunca serei pop e bem relacionado. Simplesmente porque não tenho habilidade pra isso.
Confesso que até gostaria de ter, pois assim, sendo divertido e sociável, acho que minhas citações renderiam bem mais. Mas não é o caso e saber disso e daquilo é apenas confirmar uma merda velha e conhecida.
Acontece que eu leio umas coisas aí e que também faço mestrado - onde citações ainda provam que a erudição idiota é necessária para ser um um romancista pop ou um Doutor com voz anasalada e alma inexistente.
Nenhuma paixão porque a distância é necessária para a visão crítica. Artaud é só um visionário lunático e viciado - ainda que seja capaz de causar comoção entre phds metódicos e comedores de cus adolescentes.
Cá comigo ainda dispenso os cus e a erudição.
(Por pura falta de habilidade, esteja claro.)
Que se apenas citações
me rendesse os tais cus
já tava feito e regalado,
com direito à
dinheiro no bolso
e pau esfolado.
11 de janeiro de 2010
Mas escolho o blogue e deixo estar.
10 de janeiro de 2010
blábláblá.
Minha alma de curitibano desconfiado mostra as manguinhas, sabe como é? Não sabe, mas te explico:
E nessas eu sou eu aqui. E eu aqui, meu deus, sei lá quem é. Bebo pouco e vejo novela. Um-horror-uma-maravilha. 10 horas de televisão é uma coisa de outro mundo. Como a primeira vez que se trepa ou que se usa drogas. Fica-se achando que algo mudou dentro de você. É horrível, não é? É fatal, eu digo. Achar que algo mudou dentro de você é uma coisa com a qual tem que se preocupar.na minha cidade os pontos de ônibus são tubos. não são placas ou painéis. são tubos. redondos, enormes e pretos-transparentes. a gente espera os ônibus dentro dos tubos. a gente gosta dos tubos. a gente se identifica com os tubos.
Mas é que venho pra cá e fico com a minha mãe. E mãe é uma gente que não se pode fugir. E nem é o caso. Até porque moro longe dela e sei que, se tudo der certo, ela morrerá antes de mim.
Então ficamos no sofá competindo pra ver quem fuma mais. É um páreo duro e cheio de afeto. As vezes ela limpa os cinzeiros - no plural mesmo - e as vezes eu.
Ela, como mãe, pelo menos nos fins de semana, me alimenta.
Eu, como filho, pelo menos nos fins de semana, bebo vinho argentino.
E assim passam os dias e as horas e voltimeia me pego pensando em você.
E se: 1, você é você. 2, você sabe que você é você. 3, você existe ou é uma invenção minha.
Seja como for, agradeço à azia que me deixou beber quase 3 garrafas de vinho sem se manifestar.
E também ao vinho argentino (que mesmo sem me agradar porque prefiro cerveja ou whiskey) contribuiu pra mais um post no meu bomblogueamigoblogue.
9 de janeiro de 2010
8 de janeiro de 2010
6 de janeiro de 2010
4 de janeiro de 2010
Veja só, ontem você ficou brava comigo porque falei obscenidades durante nosso sexo de bons sonhos. Você me disse que não era assim, que hoje não tava com esse clima e que eu devia ter notado. Me acusou de insensível e machista e dormiu brava e sem deixar eu te encoxar.
2.
1.
Desencana.
E foi se arrumar escondida no banheiro e demorou horas e horas e horas.
1 de janeiro de 2010
relatinho.
28 de dezembro de 2009
26 de dezembro de 2009
Não há nenhuma chance de silêncio. Estou entre os meus e eles falam e falam. Como que pra sempre.
Muitas vezes vejo, participo e falo mais do que eles. Outras não, fico de longe e me finjo de ocupado no computador.
Daqui a pouco todos acordamos e seguimos viagem. Euforia matutina, café coletivo e nenhuma chance de cagar. O mundo é duro quando não se caga.
Depois barco e mar e areia. Uma pequena caminhada no deserto e, com sorte, chegamos ao Paraíso. Vida besta e livro novo.
Nessa virada de ano meu banquete está garantido e será consumido apenas após à meia noite. É o jeito certo na minha cabeça. A promessa de fartura em uma única refeição.
O regalo e o excesso.
Acreditar na coisa é, acho, materializar a coisa.
23 de dezembro de 2009
em sampa.
22 de dezembro de 2009
Eu daqui a vejo e lhe mando recados. Ela não ouve e nem imagina.
Lembro das pernas imensas que gostaria de ver abertas
e penso que talvez exista a mulher perfeita.
21 de dezembro de 2009
Gente das antigas e outras nem tanto.
Carnes novas pra passear os olhos e línguas que falam em idiomas que eu não conheço e nem me interessam.
Na grande média o óbvio ulala satisfeito e implacável.
Tem um que virou carcereiro e é daimista. Tem o cana bombadão. A guria com olhos de prata. Os velhos de alma. O idiota eterno. As crianças que cresceram e têm mamicas e pêlos pelo corpo. Etc.
É quase um parque de diversão e falo com todos como se eu fosse um tipo descolado. E nem sou e nem quero ser.
É que aqui meus dentes aumentam e viro um coelho: como, cago e tenho família.
16 de dezembro de 2009
mulheres altas falam baixinho.
Como eu esperava uma giganta fiquei surpreso. Ela era alta, mas só isso: alta. Na minha cabeça ela seria muito, muito alta e também seria forte e poderia me socar quando quisesse. Mas, por sorte, eu estava errado.
Então estávamos alí: dois desconhecidos bebendo e tentando descobrir coisas. Minha cisma foi a mão que não saía da coxa. E também reparei no laço que ela trazia na barriga. Uma mulher com laço é um treco que me faz pensar.
Seja como for, o álcool azeitava o papo e ela era boa de copo e fumante. Muitas perguntas e histórinhas, algumas repetições inevitáveis e uma puta vontade de puxar aquela boca pra mim.
E eu queria puxar pelo queixo porque ela tinha esse queixo empinadinho que me deu uma estranha vontade de morder.
Acho que mordi.
15 de dezembro de 2009
14 de dezembro de 2009
A loucura é grande e eu é que não me meto.
-
13 de dezembro de 2009
Hoje de manhã li uma cartinha de uma boa amiga. Chorei e lembrei de coisas tristes. Um tipo de injustiça que, infelizmente, é parte da jogada. O mundo é grande demais para ser bom. Ele não pode simplesmente ficar preocupado com essas coisas. Ele gira e faz força pra continuar. É o que é, o que pode ser.
No mais meu D. Quixote de lata me enviando mensagens secretas.
Talvez devesse reler o livro e entender mais a coisa.
Talvez devesse apenas dormir.
-
Muitas bundinhas na paisagem e também reflexos na água. É tudo tão bonito que é quase chato. Mas nem é.
Estou parado e olho pra frente e pra trás. Os gatos são pardos e esta água é suja. Penso sobre isso e lamento.
Penso também:
- as gurias bebem pra ficarem falantes e eu bebo pra ficar calado.
- estar parado onde todos se movimentam e fazem contatos me parece uma boa contribuição.
- a euforia é legítima. gosto de entrar e sair dela. eu disse, entrar e sair dela.
- gente esperta tem uma habilidade imensa de falar com as mãos no barulho insuportável.
- sempre lembro do poderoso chefão e do corleone/pacino virando o godfather: ele parado, pernas cruzadas e a câmera virando lenta e revelando seu rosto inchado.
- o rio de janeiro causa um encantamento no início de tudo. lembro bem disso. acho que o imaginário de 'cidade maravilhosa' é levado à sério pelos cariocas.
- é um desses traços bacanas dos cariocas: eles acreditam plenamente que moram na melhor cidade do mundo. acho isso bonito.
- voltar caminhando pra casa é quase um milagre. os pés apertam o chão e te movem.
12 de dezembro de 2009
11 de dezembro de 2009
Seja como for, enfio um pouco mais de nicotina no meu cérebro e volto.
nem.
10 de dezembro de 2009
9 de dezembro de 2009
pnht
Hoje desejei seus dentinhos no meu pescoço.
Fiquei olhando horas pra você.
Reparei no queixo, nos olhos e na boca.
O fato é que me impressiono com o queixo e com a repetição das histórias.
Confesso que não gosto disso, mas...que fazer, né?
E você nem existe, né?
Mas meu blogue taí e não me deixa mentir: gosto dos meu delírios.
Daí que te invento e que crio conflitos terríveis: sua implicância com meu cigarro, minha intolerância com suas crenças, o sexo sem nenhum palavrão, etc.
Vou longe que só vendo.
Devia era cair dentro da mina de sampa. Meio estranha, mas fumante. Essa queixa não ouviria.
Mas, na verdade, tudo e todo o resto é só pra escrever no blogue porque, bem, acho bacana escrever aqui todo dia.
Que seja.