16 de setembro de 2009
relatinho.
15 de setembro de 2009
-
Posso roer ossos incríveis, mas isso faz o que de mim? um forte? um cara com bons dentes?
Força é virtude de otário, tipo o bombadão da academia que realmente crê em seus músculos.
Músculo enorme e pau pastoso, a glória que diz: ah, sou tão verdadeiro...
Como quem acha que salvar com boas intenções justifica toda e qualquer crueldade. Hitler também queria tornar o mundo um lugar melhor, meu bem, é bom não esquecer.
(E que fique claro, bem claro, que ele, o Hitler, é apenas mais um bode expiatório entre outros.)
Que seja. Fecho minha porta com força e berro sozinho.
Paz é extravasar as loucuras e não ficar ouvindo músicas clássicas.
14 de setembro de 2009
ladainhas tão velhas e gastas que só mesmo com muita crença na própria imbecilidade pra suportar. e nessas de suportar se repete as perguntas imbecis que sempre se ouve por aí:
- devo resistir?
- isso é importante?
- até quando posso postar o projeto?
- as crianças tem sexo, não tem?
e vira-se noites perguntando isso como doidos burros e tristes. e todos nós dançamos juntos e em má companhia. há mais humor no mal humor, é minha regrinha de hoje.
e lá fora, bem longe, bem longe mesmo, há quem acredite que dance pra apenas se divertir.
tudo certo: eles lá e eu aqui.
13 de setembro de 2009
Bunda enorme e de um marrom quase claro. Era insuportável os ver ali, boiando perto da minha cara e dizendo, assim com calma, que não havia nada pra me preocupar.
A bobinha achava que eu era um comedor de putas. Quando perguntei por que, ela respondeu a resposta das bobinhas: por causa do seu blogue.
Olhos de formiga, mas otária. Assim fica mais fácil. Qualquer farsa é aceita, qualquer extravagância é tolerada e tudo parece muito coerente e claro. Por causa do meu blogue...
De qualquer maneira as prostitutas são mais baratas e mais, muito mais, competentes.
Meu bom amigo me disse que tem um site aí, com mulheres semi decentes que é bem simples: 120 pratas pra duas horas, o local e o táxi são seus.
Mas porra, duas horas, pra esse caso, é um tempo bom demais. Acho que dá até pra fazer amor, pra se apaixonar e, por que não?, pra escolher os nomes dos rebentos.
O perigo é esse. E só os otários não acham o mundo um lugar perigoso.
E a dona dos olhos de formiga achava que o mundo era apenas um jardimzinho bem decorado onde eu, o comedor de putas, teria muitas histórias pra lhe contar.
É velho isso, mas eu repito: senta que eu conto. E bem, vamos lá, gosto de ter uma buceta pra me esfolar. Mesmo que ela seja bobinha e tenha olhos de formiga, mesmo que saia mais caro do que as semi decentes do site do meu bom amigo.
- e então?
- tenho cervejas em casa e moro perto.
- perfeito, não é?
- na verdade não, preferia que você não conhecesse minha casa.
- que absurdo.
- eu como putas, lembra?
- e daí?
- daí que quem come putas, come putas em motel, sacou?
- quer ir prum motel, é isso?
- na verdade não.
- o que quer então, poxa vida?
- quero ir pra casa e beber sozinho.
- sério?
- sério.
- que nojo. você é nojento, sabia?
- por que?
- porque é um comedor de putas, oras! já li sobre isso, homens que só conseguem comer putas!
- ...
- não vai falar nada?
- onde leu isso?
- na Claúdia, por que? sou fútil por causa disso?
- não disse isso.
- mas pensou, aposto! você é o comedor de putas mais escroto que eu já conheci...
- ...
- que cretino! fica em silêncio pra mostrar que é superior!
- não é nada disso...eu só quero...
- conheço bem o tipo. comedor de puta...
- você conhece vários comedores de puta, é isso?
- cara, você é nojento cara, nojento...
E sai com seus olhos de formiga e cheia de atitude. Na esquina ainda vi que sua boca balbuciava 'nojento'.
Preciso descobrir esse site e me arriscar menos.
O mundo é um lugar perigoso, eu repito.
12 de setembro de 2009
sobre os meus.
Fazer aniversário é isso, ver o tempo que passa é isso. Acho um desejo bem viável, e isso, sabemos, é raro em desejos.
Então seguro minha marcha e olho pros meus. Os meus são aqueles que elegi e se parecem mais entre si do que imaginava antes.
Olho pra eles e tenho certeza: estão mais espertos.
Claro que eles ainda não são gênios e que peidam sem mesmo notar. Mas eles são dos meus e eu os defendo sempre porque tenho lá minha ética.
E isso, pensar isso, viver isso e ver isso, me traz aquela calma doente de quem acredita que tá no caminho certo. E "caminho certo" não quer dizer nada, mas faz um sentido tremendo quando você fala isso na primeira pessoa.
E eu falo e os meus falam também. Com larga vantagem pra eles, que falam mais do que eu, o que nem chega a ser uma façanha.
E bebemos em boa companhia e voltamos pra casa dividindo o mesmo asfalto: um silêncio charmoso e cúmplice.
Um passo depois do outro e um sorriso que tem apenas meia boca, mas que é verdadeiramente sincero. É apenas isso, agora, que importa.
O resto é aquele estúpido escândalo do 'eu te amo' e do 'preciso de você' - com um sorriso insuportável e de boca inteira na cara.
11 de setembro de 2009

- mulher tem que ser limpa, mulher tem ser cheirosa, mulher tem que se depilar a cada quinze dias e ir toda semana na manicure, mulher tem que ter unhas fortes, mulher tem que ser carinhosa, mulher tem que depilar que eu não gosto de buceta peluda, mulher tem que ter orkut, mulher tem que ter msn...qual é a ID da sua irmã mesmo?
E os idiotas tem uma coisa incrível. Eles são capazes de monopolizar o papo, a cerveja, o cigarro e até o silêncio. E ele tava lá, virando assunto, mesmo que por negação:
- tem certeza que gosta de mulher?
- você é virgem, não é?
- buceta é buceta, gosta de buceta ou de depilação?
- teve alguma namorada que fazia isso?
- você acredita em felicidade e crediário, não é isso?
- assiste Faustão e a dança dos famosos?
Mas o idiota é um ser poderoso. É estranho e constrangedor. Ele vira o foco do papo mais tedioso que você já teve, e você, como carniça no sol do urubu, nem nota que já tá morto. E ele fala e fala e quando você nota, ele já foi embora, mas você ainda tá falando dele.
Idiota é um tipo que impressiona. Uma desgraça.
10 de setembro de 2009
-
o pau duro só faz sentido se se acredita nele e nas suas coisas. o de sempre, coisa de criança: pau grande, buceta apertada, ser bem resolvido, orgasmo como transformação, gênios inatos, sorrisos constantes e sinceros, etc.
(que nem vou aproveitar o prazer que tenho em criar listas.)
volto:
que é mais assim que a vida passa: um dia depois do outro, uma coisa aqui e outra alí, uma mentira que se sustenta, um fumar cigarros alheios, etc.
e agora, e por hora, o belo berro que só belo porque burro:
- sim e não e trezentos mil talvez. viver é não ter vez!
há quem acredite em mim, há quem acredite em fantasmas, há até quem acredite que, um dia após o outro, leve a perfeição. como se fosse uma questão de insistência e não de talento.
por mim, digo que acredito em talento e em sorte. e creio ser claro ao afirmar isso.
além disso, listas gigantes que nem faço agora.
apenas
porque
reconheço
o estúpido
prazer
do
auto-controle.
8 de setembro de 2009
¨
Cada um com seu instinto ou seu jeito ou seu cheiro. Tanto faz.
Dar aquilo que lhe é pedido nem sempre dói. Querem carne, eu dou. Querem autoridade, eu dou. Querem minha simpatia, eu dou.
Porque dar isso é fácil e, bem, vamos lá, nesses últimos tempos tenho aprendido que nem dói dar essas coisas. É fácil. Sente-se quase bem depois. Como uma puta que trepou com um cara muito triste, muito triste mesmo, que depois da foda lhe agradece com um sorriso besta na cara.
Então era isso que eu deveria saber, não era? Há um ou dois anos atrás era isso que eu precisava saber. E se eu soubesse disso há 5 ou 6 anos atrás, meu Deus, seria terrível e eu seria um ser podre e arrogante. Arrogante mesmo, desses que maltratam garçons e socam putas. Desses que não entendem a arrogância como um sistema bem humorado pra suportar a vida.
Mas agora eu sei. E ponho minhas mangas sujas de fora e sorrio. E pergunto "como vai" e digo "que bem que tá bem" porque agora eu sei.
E aproveito, por que não?
Sou um cara de sorte, é fato. Família fina, papo reto, alma limpa e sem o medo que eu achava que eu tinha, mas não tinha. Então eu aproveito e me lambo, me lambo sim, com uma língua grande que é minha e que não quer lamber todo mundo. Lambo eu mesmo e calculo quem merece ser lambido. Sou um matemático.
Perceber os esquemas, as ondas de ódio ou de amor, olhar sem pressa, achar um pombo bonito, sorrir pra idiotas, dançar com mancos, conversar com cachorros, se comover com o mar agitado, e tudo o mais, agora eu sei.
Mas sempre, e ainda que discretamente, continuo esperando o milagre. Porque, enfim, eu sei que é ele, e só ele, que importa.
6 de setembro de 2009
Aqui, aqui.
- três ou dois, fica sempre pra depois.
- sim ou não, é apenas opinião.
- decisão é tão em baixo que nunca me encaixo.
- sorriso bonito combina com eu acredito.
- raiva do outro tem prazo de validade.
- amor por si é por uma curta eternidade.
- pra rir tem apenas que ter um dente.
- pra ser feliz basta ser demente.
- sofrer por prazer não é uma dor.
- é só decidir acreditar no amor.
- ganhar da Argentina não é placar de futebol.
- é ter uma tarde de domingo com previsão de sol.
E ui e ai, publique agora ou nunca mais.
5 de setembro de 2009
Roendo o queijo caro que minha mãe comprou.

Tenho um prazer imenso em reclamar, é fato. É puro prazer. E confesso que me envaideço, já que me acho esperto e capaz de reclamar através de letrinhas e peças de teatro e coisas do tipo.

4 de setembro de 2009
Claro que isso não quer dizer que essas coisas acabem. De vez em quando elas surgem e, bem, a gente se engana um pouquinho e revive a adolescência tardia que sempre teremos. É a obrigação mínima de quem tem sangue. E, olhe, ter sangue nem é tão simples quanto parece. Porque o sangue tem que correr e vazar. E não apenas ficar naquele círculo vicioso e monótono.
Seja como for, tudo isso porque tive esse sonho onde estava muito eufórico e surgia essa mulher do outro lado da janela que me dizia com um sorriso sincero no rosto: aproveita porque vai passar.
3 de setembro de 2009
2 de setembro de 2009
Volta e meia me pego pensando nisso: eu também me divirto nessa ciranda que sigo e que sei ser idiota.
É uma boate quando penso assim: somos vários, somos cínicos, gostamos de tudo e disfarçamos ao máximo.
Nem pecado há. E muito menos traição. Que disso eu fujo e continuarei fugindo.
Mas nesse caso é assim: quem mente anunciando que é mentiroso pode ser acusado de ter dito uma mentira?
E bem e hum e conclusão: não, nunca, jamais.
Mentir pode ser uma coisa bem honesta.
E esse era o caso: Eu tava lá compartilhando as mentiras alheias e a minha também.
Tudo certo e limpo: máscaras que se percebem a 5 m. de distância.
Fora que, e como sempre, deixar de dançar na hora certa é valorizar a dança.
A arte, e a decisão que ela implica, tem disso: saber a hora certa de sumir.
(E agora lembrei: viva o Belchior e sua elegância sincera que disse: não entendi isso, não sou uma celebridade.)
Com olhos de vidro e coração de pombo
elas passeiam por aí.
Com uma felicidade infantil,
uma bela vagina seca
e treze anos de vida sexual ativa.
E isso apenas aos 26,
elas fazem questão de dizer
lhe obrigando a fazer as contas.
*
Já moraram com 2 ou 3 caras,
mas não deu muito certo
porque, pra essas gurias,
sabe como é,
o amor sempre acaba.
*
Eternidade é um troço careta,
elas dizem.
Falar 'pra sempre' é oprimir,
elas berram
numa noite tristonha
em que você,
o gordo do bar,
foi fisgado
pra uma tarde
de fricção de carnes.
*
Mas você é você
e, bem, ser indiferente
nem é tão difícil assim.
*
Então:
roça -se as partes,
sorri -se na hora certa e
se faz um elogio vulgar
depois da ejaculação:
- você é maravilhosa.
*
De volta à vida
você lava o seu pau
com alguma vaidade
e assiste ao Fantástico
roendo uma pizza.
*
Duas tarefas pra fazer
e uma buceta que lhe dá.
Viver é simples
quando não
precisamos pensar.
31 de agosto de 2009
d.q.l.q.n.s.f.l.
27 de agosto de 2009
24 de agosto de 2009
*
23 de agosto de 2009
Revirando as caixinhas.
21 de agosto de 2009
que o inverno me ajude.
O que me fode mesmo é cortar as unhas do pé. A pança lá, como uma bexiga dentro da camiseta, tornando a tarefa um milagre de torções incríveis. E pensar que já tive uma mulher que me cortava as unhas...
Vejo minha fotos e minha bela pança, mas só me incomodo mesmo pra cortar as unhas. Minha vaidade é de ser um cara inteligente que consegue enxergar o próprio pau.
Só quando não ver o meu próprio pau é que realmente ficarei preocupado. Até porque pra cortar as unhas tenho me virado.
Seja como for, devo cair dentro do whisky e do vinho, pois, mesmo só comendo salada e amendoins, a pança continua lá, retumbante e convicta, com aquele estufamento exagerado que só mesmo a divina cervejinha proporciona.
20 de agosto de 2009
mrl
E quando fala, meu deus, nunca fala olhando pra você. Os olhões malucos fogem do olho à olho enquanto as mãos, finas e pequenas, se torcem uma na outra. E tão frias que nem digo, que bem que fui maldoso e peguei suas mãozinhas crispadas pra dizer 'me liga'.
Mas agora, assim, e cá comigo, penso que não quero que ela ligue. É coisa de tarado aqueles peitinhos-caroços. E deus bem sabe que tarado não sou. Até porque tarado tem ejaculação precoce e deus sabe também que eu treinei muito, muito mesmo, e com garra, pra combater esse mal.
17 de agosto de 2009
b-e-z-e-l-a
Se eu conseguir serei um velhinho esperto que olha o pêndulo sem o levar tão à sério. Porque isso eu ainda não consigo. O pêndulo ainda manda um bocado em mim. E isso é loucura. Tristeza. Sei lá.
Não dá pra ser tão circunstancial assim. Há qualquer burrice em ser influenciado por tudo, assim como há burrice em ser influenciado por nada. O lance é a calma, é o tempo, é sacar que umas coisas valem mais a pena. E nessas coisas deixar-se levar. Só nelas. Só nelas e para elas. Quase que com um propósito secreto, quase que antevendo o milagre total ou o poço sem fundo.
A única homenagem: só pra elas, fiel à elas porque elas existem e, bem, assustam pacas. Mas é aquele susto de montanha russa, que mais faz bem do que mal.
Seja como for, o pêndulo tá no lado mais fácil e vou aproveitar a carona enquanto ainda não sou o velhinho esperto que quero ser. Desses que sorriem muito e falam pouco, desses que não tem medo da morte e que não se lastimam pela vida ter sido como foi.
-
Ainda acho que a paz é possível.
Mesmo que excesso de paz corra o risco do tédio.
Mas temer o tédio é burrice.
E o velho esperto que eu quero ser não pode ser burro.
16 de agosto de 2009
-
Tinha cara, cheiro e sangue de roubada, mas mesmo assim eu topei. To na pista e sei ser falso. Danço com idiotas que é pra aprender a não ser um.
Estratégia, burra ou inteligente é detalhe.
Estou lá e confirmo: é roubada.
Nem sai tão caro no contexto. Jogar sabendo da perda é jogo. Qualquer lucro é bom, mas tenho lá os meus limites.
Olho bem praquilo tudo. Gente em excesso, música ruim e predomínio absoluto das feias.
Seguro meu pau que segura meu ego. Quem precisa disso? Eu. Quem irá até as últimas consequências disso? Eu não.
Tenho lá minha vaidade e não sou macho. Macho no sentido que o Peréio diz, que é mais ou menos assim: Não sou macho porque não como mulher feia, só macho, macho mesmo, come mulher feia.
O.K. Tudo certo e volto pra casa.
Sem bye, bye, sem até logo, sem a gente se vê. "Não prometo o que não compromisso", foi a última frase que li e decorei.
Eu também me safo, ora bolas. E me safo assim, com os coleguinhas no bolso.
Eu disse coleguinhas e não amigos. Que fique claro.
Daí que eu paro aqui no blogue.
E hoje é domingo e tá tudo certo.
Aprecio a intensidade, mas apenas a que chega ao seu limite.
Não sou macho, eu repito.
É que ainda me adoro e me acho fantástico. Não preciso sentir culpa por isso, preciso?
Sou vaidoso, eu disse, não disse?
15 de agosto de 2009
13 de agosto de 2009
2° Feira.
Ela tem uns quase 50 e fala mansa. Diz tiro uma sua e tira uma minha.
Tudo certo. A fala mansa dela é calma e triste. Só depois entendo porque.
Tava lá numa casa de umbanda que usa daime. Veio pra tentar entender melhor as coisas e, principalmente, o filho. É um rapaz de 26 anos e, ao que tudo indica, viciado em pó. Desses viciados que se destroem. Quando pergunto isso pra ela, eu digo: tem gente que cheira e não fica auto destrutivo. Ele não? É isso? Ele é auto destrutivo?
Ela diz que sim, que ele não consegue dormir e que toma bola pra baixar a ansiedade, essas coisas.
Daí, no papo, descobrimos que nós dois somos do Rio, que o filho trabalha na Parmê e que, nessas coincidências loucas que ocorrem, ela e sua família também já moraram em Curitiba.
E vejo toda aquela aflição materna. Aflição tão grande que vai tomar daime umbandista no Norte pra tentar entender as coisas. É um retiro espiritual, coisa de uma semana ou mais. Todos dias, trabalhos e daime. Pra entender, pra entender, pra viver melhor, pra entender.
E no pacote do papo, descubro que tem uma filha que morreu de leucemia e que o filho, o atual viciado, foi o doador de medula pra filha que, mesmo assim, não resistiu. E que foi depois da morte dela que ele se mudou pro Rio, e que foi no Rio que o vício piorou e que então, ela e o marido(não entendi se há outros filhos) resolveram se mudar pro Rio pra recomeçar. E que o marido, agora, é sócio de uma Parmê em Nova Iguaçu.
E senti uma puta vontade de chorar porque era um monte de coisa injusta e ela tava lá, no daime umbandista, tentando entender um sei lá o quê que me dava arrepios e medo da vida.
Então percebi uma culpa terrível naquela mulher de fala mansa e disse que o fato da filha dela ter morrido era errado, que nunca será certo uma mãe perder uma filha e que também o filho viciado e auto destrutivo não era culpa dela e que ela tentar achar uma razão pra isso era loucura, pois nada no mundo justificava a perda de uma filha. E repeti e bradei: é errado uma mãe perder uma filha, é errado!
E nós dois tivemos vontade de chorar, mas não choramos porque éramos desconhecidos, e porque era tudo tão estranho e cheio de coincidências que ficamos sem falar um tempo e nos despedimos assim, como os dois estranhos que éramos.
E penso nessa mulher desde então. E penso que deveria ter lhe dado meu telefone e ter dito que ela podia me telefonar sempre que quisesse pra reclamar das coisas. E lembrei da minha coisa messiânica, da minha vaidade de salvar gente e me senti bem e mal ao mesmo tempo porque isso me alimenta, mas tem cara de doença e quase nunca adianta.
E mais um monte de coisa que nem adianta escrever. Porque aquela mulher de fala mansa tem essas dores todas e ta aí, como todos, tentando achar explicação pra coisas que acontecem, mas que, na verdade, não deveriam acontecer.
E é triste, e é triste à beça, e é terrível também porque, por mais que se queira, não se pode fazer nada nem por ela e nem por ninguém. E aquela tristeza que ela sentia deveria ser raiva porque raiva é a única resposta pra uma mãe que perde uma filha.
E sei lá. E chega. E ufa.
11 de agosto de 2009
Seja lá onde lá for.
É bom não ter pressa e gastar os segundos lentos e fatais, sejam eles de angústia, sejam eles de euforia. Eu também quero tudo, todo mundo quer tudo, é estúpido e normal querer tudo. E as vezes a ilusão é grande e satisfatória. As vezes a ilusão é tão legítima que só sendo muito burro pra não embarcar.
E no vai-que-vai se passam os dias, os meses e os anos. E tudo muda, sem saltos ou milagres, mas com alguma consistência.
Ser um velho mais esperto me parece uma boa opção.
9 de agosto de 2009
aos domingos range os dentes e inventa novas fugas.
sabe como é: falar é fácil e fazer é difícil. não há de se julgar mal à ninguém por isso.
complacência e generosidade pra entender os buracos vazios que tentam ser preenchidos por areia.
é só que me dá vontade de falar também. e eu falo.
inventar e espalhar por aí: novas conquistas, novos amores, novas experiências, novas drogas, novas cidade, novas casas, novos amantes, novos vícios e, por que não?, novas mentiras.
viver sem mentir é insuportável. acreditar na própria mentira é burrice, loucura, fuga ou gênio. mas geralmente é burrice que se pretende genial.
eu disse: geralmente.
veja, repare: estou generoso e digo: isso passa, com a graça de deus. que essa generosidade toda é um sugar de sangue sem critério.
sugar sangue acontece, mas há que se sugar os sangues bons, mesmo que lhe envenenem com o tempo. e cuspir é sempre uma estratégia.
pra acabar e ser legal, que tô legal e generoso:
- essas flores, meu benzinho, cresceram rápido demais e são lindas, mas sem cheiro. repare, meu benzinho, seu gesto bonito de me trazer essas flores não as fazem cheirosas. são flores grandes, bonitas e sem cheiro. mas isso não é culpa de ninguém, meu benzinho. nem sua, nem minha.
8 de agosto de 2009
6 de agosto de 2009
a bicha teatral diz:
Mesmo achando isso uma babaquice sem tamanho, mas bem, sabe como é, há quem só acredite nas coisas após ouvir um grito autoritário dizendo que as coisas existem. Que seja. A roda é grande e fazer uma farsa sabendo que é farsa eu também sei fazer, mesmo preferindo não usar esse recurso.
Mas isso não é o importante. O importante é outra coisa e é bem mais simples: os que importam estão lá, ficam lá e querem entender as coisas desconhecidas. Eles flertam com o mistério. Eles sentem prazer em se relacionar com o indizível.
É um processo instintivo e não uma matemática. A bicha chata apareceu no primeiro dia e depois sumiu. E meu Deus, isso tem tanto sentido, mas tanto sentido, que meus nervos se acalmam e até cogito emagrecer e fumar menos.
É por essas horas que a vida vale. 12 pessoas querendo descobrir um troço que não se sabe qual é, mas que se pressente.
O resto são discursos velhos e repetidos, que mudam de objeto, mas não de conteúdo. Otários esquecem o próprio padrão e reclamam por serem incompreendidos. Esquecem - se que se repetir e ser incompreendido é, e sempre será, parte da jogada.
Basta estar vivo.
4 de agosto de 2009
E foi bom e eu tava lá e o fato de eu estar lá fez a diferença.
Empurra-se umas coisas, se salva outras e descobre, com algum medo de errar, que sim sim, é possível.
Nem sempre é possível, mas as vezes é. E quando é, é bom à beça e bato palminhas e digo é isso aí.
Depois um monte de coisas solitárias e preciosas. A vida calma, o desprezo no gatilho e a mira do revólver que nem quer mais lhe ameaçar.
-
Um risco ou outro,
a marca de bala na perna
e a chance do sim que é a mesma do não.
3 de agosto de 2009
2 de agosto de 2009
Ontem, conversando com uma menina que fez 28 recentemente, fui perguntado se era tranquilo pra mim se aproximar dos 30. E eu disse que sim e ela perguntou como é que faz.
Aí me lembrei que meu lance, desde muito cedo, é tentar ter a idade que tenho. Com 11 anos já era assim. Faço aniversário e fico meio que dizendo pra mim mesmo: agora tenho 28 e não 27, 28 é diferente de 27.
Acho que fico um mês nessas.
Claro que é estúpido, mas é um tipo de mania antiga. Lembro desse mesmo pensamento em várias idades: com 17 em São Paulo, com 19 sabendo que me mudaria pro Rio, com 21 ao lado da garota que mais me ensinou coisas no mundo, com 25 e um tipo de agonia porque a vida parecia não estar acontecendo. E por aí vai.
Nesse mesmo breve papo, ela comentou que os pais dela, nessa idade, já tinham família, emprego e etc. Meus pais também, mas até aí. 09 é diferente de 81.
Sei que meus próximos dias serão bons e que ficarei dizendo pra mim mesmo: agora é 28, agora é 28. Como se só isso já fosse uma mudança. Como eu disse, é estúpido.
Seja como for, 28 é mais que 27 e é possível ficar mais esperto ao longo do tempo.
Pra que na hora fatal, velho e bem humorado, eu diga pra Dona Morte: - você venceu, batata frita.
1 de agosto de 2009
30 de julho de 2009
não faz mais.
Os mentirosos são tristes e sozinhos e precisam de gente.
Então eles elogiam tudo e todos.
Benzinho, você deve lembrar que lhe avisei. Eu segurei sua cabeça com minhas mãos e disse que ela era apenas uma garotinha triste que lhe queria como amiga, que ela precisava de você porque não tinha ninguém e não porque tinha achado você especial.
Eu disse que ela era má, benzinho, mas você achou que era só implicância e disse que eu não entendia nada porque eu era arrogante e solitário.
E eu lhe disse que eu não era solitário porque eu tinha você e que você, que me tinha, me conhecia bem e sabia que minha arrogância não era de nada e que só escondia meu medo do mundo.
E você deu uma risadinha, mas logo fez questão de bancar a brava de novo e me disse coisas feias que sei que você nem pensa.
Mas deixa pra lá, benzinho, eu nem sempre tenho razão mesmo querendo isso.
É que vejo você falar da sua nova amiguinha e acho tão errado isso. Porque você dá tudo pra ela, e ela, nem por mal, só lhe suga esse sanguinho doce que eu tanto adoro e que é só meu. Porque é só meu o seu sanguinho, meu benzinho. E é assim que deve ser porque o meu sanguinho também é só seu.
E nossos sanguinhos juntos, benzinho, você sabe, são uma coisa quentinha e boa de ver.
29 de julho de 2009
Olerêeolará.
é mais ou menos assim:
Aproveita-se o que pode e o que surge. Controla-se a ansiedade porque jogar bem nem sempre é marcar gol.
E o gol ainda é o grande momento do futebol.
E nem acompanho futebol, mas fui garoto bem educado e meu pai me levou pros jogos do Atlético Paranaense e isso, hoje vejo, foi vital pra mim e minhas coisas.
É parte daquelas coisas que meu pai fez comigo e que farei com meus filhos.
Meu pai também não acompanha futebol.
...
Mas nem importa, meu pau tá duro e vamos que vamos. Mesmo ainda faltando uma buceta com alma e quentinha pra eu meter ele lá dentro do melhor jeito que há.
É como eu disse pro meu bom amigo: cutuca-se a xota, mas sempre se deseja a alma.
Como se o pau fosse um caçador de almas.
As vezes acontece, mas nem sempre.
...
No mais, esse bem estar besta que se sente ao ter que fazer tarefas.
Ainda somos bichos, afinal.
Ainda achamos que ter o que fazer é estar vivo e blá-blá-blá.
...
A liberdade é saber que isso passa e que os demônios voltam e passam também.
No mais: aquele velho conhecido que surge e os milagres que talvez também surjam.
As chances são sempre as mesmas. Arrisca-se o que se pode ganhar, e não, e nunca!, o que se pode perder.
As apostas ainda são feitas pelas esperanças de vitória, não é?
28 de julho de 2009
adoráveis estúpidos

Meu Deus. O inferno é um lugar cheio de gente falando tudo o que pensa. E dizendo, com aquele riso bestial: - é que eu sou muiito sincero.
E nessas o inferno, que era apenas um lugar quentinho, se torna de fato O inferno.
Viver por aí é um grande risco. Estúpidos e cretinos são sempre solícitos e generosos. E, bem, mesmo que com tristeza, devo assumir que já fui engambelado algumas vezes por essa espécie.
É que eles são poderosos e tem o instinto de sobrevivência de um vírus: mutam-se com as vacinas.
Das coisas que desejo, reconhecer um estúpido à distância é o que ainda mais ambiciono.
Do mal da busca pela felicidade não sofro, já que ter paz ainda me parece mais palpável e útil. Com paz se encara as tristezas e espera passar.
Com felicidade se espera apenas.
Encarar me parece decente.
Ser feliz, e acreditar na felicidade como objetivo de vida, ainda me parece estúpido.
Ou inútil, tanto faz.
27 de julho de 2009
Não, que não gosto de gatos. Quer dizer, nada definitivo ou eterno, mas fui um cara educado com cachorros.
Minha família tem cachorros e não gatos. E, bem, claro está que sou um cara de família.
Não tenho vocação pra desgarrado e, dentro das minha implicâncias preconceituosas, acho essa gente dita desgarrada um tipo bem mal resolvido. Aquele lance de amar o inimigo ou de odiar quem lhe quer bem. Credo!
Seja como for, Jesus tem sido bacana e me afaga. Aquela mão esquelética e cheia de cicatrizes. É meio nojento e tudo o mais. Ainda há pus, mas até aí é uma mão que, mesmo com o pus sagrado, me afaga.
E, bem, gosto de ser afagado.
Agora é contar os dias e esperar o milagre possível.
Mesmo que os milagres impossíveis ainda me encantem mais.
26 de julho de 2009
"Estou aqui sentado no sol, bicando o ceú, fumando só..."
Assim: entrando pelas narinas através de um bafo de hortelã que sai do super sorriso que solta ao dizer muiiitto prazer esticando as vogais.
Lembro de um outro chato que um dia me disse, na hora de dizer tchau, valeuuuu.
Acontece, agora, que esse chato da vez é muiiito simpático, artístico e criativo. Ele lhe obriga à ouvir músicas que só ele conhece e só ele canta. E na mesa de um bar. E claro que ele 'interpreta' as músicas que canta: cara de triste pra letra triste, gingadinho pro refrão e sorriso com bafo de hortelã pro gran finalle. É o chato que diz, antes de terminar, e agoraaa o grannn finallleee...
Tática de guerra ou de indiferença. Opto pela indiferença. Menos energia pra gastar e, bem, qual a vantagem de guerrear com um chato?
E o chato, como não poderia deixar de ser, tem muiiitooss amigos. E o pior, pra cada amigo que apresenta, tem uma pequena fala:
O José eu conheço desde criança, foi com a família dele que eu viajei pra praia pela primeira vez.
A Renata eu conheço tem só 6 meses, mas parece que faz anos. Se duvidar a gente se conheceu em outras vidas.
E por aí vai: 5 amigos, 5 prólogos e o bar inteiro cheira à hortelã.O telefone toca e há a ameaça de um 6° chato chegar. Como o mundo é cheio de gracinhas, o 6° chato é justamente aquele que me disse valeuuu há quase um ano atrás. Fico imaginando como eles se conheceram e imagino uma grande confraria secreta de chatos.
Hora de ir embora. Muitos por que já vai?, fica mais um pouco e amanhã é domingo depois, me despeço com a promessa de nos adicionarmos no orkut.
Antes de subir pra casa, bebo uma no Coimbra e lembro da Bíblia: Diga com quem andas e te direi quem és.
E também do belo comentário do Millôr - ou seria do Max Nunes?: Jesus andava com Judas e Judas andava com Jesus.
25 de julho de 2009
é só sobre mim e as minhas mentiras.
23 de julho de 2009
eu mesmo e como não.
22 de julho de 2009
dsbndnh.
19 de julho de 2009
17 de julho de 2009

16 de julho de 2009
os cabelos bonitos.
E meu caralho amado é meu! Só meu! Coisa muito relevante prum tipo possessivo como eu.
Daí que ando à passos largos e me saboreio solitário e impassível. Aquele tipo de desprezo e indiferença generosa que só sendo solitário e inconsequente pra sentir e perceber.
Que seja.
Em poucos dias formulo um desafio e ponho uma bela bagagem na mala. Vou sorrir e ser simpático e falso por aí. É conveniente e me dá prazer. É estúpido e simples...quase delicioso.
Depois uma punheta executada por mão alheia e infantil: um belo jorro de esperma amarelo que me dará as boas vindas.
Ao longo e ao longe pelos delírios que se inventa.
Que seja.
14 de julho de 2009
13 de julho de 2009
12 de julho de 2009
uma forma de adeus.
ONTEM UMA PEÇA RUIM E HOJE UMA PEÇA CHATA. SOU MAIS A DE ONTEM: PREFIRO UM RUIM AO CHATO. SEJA ALGO OU ALGUÉM. CHATOS ANDAM EM GRUPOS E SE PROLIFERAM. IDENTIFIQUE UM CHATO PELOS CHATOS QUE O RODEIAM. É UMA APLICAÇÃO LÓGICA, MAS NÃO IMPLACÁVEL.
SEJA COMO FOR, PRO RUIM HÁ ESPERANÇAS.
MELHORAR É POSSÍVEL AO LONGO DO TEMPO. JÁ O CHATO, NESSE SENTIDO, TEM ENORMES DESVANTAGENS. ATÉ PORQUE O CHATO, AO SER RODEADO POR GRANDES TURMAS DE CHATOS, RECEBE MUUIITTOSS ELOGIOS E SE SENTE MUITO-BEM-OBRIGADO.
O RUIM PODE MELHORAR, EU REPITO.
E ME PEGO PENSANDO QUE:
- - fazer força não é ser forte.
- - olhar pra frente não é ver as coisas.
- - saber de si não é uma solução.
- - chorar pelo leite derramado pode ser sinal de inteligência.
- - ter esperança é uma convicção possível e bela.
- - achar que convicções são ruins é não entender a imensidão do homem.
- - nunca mudar de convicções é estúpido.
- - ter boas lembranças de tragédias não melhora nem as lembranças e nem as tragédias.
- - sorrir pra desconhecidos é mostrar os dentes pra otários.
- - abraçar o mundo é achar que o mundo cabe no abraço.
- - resolver milhares de coisas por dia não é necessariamente viver.
GOSTO DE TEATRO, POR ASSIM DIZER. ASSIM COMO GOSTO DE GENTE, MESMO QUE ISSO NÃO INCLUA O MUNDO INTEIRO.
TEATRO BOM EXISTE E GENTE PRA SE GOSTAR TAMBÉM.
TODOS NÃO INTERESSAM E TEATRO NUNCA É A MELHOR GARANTIA DE DIVERSÃO.
POR ISSO, E PELO PRAZER, EU DIGO:
- O PEITO ABERTO E O PRECONCEITO NO GATILHO. MUDAR DE OPINIÃO NÃO É O GRANDE OBJETIVO, MAS FAZ PARTE DA JOGADA.
11 de julho de 2009
- me comovo facilmente e bato palminhas. é bom isso: a fase, o pode ser. a esperança berrando porque é o que ela sabe fazer.
- a esperança é limitada e sabe disso: logo será trocada e aproveita.
- eu vejo sempre distante porque é esse meu estilo e, por que não?, minha desgraça. e digo pra mim mesmo: 'calma lá, rapazinho, desconfie sempre porque essa é sua regra'.
- contrariar a regra é bonitinho, mas é estúpido, não é?
- menos idiota que a média tem sido minha ambição. parece decente e palpável.
- o que não quer dizer que meu tropeço não seja enorme e meu vómito nem se fale.
- mas é assim: menos idiota ao longo do tempo. é bom e confortável. hum!
- gracinhas variadas e pops. meu momento de adaptação e idiotia consciente.
- berrar é um estilo que respeito e sigo. como se fosse só isso.
- a vantagem de estar só é que os demônios são íntimos e velhos amigos de infância.
- sempre eles: com ternura e chifres, entre pesadelos e delírios.
- beleza enorme e sem sentido. me calo porque ainda tenho bom senso.
- coisas belas e surpreendentes me fazem idiota e feliz.
- é bom saber disso: idiota e feliz ao mesmo tempo.
- chega chega e vamo que vamo. hum, eu repito.
- ai, que agora vai, ei, que agora pode, ufa, que tudo acaba, eita, que a merda assusta menos do que antes.
10 de julho de 2009
8 de julho de 2009
- pra mim mulher tem que ter pele bonita. Pode ser até feiazinha, mas a pele, ah...a pele tem que ser bonita.
- - o bom não é ganhar muito, é gastar pouco com remédio.
- - ela tava fora de si, dizia 'eu te amo, eu te amo, eu te amo'.
- - eu não vou falar pra ele aquilo que eu sei que ele não gosta. É estúpido.
6 de julho de 2009
Ter blogue, nessa coisa de internet/orkut/msn, é parte da jogada. E mesmo que eu não jogue sempre, eu gosto de jogar.
A coisa blogue surgiu como princípio de diário virtual. E, mesmo tendo se expandido, pra mim, ainda hoje, um blogue bom mantém isso. O que não quer dizer que lá no meio, e de vez quando, o blogueiro não ponha suas asinhas de fora. Sejam grandes ou pequenas. Tanto faz.
Blogue, pra cagar uma regra, prova que tamanho não é documento.
E tudo isso porque hoje escrevi um textinho em papel e caneta que resolvi não transcrever aqui. Porque aqui, num blogue, poderia parecer uma coisa outra e que nem seria o caso. E isso é uma das peculiaridades brutais de um blogue: ele será lido, mesmo que apenas por sua mãe ou seu melhor amigo, ele será lido.
E nessas de saber que x ou y lerá, eu resolvi que hoje, apenas hoje, não era o caso de por esse textinho aqui.
Não que seja um texto grandioso ou coisa do tipo, mas apenas porque soará como recado pro meu pai ou pra minha mãe. E nem é esse o caso.
Então deixo esse textinho de papel pra depois e escrevo isso.
Porque tenho a coisa de diário e porque acho divertido.
É mais simples e evita constrangimentos. Ainda não estou na fase de mandar recados, afinal.
Beijos de orkut ou saudades de Msn é um apenas um jeito prático de encerrar a questão.
E praticidade nunca foi meu forte.
5 de julho de 2009
4 de julho de 2009
Tudo isso servindo dois, e por apenas 60 Reais.
2 de julho de 2009
disso e dessa: a calma feliz.
Devagarzinho: as bordas me comendo pelas beiradas.
Como deve ser, como acho bom, como acredito que proceda.
A euforia foi abanada sem pressa. Dia após dia com um abano insistente de uma única mão. Só a esquerda.
Apaguei e morri. Sentia-me ótimo e morto. Morto era ruim. Mas era e era mesmo. Morto sem esperança de ressuscitar.
Morto e livre: cirandas feitas em torno de um carrossel de cavalos de plástico.
Nunca imaginei cavalos de verdade. Eles eram de plástico e tinham aqueles olhos enormes e pintados de tinta vagabunda. Já estavam desbotados, mas, mesmo assim, me impressionavam.
Mas agora tem essa turma aí: juntando-se de novo pra tentar achar um milagre. A chance de dar certo é a mesma de dar errado. 50 a 50 avisados com antecedência. Sem enganos e enganações.
Mais uma vez um monte de coisa.
Talvez seja essa, talvez não.
O peito aberto não e uma virtude, mas ainda é tudo que posso ter.