Nunca mais o blogue. Nunca mais o tesão diário. Nunca mais aquele frisson infantil de pensar: eu escrevo, ela lê. Tempo. Tempo maldito. E, repare bem, melhoras existiram graças ao tempo.
Nunca mais a internet ingênua do Orkut e dos sites e blogues nos favoritos. Nunca mais um tempo que já passou. Nunca mais a internet como coisa em si. Porque agora telefones e cigarros se juntam a internet e tudo é uma coisa só; e tudo combate o tédio com muita eficiência e pouca eficácia.
Internet discada. Videos de 08 segundos. Hora pra entrar e sair.
Agora eterno. Agora constante. Na ilha do cu da flor do diabo há um wireless e sei lá de que diabos to falando.
Sofro.
Sou um cara que sofre.
De tempos em tempos, sofro a larga. Com dores, vômitos e medos variados.
E tem a família. Que sofre por mim sem precisar.
Como se meu sofrimento não bastasse, como se sofrimentos alheios minimizassem sofrimentos íntimos.
Repara: esse texto não diz nada. Não fala nada. E esse texto, assim, cheio de nada, é o texto da internet em 16 de nov. de 2013.
Minha teimosia não é uma virtude, mas uma limitação. O blogue é mais confortável do que o facebook.
É sempre sobre mim.
E é cada vez mais teimosia sem sentido.
O que, todavia, nunca impediu o tesão - aquele velho amigo que se manifesta com frequência e que tende à uma nostalgia estúpida.
Quando o tempo passava sem blogues ou e-mails salvos.
-
16 de novembro de 2013
2 de novembro de 2013
A vida puta e essa coceirinha no cu.
Acordar, ler, ouvir música clássica, tomar café. Pequenas tarefas e esse inferno de sempre ter algo para fazer. Troca de geladeiras e toda essa manobra lenta da solidão.
O dia inteiro de cueca e às 15:57 opto por tomar uma dose de Whisky e ficar diante do computador, especificamente no blogue amigo antigo e abandonado. Como é comum ocorrer com amigos.
Uma ansiedade conhecida, porém, no milagre dos 30, menos infantil.
Acordar, ler, ouvir música clássica, tomar café. Pequenas tarefas e esse inferno de sempre ter algo para fazer. Troca de geladeiras e toda essa manobra lenta da solidão.
O dia inteiro de cueca e às 15:57 opto por tomar uma dose de Whisky e ficar diante do computador, especificamente no blogue amigo antigo e abandonado. Como é comum ocorrer com amigos.
Uma ansiedade conhecida, porém, no milagre dos 30, menos infantil.
25 de outubro de 2013
s.r. m, abre as pernas, é tudo verdade e morro de medo.
Eu sou um tipo que julga.
Que acha julgar do caralho e que acredita que ter coragem de julgar é o mínimo de um ser inteligente e vivente.
Quero dizer: julgar é positivo.
Se o julgamento está certo ou errado, se o julgamento é estático ou dinâmico
não é o caso aqui.
O caso aqui: há muito prazer em julgar.
E eu tenho prazer com isso. E também em conversar com os que julgam.
Mas, enfim, pra dizer:
há compartilhamentos de fb que tornam imediatamente uma interessante em uma idiota.
há frases que estragam livros.
há deuses prejudicados pelos seus devotos.
E por aí vai.
Então assim:
a omissão nunca foi virtude nem será,
ser escravo por falta de opção não vale,
Deus, dmaiúsculo, no apocalipse, diz que cuspirá os mornos.
-
Então o julgamento,
a defesa da coragem
a abstenção da omissão (pra ser contraditório, ó pá)
e também os dez dedinhos
e a vontade de potência.
Isso: a vontade de potência.
A vontade de potência de vida.
A vida como vontade de potência de vida.
Os mil Vs e os tesões mais sinceros.
Aquele desabafo e caga-regras que só é possível em um blogue que se atualiza em 2013.
Que acha julgar do caralho e que acredita que ter coragem de julgar é o mínimo de um ser inteligente e vivente.
Quero dizer: julgar é positivo.
Se o julgamento está certo ou errado, se o julgamento é estático ou dinâmico
não é o caso aqui.
O caso aqui: há muito prazer em julgar.
E eu tenho prazer com isso. E também em conversar com os que julgam.
Mas, enfim, pra dizer:
há compartilhamentos de fb que tornam imediatamente uma interessante em uma idiota.
há frases que estragam livros.
há deuses prejudicados pelos seus devotos.
E por aí vai.
Então assim:
a omissão nunca foi virtude nem será,
ser escravo por falta de opção não vale,
Deus, dmaiúsculo, no apocalipse, diz que cuspirá os mornos.
-
Então o julgamento,
a defesa da coragem
a abstenção da omissão (pra ser contraditório, ó pá)
e também os dez dedinhos
e a vontade de potência.
Isso: a vontade de potência.
A vontade de potência de vida.
A vida como vontade de potência de vida.
Os mil Vs e os tesões mais sinceros.
Aquele desabafo e caga-regras que só é possível em um blogue que se atualiza em 2013.
18 de outubro de 2013
Se eu fosse um corajoso e opinativo de Facebook, eu seria assim: s.r
Você não pode criar um herói ou um vilão.
Tanto faz se o herói é o jornal o globo, os blackblocks ou os professores.
Tanto faz se o vilão é o jornal o globo, os blackblocks ou os professores.
Quero dizer: você pode criar o que quiser, pode criar seu herói ou seu vilão. Os motivos são seus e lhe cabem.
Seu herói e seu vilão é problema seu,
tesão seu,
desejo seu.
Não faça a burrice de achar que seu herói é o herói do mundo inteiro.
Não faça a burrice de achar que seu vilão é o vilão do mundo inteiro.
Há jogos de força profundos e essa posição passional e inocente de vilões e heróis enfraquece a potência da vida.
A vida é potente e gosta de disputa. A vida tende à disputa.
E a disputa afirma a vida.
Briga entre fortes, boas brigas - é o que queremos.
Justiça para os justos - a equidade prevista pela democracia. (lembrando, quase boquiaberto, que justos são os fortes)
Tanto faz se o herói é o jornal o globo, os blackblocks ou os professores.
Tanto faz se o vilão é o jornal o globo, os blackblocks ou os professores.
Quero dizer: você pode criar o que quiser, pode criar seu herói ou seu vilão. Os motivos são seus e lhe cabem.
Seu herói e seu vilão é problema seu,
tesão seu,
desejo seu.
Não faça a burrice de achar que seu herói é o herói do mundo inteiro.
Não faça a burrice de achar que seu vilão é o vilão do mundo inteiro.
Há jogos de força profundos e essa posição passional e inocente de vilões e heróis enfraquece a potência da vida.
A vida é potente e gosta de disputa. A vida tende à disputa.
E a disputa afirma a vida.
Briga entre fortes, boas brigas - é o que queremos.
17 de outubro de 2013
s.r.
Em um ensaio acontece de tudo. São três horas de pura intensidade. Tudo passa pela cabeça: a glória, as fugas, as conquistas, o medo, a covardia, a vontade, a vergonha.
Pensa-se si, pensa-se nos outros, pensa-se muito; e há um louco esforço para ser claro e se comunicar com os outros.
Porque coisas tem que acontecer. Tem que existir. Tem que ocorrer no tempo e no espaço. E porque você é você. E porque você conclui que de diversas coisas que poderiam ter ocorrido sem a sua participação, a existência desse ensaio (e dessa peça) são coisas que só poderiam ter acontecido com você. Com sua vontade de potência atuando.
Então mil contas. Todos os sentidos: dinheiro, desejo, disposição.
Lembro do porquenão e lembro do porquesim. Sinto saudades da inocência, na época em que achava que o mundo era injusto e pronto.
Era simples, era bom, havia o bem e o mal e eu respirava livre. Éramos crianças e vivíamos felizes...
- essa bobagem íntima que em 2013 vira blogue -
Pensa-se si, pensa-se nos outros, pensa-se muito; e há um louco esforço para ser claro e se comunicar com os outros.
Porque coisas tem que acontecer. Tem que existir. Tem que ocorrer no tempo e no espaço. E porque você é você. E porque você conclui que de diversas coisas que poderiam ter ocorrido sem a sua participação, a existência desse ensaio (e dessa peça) são coisas que só poderiam ter acontecido com você. Com sua vontade de potência atuando.
Então mil contas. Todos os sentidos: dinheiro, desejo, disposição.
Lembro do porquenão e lembro do porquesim. Sinto saudades da inocência, na época em que achava que o mundo era injusto e pronto.
Era simples, era bom, havia o bem e o mal e eu respirava livre. Éramos crianças e vivíamos felizes...
- essa bobagem íntima que em 2013 vira blogue -
14 de outubro de 2013
s.r
- Vale destacar as grandes dores: demorou muito, muito mesmo, para que nossa especie andasse só sobre duas pernas e fosse razoavelmente reta na coluna.
- Muitos mais milhares de anos com rabo e braços longos e fortes. Ficar reto foi uma conquista de, sem exageros, milhares de anos.
- Repare como a dor se justifica. A dor se insinua: ela é uma mulher vulgar que, para as 'mulheres de bem', é incompreensível. A dor, nesse contexto, é um tesão.
- Então hoje: sustentar-se em duas pernas, comprar no mercado com cartão e voltar pra casa. O choro na estrada.
- Quem entende? Dor pra caralho: voltar sobre duas pernas pra 'sua' casa. As lágrimas que só vieram ao adentrar a casa: dor conhecida: esse acordo tácito que foi feito pensando na inteligência que, vá lá, pode nos aliviar.
- O refrão possível, sempre o mesmo, assim: um dia de cada vez. O refrão mais idiota de todos os tempos: o disfarçar-se.
- meu atélogo, meu rrrrrrrrr, meu seiláquediabos, meu amor que amor tá na moda. s.r
10 de outubro de 2013
1000 tem 3 000s,r
- As contas.
- O tesão.
- As cartas que deixou de escrever e receber.
- Esses planos todos.
- A descoberta: a procrastinação é falta de intensidade de vida. Uma matemática caipira de bicho homem: ao deixar estourar todos os prazos e tolerâncias, farei no último minuto. Aquela correria de última hora. Aquela intensidade que vem da infantilidade. Aquele prazer.
- e Deus tem mais a ver com os que Nele acreditam do que com ele mesmo.
- E tem saudade.
- E solidão.
- E amigos distantes
- e gente que você não entende e nunca entenderá.
- E as músicas bonitas que dão vontade de chorar porque lembram a infância.
- As paisagens tão bonitas que passam quando você está em um carro e o papo com o motorista é bom e lento.
- Vida ali e aqui. Essa coisa assim. Potente assim.
- Simpatizo com os afirmadores. Os cagadores de regra. Os desagradáveis. Simpatizo com as frases curtas. As afirmações são a coisa, o treco. As negações, não. Os não-saber como virtude: a tristeza.
- E as flores. E os filmes do Domingos Oliveira e aquela beleza toda.
- Essa coisa do bicho homem, a beleza.
- E lembro do dia que você me disse que tinha 30 anos e que o mundo era mesmo cheio de gracinhas. O beijo na boca, o estalo dos fantasmas e sua mão sem coordenação no meu pinto.
- Ela só pensou no marido. Pensou tanto no marido que pensou que eu também pensava no marido. Eu não pensava no marido. Eu nunca pensava no marido. Pra mim era eu e ela conversando enquanto ela trocava de roupa. E meu pau crescia. E era só isso. Não havia mais nada.
- Os prazeres das peles e da carninha. As saudades do absurdo.
- x
- w
- e
- n
- ´
- e
- ?
5 de outubro de 2013
meus mortos me dizem.
Nunca suportei o excesso de dúvidas. Os indecisos, os que acreditam na indecisão, sempre me pareceram omissos. Até que se prove o contrário considero toda dúvida uma enorme covardia: seja de um presidente, de um rei ou do papa. A dúvida não é virtude em homens fortes.
1 de outubro de 2013
vontade e gosto é melhor que fortuna e requinte s.r.
deixar de oscilar entre a coragem e a covardia. e não me falem em caminho do meio. não é disso que trato. estou falando: deixar de oscilar entre duas coisas é maturidade que desejo. não estou falando de ser mais equilibrado. estou pensando em psiquiatras e drogas que agem nas conexões neurais. a evolução da espécie. a decisão, a ciência que faz o homem ser esse bicho que encanta e interfere nos processos naturais. abaixo os processo naturais! quero as coisas criadas pelos homens. as coisas demasiadas humanas. as coisas que surfam na vontade de poder e que desejam que a vida seja mais vida e mais desejo de vida. a auto ajuda da crueldade. o poder de cura que tem sangrar um animal apenas porque pode exercer sua vontade. um homem de gosto e vontade. uma pedra que rola. um ser que existe e pensa ao mesmo tempo, que nunca é uma coisa só, que prefere os prazeres do abismo ao conforto dos platôs do planalto central brasileiro.
(minha escuta de will e taste era melhor: nenhuma riqueza (wealth?) pra me aborrecer: https://www.youtube.com/watch?v=14A0SzyO6yA)
(minha escuta de will e taste era melhor: nenhuma riqueza (wealth?) pra me aborrecer: https://www.youtube.com/watch?v=14A0SzyO6yA)
27 de setembro de 2013
Dentes pra morder s.r.
- onde foi parar papai?, eu me pergunto. Quero dizer: e-mail sem resposta e esperava resposta. Como explicar? Assim: consegui deixar claro que papai deve exercer sua vontade de poder?
- um não entende. E reclama dos outros esse um. Ele não entende. E julga os outros injustos. Os outros não são injustos. Os outros estão fazendo uma coisa que esse um não entende. É estranho: parece que esse um sempre acha tudo e todos injustos.
- tem isso. que é o mantra tacanho que faz a gente ser ajudado: um dia de cada vez. Porque não há opção, porque não há jeito e temos que ter uma certa calma.
- essa mistura toda. ser real, ser virtual, ser verdadeiro ou ser falso. uma velha unidade estranha: ser coerente. como se a vida não fosse confusão e devaneio. como se conseguíssemos sem esforço algum sermos coerentes. ´
- isso - esse blogue - é cada vez mais íntimo e egoico. pra mim, meu umbigo. só pra mim. o fb como maldição da rede. o anticristo é aquele que monopoliza seja lá o que for.
- bloguee, o diiaarriioo mais vaidodososo do mundo: assim: no tempo em que se surfava na rede e não havia o fb dominante.
- ninharias de resistência: àquela satisfação difícil de quantificar. tipo: felicidade.
24 de setembro de 2013
faceme
reconhecer os covardes: assim, como quem analisa o próprio peido após virar de ladinho no banco da praça.
cgin2409
Aprendi a morder. Estou falando de dentes. Ao morder eu me alimento. Tenho que morder com mais rigor.
.
Foi ela mesma. A ovelha mais doce que comi. Ela não desconfiava: vivia entorpecida como costumam viver os passionais.
.
Só agora percebo do que fugi. A ideia que ela tinha de felicidade era uma paz monótona e calma: teríamos filhinhos, uma casinha e, ao fim, estaríamos velhinhos e contentes.
.
Pela vontade de potência. E pelos desejos ambiciosos. E por ser ação. Por existir, por agir no tempo. Por ser o animal doente: homem. Por parte da doença vir dessa subjetividade que anda na lâmina e que tende à negação da vida. O não como virtude: a mais antiga das bactérias.
.
Realizar em um lugar muito escolhido e específico. Querer a dominação de luxo que é a ideia de liberdade: esse eu que reina em valores próprios. Com cinismo e malícia e sem acreditar em 'choque do amor' e bobagens do tipo. A minha inteligência é meu maior deboche. O conhecimento, ô seu chato, é uma festa onde ninguém é obrigado a dançar
.
Foi ela mesma. A ovelha mais doce que comi. Ela não desconfiava: vivia entorpecida como costumam viver os passionais.
.
Só agora percebo do que fugi. A ideia que ela tinha de felicidade era uma paz monótona e calma: teríamos filhinhos, uma casinha e, ao fim, estaríamos velhinhos e contentes.
.
Pela vontade de potência. E pelos desejos ambiciosos. E por ser ação. Por existir, por agir no tempo. Por ser o animal doente: homem. Por parte da doença vir dessa subjetividade que anda na lâmina e que tende à negação da vida. O não como virtude: a mais antiga das bactérias.
.
Realizar em um lugar muito escolhido e específico. Querer a dominação de luxo que é a ideia de liberdade: esse eu que reina em valores próprios. Com cinismo e malícia e sem acreditar em 'choque do amor' e bobagens do tipo. A minha inteligência é meu maior deboche. O conhecimento, ô seu chato, é uma festa onde ninguém é obrigado a dançar
21 de setembro de 2013
m
- dois dias de derrota e dor e hoje uma vontade de morder a vida e ter certezas. Vitalidade, meu amor, eu te quero: vida que quer mais vida e é até agressiva por isso, eu quero.
- Gracinhas do mundo. Tesão. Vuco vuco, e, Jesus, lá da cruz, me abençoou: cada toque uma irrigada de sangue no pau. Aquele mantra baixinho: não é coisa da minha cabeça.
- Tesão de medo e pensamentos variados. Dos tipos que não ajudam nada. Tipo: muito simples desejar mulheres impedidas e imaginar amores irreais. Fernandinho, olhe pro espelho e lembra da porra do Lowen: quais os mecanismos de defesa são acionados agora? Medo de altura, talvez.
- (homens burros, sempre burros. querendo que a mulher diga sem entrelinhas. homens burros, sempre burros)
- Ela lá. Bem gostosa. Tesão antigo. E vontade de morder e fazer uma grande cagada. Tava vestida pra mim, é meu delírio mais vaidoso.
- Mulheres, mulheres, isso é um apelo: pintem as letras de amarelo, pintem as letras de amarelo.
13 de setembro de 2013
s.r.
A tristeza tão bonita das músicas do Sergio Sampaio. Uma tristeza grande e bela que até dá vontade de sentir. E dá vontade de mandar para os amigos, para o pai, e perguntar: viram que beleza de tristeza? Música que se canta alto, com voz e embriaguez; como quando eu era criança e minha irmã, a letícia e eu esperávamos meu pai para ouvir um cd (uma coisa supernova na época) do E. Gismonti tocando Villa Lobos. Era bom e era calmo. É uma boa memória de infância. Meu pai ligava uma lanterna e nos dava cigarro acesos para brincar na escuridão porque a gente desligava a luz e punha a música. As coisas, nessa época, eram bem mais simples.
-
A vida rói dentro e a vida é imensa e vasta. Não há paz. O que há é um acordo de aceitação diante da realidade. Esforçando-se para agir, para ser ação. Porque o reativo não é ruim nem nada, mas é menos vida. Vida como ação, como impulso de vida, como minha avó que cogita o passeio ao RJ porque vida ainda há, mesmo com o corpo atrapalhando.
-
Vem os dedos, vem o corpo, vem o tesão. Bichos que tateiam no escuro e gostam do tato. E ondas de calor dentro da gente. E o ventre, o baixo ventre, torna-se um lugar tão frágil e bom de passar a mão. E olhava pra ela se trocando e pensava baixinho: nunca mesmo pensei no teu marido.
-
A insistência não é uma virtude per si. Há muito de incapacidade na insistência, muito de costume na insistência. A insistência pode ser várias coisas: irmã, Deus, marido, Fé, inimigo, profissão. A insistência tende a vir da razão. E a razão, a gente aprendeu, é uma puta muito da circunstancial.
-
Te amaria sempre fosse você a mulher que sentaria do meu lado num dos pitocos que ficam na esquina da Sá Ferreira com a Av. Nossa Senhora de Copacabana. E sentaria ali e gastaria 30 minutos ali enquanto esperava alguém; e fumasse um ou dois cigarros e visse como é vasto esse mundo e esses lugares. Copacabana, Rio de Janeiro, Brasil, Mundo. Assim: desse jeito: como uma câmera que se afasta e mostra divisas, mapas e planetas.
-
Aos 32 entendo quase tudo. O quase é vasto e o tudo é generoso. Quero dizer: com 62 suportarei o mundo e sua vastidão? Ou terei morrido antes? Ou estarei calmo diante desse absurdo chamado existência consciente? O mundo vem se tornando cada vez maior conforme me torno mais velho e vivo mais tempo nesse tempo-espaço chamado mundo. Ui. Ai. Essa auto ajuda sedutora que me sopra conforto.
-
uma coisa bela e terrível. Para ouvir alto. Ou ouvir sozinho. Ou ouvir pensando coisas muito pessoais e restritas.
http://www.youtube.com/watch?v=J9N2zPyCaB8
-
A vida rói dentro e a vida é imensa e vasta. Não há paz. O que há é um acordo de aceitação diante da realidade. Esforçando-se para agir, para ser ação. Porque o reativo não é ruim nem nada, mas é menos vida. Vida como ação, como impulso de vida, como minha avó que cogita o passeio ao RJ porque vida ainda há, mesmo com o corpo atrapalhando.
-
Vem os dedos, vem o corpo, vem o tesão. Bichos que tateiam no escuro e gostam do tato. E ondas de calor dentro da gente. E o ventre, o baixo ventre, torna-se um lugar tão frágil e bom de passar a mão. E olhava pra ela se trocando e pensava baixinho: nunca mesmo pensei no teu marido.
-
A insistência não é uma virtude per si. Há muito de incapacidade na insistência, muito de costume na insistência. A insistência pode ser várias coisas: irmã, Deus, marido, Fé, inimigo, profissão. A insistência tende a vir da razão. E a razão, a gente aprendeu, é uma puta muito da circunstancial.
-
Te amaria sempre fosse você a mulher que sentaria do meu lado num dos pitocos que ficam na esquina da Sá Ferreira com a Av. Nossa Senhora de Copacabana. E sentaria ali e gastaria 30 minutos ali enquanto esperava alguém; e fumasse um ou dois cigarros e visse como é vasto esse mundo e esses lugares. Copacabana, Rio de Janeiro, Brasil, Mundo. Assim: desse jeito: como uma câmera que se afasta e mostra divisas, mapas e planetas.
-
Aos 32 entendo quase tudo. O quase é vasto e o tudo é generoso. Quero dizer: com 62 suportarei o mundo e sua vastidão? Ou terei morrido antes? Ou estarei calmo diante desse absurdo chamado existência consciente? O mundo vem se tornando cada vez maior conforme me torno mais velho e vivo mais tempo nesse tempo-espaço chamado mundo. Ui. Ai. Essa auto ajuda sedutora que me sopra conforto.
-
uma coisa bela e terrível. Para ouvir alto. Ou ouvir sozinho. Ou ouvir pensando coisas muito pessoais e restritas.
http://www.youtube.com/watch?v=J9N2zPyCaB8
31 de agosto de 2013
s.rbi.g.dão.
- Repare a alegria e a passividade. Os olhos calmos, a indiferença e o comportamento de gado: "moral de escravos", acabei de aprender.
- O passado perde o sentido porque o tempo age. Tão chato e limitado esse ideal boboca de 'estar-no-presente'. Como se o ser humano não fosse um ser encantador justamente por saber-se um ser temporal. Existimos antes, durante e depois; por isso humanos, demasiados humanos.
- Impulsos de poder e plenitude. Sempre pela ação, pelo fazer, pelo existir no tempo e no espaço. Invocando filhos ou avós, tanto faz. Invocando façanhas futuras ou passados de glória, tanto faz. O tempo, o tempo. Humanos são seres que agem no Tempo.
- Álcool é anestésico para diversas dores: solidão, medo, constipação intestinal e ataques de pânico. Desde quando o Cowboy, antes da perna amputada, tomava uma dose de burbom ; desde quando o Tim Maia declarava que não sabia o que era 'cagar duro' porque bebia todos os dias. É anestésico também para as euforias, quando a vontade de potência vêm e sente-se medo do bárbaro que você podeira virar.
- (pramudardeassunto)
- garotinha tão bonita que lê. sou tão suscetível que nem te conto. me dizia: então casa comigo. te dizia: é claro. garotinha tão bonita que lê e que faz de conta que nem te importa.
29 de agosto de 2013
MARIAMEIANOITE -
Eu tenho 3 opções:
- Fico encabulada;
- Te dou um passa fora;
- Ou caio na risada.
(coça os dedinhos, pensa em Deus, no Marido, no Diabo, na cama quente da casa da sogra e na mãezinha que tá em Minas rezando por ela)
Minha hierarquia é:
- 1 fica encabulada;
- 2 cai na risada;
- 3 me dá uma passa dentro. ops. fora. disse fora.
(sente o pau mexer dentro da calça. pensa em Deus, em amores mortos, na irmã meio idiota, no prazer de cada cigarrinho aceso e na mãezinha que reza por ele no nortão do Paraná)
20 de agosto de 2013
poucashoras
- de tão linda só poderia ser burra. quero dizer: burra ou linda. que homem, tendo alma, suportaria a feiura e a burrice em uma só pessoa? tesão, meu amor, é simples: beleza, beleza.
- a alminha suporta bem. o corpo, no escuro, é quase sempre bom. pôr os dedos, sentir os cheiros e não pensar muito. o corpo é uma festa e não pensar ajuda na dança. ô, esse tesão enchendo a cueca.
- 21 anos: tesão puro: finjo isso e finge aquilo: - é pra sempre essa felicidade de mentirmos assim um por outro, não é? - sim, sim, essa felicidade eterna é mentira. - então eu te amo. - então eu te amo também.
- o problema é a virgindade possível. Há um número impressionante de virgens. Elas existem. E muitas delas querem dar, mas tiveram pouca oportunidade. Dar ou não dar pode ser uma questão pruma virgem tardia. Mas o que é uma virgem tardia: uma que nunca cedeu por esperar muito amor ou uma que deu muito e nunca achou o amor?
- Melhor lembrar do cara de chapéu. Que é um outro e não você. E tinha roupas mal costuradas. E cambaleava aqui e lá... mas, que seja, quem, enfim, pode não cambalear?
12 de agosto de 2013
s.r
- o mantra é sempre o mesmo. Modelo AA: um dia de cada vez. (que, vá lá, qual seria a outra opção?)
- disse em carta pra papai: não tenho mais medo. Que diabos, que mentira. Quis dizer: tenho medo, mas não me importo. Quis dizer: tenho medo, mas não sou mais covarde.
- família é o caralho. Afeta-nos. Afeta-nos profundamente se tivermos alma e afeto. Sou um Corleone. Sou leal: família e sangue e reconhecimento: a hierarquia não é sempre uma imposição.
- pra desabafar no blogue e não fazer terapia: maninha, o tempo urge. fica esperta logo ou fica pra trás. lembre-se: querer culpar os outros é covardia. As flores de bosta que colhe vêm das bostas que planta. Pare de plantar bostas ou colha sua bostas sem encher o saco de ninguém, sem achar que é uma vítima.
- Sou um homem. Sou um adulto. Tenho mil problemas e diversas vezes minha merda me machuca. De toda forma, a merda é minha, bem minha. Sou dono da minha merda: sou um homem, sou um adulto.
- um dia de cada vez. cada um com o AA que lhe cabe. aqui falo de mim. um dia de cada vez pra mim é não pirar porque sou genial em um dia e um bosta em outro. porque ainda oscilo muito. porque as circunstâncias ainda me afetam mais do que deveriam.
- coragem, meus amores. a única palavra possível. (e fabiana é a única menina que queria namorar). não dá pra dizer que tudo será ótimo. mas dá pra repetir: coragem. é o que é. e o tempo urge. e temos muitos a fazer e somos sós. o tempo falta: coragem.
29 de julho de 2013
s.r
- o blogue como passado negro. meu deus. o registro de dores e radiâncias como virtude. meu deus. blogue, meu amor, você está morto, mas foi bom pra mim: me apresentou três mulheres bonitas - das quais uma tive a alegria de comer.
- falta a boa buceta. daquela que te inspira e te faz mudar ideia. falta a buceta linda que vem perturbar a alma, que sim sim (e não sei porquê) está em paz. uma buceta molhada de veneno que te deixa feliz. buceta poderosa, por favor. quase morrer pode ser uma virtude. morrer mesmo nunca será virtude.
- fazer as contas e ver o tempo que passou. o tanto que mudou. porque mudou. tanto faz mudar pra melhor ou pior. mas muda. muda mesmo. pense em você 10 anos atrás. mudou. mudou pra caralho. mudou a ponto de ser auto ajuda sem grilo.
- grávida do primeiro filho. penso que as alegrias se separam. lembro do meu pai dizendo que amizade tem muito de circunstancial. atualmente penso baixinho: é difícil ser amigo de quem não sonha com você. não preciso de amigos. quero amigos que sonhem juntos.
- a auto ajuda a auto ajuda e a sedução: resolver falsos problemas é tão mais prazeroso.
- ela me disse: li teu blogue. tive tesão, pensei em Deus, em Jesus e na Maria. Ah, meu amôrrrr, suas pernas abertas não é uma figura de linguagem.
- um até logo. Curitiba uma semana. será bom. uma semana: tempo que é fácil saber.
Assinar:
Postagens (Atom)