24 de setembro de 2013

cgin2409

Aprendi a morder. Estou falando de dentes. Ao morder eu me alimento. Tenho que morder com mais rigor.
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Foi ela mesma. A ovelha mais doce que comi. Ela não desconfiava: vivia entorpecida como costumam viver os passionais.
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Só agora percebo do que fugi. A ideia que ela tinha de felicidade era uma paz monótona e calma: teríamos filhinhos, uma casinha e, ao fim, estaríamos velhinhos e contentes.
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Pela vontade de potência. E pelos desejos ambiciosos. E por ser ação. Por existir, por agir no tempo. Por ser o animal doente: homem. Por parte da doença vir dessa subjetividade que anda na lâmina e que tende à negação da vida. O não como virtude: a mais antiga das bactérias.
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Realizar em um lugar muito escolhido e específico. Querer a dominação de luxo que é a ideia de liberdade: esse eu que reina em valores próprios. Com cinismo e malícia e sem acreditar em 'choque do amor' e bobagens do tipo. A minha inteligência é meu maior deboche. O conhecimento, ô seu chato, é uma festa onde ninguém é obrigado a dançar

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