6 de abril de 2011

Teatro Irresponsável.



É tipo um vício, um recalque.

E como todo bom vício é algo sério, bem sério.

(ou alguém nega que os vícios revelam pessoas?)

Porque a gente se fode um bocado, sofre um bocado, mas sempre, e sempre tímidos, teremos um puta tesão se tudo der certo.

É que há migalhas que alimentam um batalhão: uma frase bem escrita, uma foda com risco de morte, um bêbe que sorri num berço ou uma boa apresentação na reestréia de uma peça teatral.

Porque uma BOA apresentação é toda resposta que quero dar ao mundo. Porque o sentido está em 3 ou 4 segundos de silêncio ou então no aplauso que costuma vir após uma tampa que encaixa numa panela.

E tem a vida real... que nem importa muito e que é sempre menos intensa.

Que sobre 'intensidade' só faz sentido em falar em termos artísticos ou atléticos: as mulheres do Picasso, a revolta de Arturo Bandini ou a insistência da maratonista que está torta na linha de chegada.

Particularmente prefiro os artísticos. Questão de gosto.

Só isso e tudo isso.

E isso mesmo.

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