16 de abril de 2011

a alegria suspeita.

Meu pau duro tinha condições:
ou raiva,
ou desprezo,
ou amor.
A merda é que foder é oscilar.
Em outra palavras: fode-se mais com outras coisas do que com essas três.
Eu sofria,
eu sofro.
Tinha raiva por força,
fodia por tédio
e dormia muito muito mal após a foda.
Mas dormia abraçado quando abraçar era o caso.
Era legal,
sou legal.
Contentei-me:
as pequenas fodas,
os orgasmos eufóricos,
o sexo oral como substituto da penetração:
sêmem desperdiçado em tetas ou bocas...
Lamentava,
lamentei e lamentaria.
#
Vieram as estrelas,
vieram os gritos,
vieram as velhas histórias sobre ser ou não ser feliz.
Adeus.
#
À merda a felicidade
e o otimismo dentro da gaveta
que só espera a abertura da gaveta.
À merda o entusiasmo de três noites
e os amores por doentes terminais.
#
Eu,
cá comigo,
acho
a
solidão
bem
decente.

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