12 de abril de 2011

Abano a mão para o cachorro que me abana o rabo. Sinto-me bem e tenho sete histórias pra contar. Lá fora não há ameaça de chuva ou de sol. É um dia comum, muito embora a coxinha da padaria estivesse com uma aparência especialmente apetitosa. Eu chacoalho as minhas mãos e não dou dinheiro pros pedintes. Me nego a dar dinheiro pra quem me desafia a dar dinheiro. Sou um homem antiquado, é minha conclusão. Seja como for, meu vizinho ouve ópera e as pombas não cagam mais no parapeito da minha janela. Lembro do que se diz sobre liberdade e resolvo: liberdade é um mundo sem pombos.

2 comentários:

Ândrea Fricks disse...

Texto delícia. Saudade de vc, moço.

fmaatz disse...

ó só...
quem é vivo, sempre aparece.
bjs