12 de julho de 2010

sobreviver não importa.

No meio do mundo percebo que eu sou um cara doce. Isso mesmo: d-o-c-e. É claro que é estúpido isso. Se sentir doce é idiota. Mas é o que é. Me vejo no mundo e, depois de muito pensar, concluo: sou um cara doce.
Essa conclusão não quer dizer nada. Não é boa nem ruim. Conclusão morna, honesta e quase contra mim. Meu putaquepariu chora baixinho. Porque há uma bela vitalidade no ódio, porque há grande prazer na raiva e na loucura.
(e devo admitir que uma coisa não impede a outra)
Talvez esteja mais velho, talvez mais tolerante, talvez mais besta e mais conformado. Tanto faz. As coisas mudam. E as coisas mudarem é um treco bacana - mesmo que as mudanças não sejam as revoluções que secretamente desejávamos.
Mais velho, mais esperto e menos passional. E, veja, eu gosto da passionalidade, eu admiro o sangue da passionalidade. Atitudes passionais são sempre encantadoras - para o bem e para o mal.
Mas a gente tem que viver e vive. Há que se ter alguma proteção contra a merda toda. A maturidade é uma proteção - e apenas isso.
Eu sorrio e sou quase sincero. Queria que algumas pessoas vissem minhas peças e lessem meus escritos. Eu gosto da vida, mesmo não achando tudo uma maravilha. É decente isso. Eu acho.
Pela frente a nova semana e meus 3 pontos de atenção. Sou eu mesmo. Mais velho e menos passional. Algum método para aproveitar o tempo e as esperanças mais lindas que sempre alimento com enorme carinho - como, afinal, faz todo cara doce.

3 comentários:

Ândrea Fricks disse...

Quero ser algumas pessoas que vêem suas peças e lêem seus textos.
AH! E vc é muito doce.
beijo.

fmaatz disse...

Veja minha peça, então!!!
Doce demais...quase causa diabetes...
bjs.
f,

Ândrea Fricks disse...

Até quando fica em cartaz? Assim, programo minha ida ao Rio especialmente para essa deliciosa missão.
bj