25 de fevereiro de 2010

Veja você.

Você que some e deixa que eu fuja.
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Ontem me masturbei pensando em ti. Fazia tempo que não me dedicava tanto a uma punheta. Você sabe, a Internet e sua pornografia incrível acaba criando maus hábitos. Confesso que fazia anos que eu não tocava uma punhetinha apenas usando a imaginação.
Há punhetas e punhetas. As vezes é só uma questão de esvaziar. Ou de ter sono. Ou de falta do que fazer. O tédio é, muitas vezes, o agente da punheta.
Mas não foi o caso.
Estava lendo, com o ventilador na fuça e deitado na cama. Luminária ligada, pernas cruzadas, uma mão segurando o livro e a outra coçando o saco.
Por algum mistério lembrei de você. Seu corpo comprido, seus olhos enormes, sua boca bem desenhada e uma nesga de bunda que guardei na memória.
Nessas o pau começa a se espreguiçar. O sangue ganhando o corpo cavernoso e o pau, semi-duro-semi-mole (ou demibombê, como diz o R. Morais no Tanto Faz) ganhando destaque na cueca.
Tiro a cueca e decido: ela merece.
Agora sou eu e meu pau. São duas horas da tarde e ele incha cada vez mais. Começo os movimentos. Crio cenas com você e aciono as imagens que guardei. Os pés no meu peito, o balançar dos seios, o pescoço dobrado, a nesga da bunda, o olhar depois do beijo roubado, os pêlos e a umidade cheia de sangue.
Outras lembranças tentam me invadir. Ex namoradas, outras fodas, mas eu não deixo. To resolvido: essa punheta é tua, só tua.
Invento coisas que nunca fizemos, posições e mordidas que não existiram, confissões que não houveram. São duas e dez e o pré-gozo começa a se manifestar na espinha. Mudo de posição e, quase descontrolado, mordo o bico do seu seio esquerdo com mais força do que deveria. Há um pequeno grito e um desculpa ofegante.
Estamos em sintonia fina. A pressão aumenta gradativa e ritmada. Você abre os olhos e eu mordo o seu queixo.
Gozo.
Gozo invocando seu nome e num esforço irracional de onde ela estiver, ela lembrará de mim agora.
Minha barriga está melada. Meu umbigo é um poço de porra em sua homenagem. Penso se isso é normal ou se sou maluco. Decido que é normal e não penso mais nisso.
O papel higiênico faz a higiene e se esfacela. Olho o montinho de papel na minha mão e digo pra você antes de o lançar no lixo.
Me visto. Há coisas pra fazer.

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