A única pergunta com propósito: - como diabos se aguenta a vida? Um dia após o outro, esse estranho conta gotas que nos deixa triste por sabermos ter fim e, mesmo assim, esse desafio diário: como viver sem ser um imbecil que tudo reclama ou que à tudo glorifica?
(E, por favor, não valem histórias de equilíbrio e caminhos do meio)
Como ter a vida dos momentos inspirados e sem covardia? Como fugir da média merda do planeta? Como viver sem nhé-nhém e, mesmo assim, viver a porra toda? O ódio, o amor, as raivas, as loucuras, as ternuras? Como, sem cair na armadilha do amar TODOS, viver inteiro e sem discursos ou justificativas para a maneira que se vive?
14 de janeiro de 2014
11 de janeiro de 2014
Letargia pós porre e as canções que tenho ouvido nos últimos dois dias.
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É sábado e gostaria de passear com uma garota bonita. O Rio de Janeiro é uma cidade deslumbrante e hoje há esse céu azul e o programa ensaio com o João Nogueira.
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Tenho ouvido Benito di Paula, essas canções exageradas e cheias de dor e desespero. E ele tem aquele rosto dolorido e meio pirata. Gosto de gente marcada pelo tempo. Acho que isso explica (em parte, pelo menos) porque hoje em dia implique com o Caetano, o Chico e o Gil e suas caras lisas e calmas.
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7 de janeiro de 2014
Pensava em Deus,
utilizava símbolos místicos,
julgava vacas e frangos seus semelhantes
e, por isso,
não os comia.
Tinha fama de fofa,
mas eu a achava gostosa.
(Aqueles peitos que em minha boca poderiam derreter)
Sendo minha semelhante,
queria mesmo era comê-lá.
(A pele branca ficando vermelha durante um orgasmo)
utilizava símbolos místicos,
julgava vacas e frangos seus semelhantes
e, por isso,
não os comia.
Tinha fama de fofa,
mas eu a achava gostosa.
(Aqueles peitos que em minha boca poderiam derreter)
Sendo minha semelhante,
queria mesmo era comê-lá.
(A pele branca ficando vermelha durante um orgasmo)
Tenho pensado em você. Muito. Fazia tempo que isso não ocorria. Isso, quero dizer, pensar em alguém dessa maneira. Tive também uns sonhos contigo. Uns sonhos confusos que dão medo, sabe? Lembrei também de algo que me encantava há 10, 12 anos atrás: o Fernando Pessoa, a citação dele sobre as cartas de amor e o ridículo. Pensei em mandar algo. Não acho que farei. Te ligo na volta, eu acho. Bjs.
19 de dezembro de 2013
O astronauta da saudades tem 32 anos e se chama Fernando; e sua boca está entreaberta e não vermelha.
Talvez seja a época e toda essa loucura amiga. Chego a pensar em dizer: 2013 foi um bom ano. Loucura, não? (Não o fato de ter ou não ter sido um bom ano, mas o fato de pensar em dizer "2013 foi um bom ano")
Então durmo de um jeito lento e assim acordo e tenho mil pequenas tarefas que faço mais lentas ainda.
Penso nessa garota bonita pra quem telefonei ontem. Uma garota bonita que pode te morder e te deixar maluco e monotemático. Tantos anos sem telefonar para garotas bonitas; e sei lá que diabos. Mas sempre lembro do Poderoso Chefão: mulheres são mais perigosas que espingardas.
Talvez seja a época e toda essa loucura amiga. Chego a pensar em dizer: 2013 foi um bom ano. Loucura, não? (Não o fato de ter ou não ter sido um bom ano, mas o fato de pensar em dizer "2013 foi um bom ano")
Então durmo de um jeito lento e assim acordo e tenho mil pequenas tarefas que faço mais lentas ainda.
Penso nessa garota bonita pra quem telefonei ontem. Uma garota bonita que pode te morder e te deixar maluco e monotemático. Tantos anos sem telefonar para garotas bonitas; e sei lá que diabos. Mas sempre lembro do Poderoso Chefão: mulheres são mais perigosas que espingardas.
17 de dezembro de 2013
Participar de uma coisa ou outra, estabelecer que há mundo fora de mim e ser tolerante com a realidade e as pessoas e as coisas. Fazer coisas, agir no mundo, forjar utilidade e lembrar que seu deboche e descrença é apenas um jeito torto de tentar fazer com que a vida seja leve.
-
Não é tristeza, é revolta.
Sou ignorado. E penso: que diabos! Diz sim, diz não; ou diz até talvez. Até talvez era melhor. Essa ausência de re-ação à uma ação proposta estraga vidas. Pense. É errado. O não, o sim e até o maldito talvez criam menos estragos que o silêncio que se faz de surdo.
-
Decidi fazer arroz e ao abrir o pote saíram duas mini-mariposas. Meu instinto de jogar fora o conteúdo foi interrompido pelo telefone. Voltei ao pote e olhei o arroz intacto, lindo e parabolizado. Pensei: come-se cada coisa que não vemos sendo cozinhadas. Fiz o arroz. O arroz tá pronto. Não há gosto algum além do esperado gosto de arroz.
Estarei louco?
-
Dia duro dos animais.
Dormi no máx. 3 horas. Meu estômago ficou ruim às 10 da manhã e depois passou. Tomei açaí, água de côco, comi uma merda cheia de gordura por burrice, tomei um guarana natural muito doce, bebi café e água, comi 2 biscoitos água e sal, 2 maçãs, mais 3 biscoitos com requeijão, provei arroz, bebi cerveja, mate e, agora, whiskey. To me sentindo bem pra caralho.
Estarei louco?
-
Entro em bate papo e cismo. A mínima centelha de delírio. Meu Deus, queria tanto isso. Meu Deus, tão raro fazer isso. Meu Deus, eu deliro com prazer. O 'até logo'. O 'já vou'.
-
Entendesse o que falasse
ou tivesse a certeza
que falasse pra mim.
assim,
amorzin,
cê nunca me escapava.
-
Não é tristeza, é revolta.
Sou ignorado. E penso: que diabos! Diz sim, diz não; ou diz até talvez. Até talvez era melhor. Essa ausência de re-ação à uma ação proposta estraga vidas. Pense. É errado. O não, o sim e até o maldito talvez criam menos estragos que o silêncio que se faz de surdo.
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Decidi fazer arroz e ao abrir o pote saíram duas mini-mariposas. Meu instinto de jogar fora o conteúdo foi interrompido pelo telefone. Voltei ao pote e olhei o arroz intacto, lindo e parabolizado. Pensei: come-se cada coisa que não vemos sendo cozinhadas. Fiz o arroz. O arroz tá pronto. Não há gosto algum além do esperado gosto de arroz.
Estarei louco?
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Dia duro dos animais.
Dormi no máx. 3 horas. Meu estômago ficou ruim às 10 da manhã e depois passou. Tomei açaí, água de côco, comi uma merda cheia de gordura por burrice, tomei um guarana natural muito doce, bebi café e água, comi 2 biscoitos água e sal, 2 maçãs, mais 3 biscoitos com requeijão, provei arroz, bebi cerveja, mate e, agora, whiskey. To me sentindo bem pra caralho.
Estarei louco?
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Entro em bate papo e cismo. A mínima centelha de delírio. Meu Deus, queria tanto isso. Meu Deus, tão raro fazer isso. Meu Deus, eu deliro com prazer. O 'até logo'. O 'já vou'.
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Entendesse o que falasse
ou tivesse a certeza
que falasse pra mim.
assim,
amorzin,
cê nunca me escapava.
15 de dezembro de 2013
Tão bonitinha e branquinha. Tipo princesa. Dessas que se pensa: poderia mordê-lá por alguns anos e ter um puta love story.
(E delírios de um mundo pós fb me fazem pensar: ela entenderia que um putalovestory não é pouco e que morder é uma intimidade imensa?)
-
A ex amante lésbica da ex está magra. Peitos em minha direção - mulher alta é sempre gostoso abraçar. Tento falar e beber junto. Mas há sempre um remoer o passado, como se houvesse um passado em comum. Não há. Mistério.
-
Esse tesão de ressaca. Como explicar? O pau meia bomba e um dia inteiro de preguiça. Deliro com mulheres calmas, carinhosas e gentis. Fantasio uma boa amiga para fazer sexo cheio de ternura. Imagino uma vida simples e corpos que se divertem sem as dificuldades, altos e baixos das relações. Lembro de como é prazeroso ver uma mulher passar creme no próprio corpo.
-
A fauna de gente e a loucura alheia espreitada durante uma festa.
01. Uma fala sobre o quanto o mundo é pior para a mulher. Sobre como homens tem sorte porque para homens é tudo mais simples. Fala das roupas, das dores de útero, da maquiagem e depilações. Invento uma anedota: digo que todo homem tem uma dor diária no saco. Que todos sabem disso. Ela diz que é mentira. Eu insisto, explico: uma vez por dia, 5 segundos no máx, mas todos os dias, o saco é frágil, sabia? Ela titubeia, dá risada, alguns amigos confirmam essa dor. Ela se intriga, pergunta pra um amigo dela que, sem saber, estraga o prazer da mentira.
02. Outra mais louca, culpando a droga que tinha tomado, diz sobre a revolução masculina. Tento entender do que se trata, mas não consigo. Tem a ver com usar saias, maquiagem, ser feminino. Falo que saia já rolou, canto Pepeu Gomes. Ela diz que não é isso. Que a revolução masculina é a revolução que falta, pois já teve a feminina. Não entendo porra nenhuma. Lembro, quase lógico, que ela me julga um porco machista. Começo a entender algo e penso o óbvio: esse papo é xarope pra dedéu.
03. O dono atende pelo sobrenome, pois é assim no mundo militar. PM, concluo. Diz que ali tá tudo certo, que a festa é boa e que ninguém incomoda ninguém. Os carros da polícia param, ficam no canto, (dois carros ali) alguma maconha no ar e pílulas que já foram ingeridas. Fico achando o mundo uma grande loucura mesmo que não tenha ingerido pilulas. Deliro. Penso na milícia, na complexidade da sociedade, nas coisas e tramoias que ocorrem em paralelo e simultâneas. Aquele vislumbre da frase de uma professora que era ótima professora.
(E delírios de um mundo pós fb me fazem pensar: ela entenderia que um putalovestory não é pouco e que morder é uma intimidade imensa?)
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A ex amante lésbica da ex está magra. Peitos em minha direção - mulher alta é sempre gostoso abraçar. Tento falar e beber junto. Mas há sempre um remoer o passado, como se houvesse um passado em comum. Não há. Mistério.
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Esse tesão de ressaca. Como explicar? O pau meia bomba e um dia inteiro de preguiça. Deliro com mulheres calmas, carinhosas e gentis. Fantasio uma boa amiga para fazer sexo cheio de ternura. Imagino uma vida simples e corpos que se divertem sem as dificuldades, altos e baixos das relações. Lembro de como é prazeroso ver uma mulher passar creme no próprio corpo.
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A fauna de gente e a loucura alheia espreitada durante uma festa.
01. Uma fala sobre o quanto o mundo é pior para a mulher. Sobre como homens tem sorte porque para homens é tudo mais simples. Fala das roupas, das dores de útero, da maquiagem e depilações. Invento uma anedota: digo que todo homem tem uma dor diária no saco. Que todos sabem disso. Ela diz que é mentira. Eu insisto, explico: uma vez por dia, 5 segundos no máx, mas todos os dias, o saco é frágil, sabia? Ela titubeia, dá risada, alguns amigos confirmam essa dor. Ela se intriga, pergunta pra um amigo dela que, sem saber, estraga o prazer da mentira.
02. Outra mais louca, culpando a droga que tinha tomado, diz sobre a revolução masculina. Tento entender do que se trata, mas não consigo. Tem a ver com usar saias, maquiagem, ser feminino. Falo que saia já rolou, canto Pepeu Gomes. Ela diz que não é isso. Que a revolução masculina é a revolução que falta, pois já teve a feminina. Não entendo porra nenhuma. Lembro, quase lógico, que ela me julga um porco machista. Começo a entender algo e penso o óbvio: esse papo é xarope pra dedéu.
03. O dono atende pelo sobrenome, pois é assim no mundo militar. PM, concluo. Diz que ali tá tudo certo, que a festa é boa e que ninguém incomoda ninguém. Os carros da polícia param, ficam no canto, (dois carros ali) alguma maconha no ar e pílulas que já foram ingeridas. Fico achando o mundo uma grande loucura mesmo que não tenha ingerido pilulas. Deliro. Penso na milícia, na complexidade da sociedade, nas coisas e tramoias que ocorrem em paralelo e simultâneas. Aquele vislumbre da frase de uma professora que era ótima professora.
10 de dezembro de 2013
sr qs
Resistir aos outros e lembrar do bigodão fatal: há algo de errado quando o egoismo desiste de si. Sou suscetível e senti-me fraco: não havia o que falar. Poderia ter refutado lamúrias, mas isso faria com que a lamúria se tornasse minha. Não era minha, eu sabia. Mas a fraqueza mostrou sua garra cruel e tornei-me triste e conformado como costumam ser os fracos. Uma pena. Minha plenitude dos 30 ainda se perde com facilidade.
=
Durante a coisa morna pensei em dois dias atrás. A linda branquinha, a gente desconhecida. Nada perfeito, mas bem mais simples: conversar com quem não se sabe e nada se espera. Tudo lento, tudo vulgar, tudo comum. Do tipo que pergunta a idade de tão pouco que se conhece.
=
Queria dizer algo belo. Queria me apaixonar pela branquinha e ouvir (e nada responder) que a vida é boa e simples. Queria o que não tenho: essa doença dos homens que pensam e se confundem com tanta facilidade.
=
A tristeza, a dor e o suor do trabalho não são virtudes. São coisas comuns, vulgares, que ocorrem e são parte da vida. Mas tem isso de valorizar a dor e o sofrimento. Como se o tamanho do sofrimento fosse capaz de criar sentido para o sofrimento. Não tem sentido no sofrimento assim como não tem sentido na alegria. Mas o sofrimento deseja explicação, ao passo que a alegria nem lembra que deveria se explicar.
=
Relendo os últimos posts concluo o óbvio: chato como um diário sem seleção.
=
Minha resistência, minha branquinha, minha teimosia.
=
Balde de água morna: reagir é a especialidade de criticar todas as ações. Não há ação, há críticas à ação à qual reagiu. É errado. Irrita, enfraquece. E, pior, é estúpido. Não nota que nada fez além de reagir e criticar. Cuidado com os críticos das ações. Eles querem que você reaja à reação que eles tiveram diante de sua ação. Eles querem que sua ação seja reação. Eles querem ter razão para suas desgraças. Eles não deveriam te influenciar.
=
=
Durante a coisa morna pensei em dois dias atrás. A linda branquinha, a gente desconhecida. Nada perfeito, mas bem mais simples: conversar com quem não se sabe e nada se espera. Tudo lento, tudo vulgar, tudo comum. Do tipo que pergunta a idade de tão pouco que se conhece.
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Queria dizer algo belo. Queria me apaixonar pela branquinha e ouvir (e nada responder) que a vida é boa e simples. Queria o que não tenho: essa doença dos homens que pensam e se confundem com tanta facilidade.
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A tristeza, a dor e o suor do trabalho não são virtudes. São coisas comuns, vulgares, que ocorrem e são parte da vida. Mas tem isso de valorizar a dor e o sofrimento. Como se o tamanho do sofrimento fosse capaz de criar sentido para o sofrimento. Não tem sentido no sofrimento assim como não tem sentido na alegria. Mas o sofrimento deseja explicação, ao passo que a alegria nem lembra que deveria se explicar.
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Relendo os últimos posts concluo o óbvio: chato como um diário sem seleção.
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Minha resistência, minha branquinha, minha teimosia.
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Balde de água morna: reagir é a especialidade de criticar todas as ações. Não há ação, há críticas à ação à qual reagiu. É errado. Irrita, enfraquece. E, pior, é estúpido. Não nota que nada fez além de reagir e criticar. Cuidado com os críticos das ações. Eles querem que você reaja à reação que eles tiveram diante de sua ação. Eles querem que sua ação seja reação. Eles querem ter razão para suas desgraças. Eles não deveriam te influenciar.
=
1 de dezembro de 2013
qs
*
Nunca mais. Lembre de um tempo que sempre passa. E já estamos velhos (e espertos demais) para achar que antes era melhor. Não era. Ou era. Mas agora sabemos que não importa. Não muito. Ou não tanto como gostaríamos.
*
Em nova fase. Poderia dizer egotrip, diáriosemculpa, díáriopúblico; coisas assim. Mas é mais do mesmo: eu apenas eu meu umbigo sujo e um exercício que faz bem a mim que alimenta a mim que é meu estúpido livre e que tem endereço de blogue. Dizer nova fase é idiota. Sou idiota
*
Tão linda e tão perdida. Não tem 25 anos. E gasta a si. E erra no lugar errado, com os homens errados, com as amigas erradas. Claro que eu poderia salvá-lá. Tenho essa vocação. Tenho essa vaidade. Mas isso seria mentira porque nada é tão simples assim e salvadores não existem. Salvadores não existem. Nem no passado nem no futuro. Minha salvação a deixaria mais segura e mais triste. Seriam contribuições para o instinto que ela já tem: perceber que não é como a maioria. Mas não seria uma salvação. Até o contrário: eu anteciparia sua perda de esperança. Portanto vejo-a e penso só: não tenho nada que valha a pena pra dois.
*
O risco cresce. Estou falando de mim como sempre. A solidão deixa a visão perigosa. Torna-se fácil rejeitar as pessoas quando a solidão é uma realidade e não uma questão existencial. O impulso de convívio com o mundo é saciado cada vez mais veloz. E pensa-se muito em si diante dos outros.
Pensa-se mais em si diante dos outros que quando o si é só si mesmo e não tem companhia.
*
Estou aqui. Fico aqui. Espera-se o tempo. E pensa-se em coisas para o tempo. Mata-se o tempo, ignora-se ao tempo. Brinca-se com o tempo. O tempo. Real tão real. A musiquinha singela do grancirco que deveria ser gravada. Porque tempo é denominador comum. E é estrutura. E dá pra ser manipulado pela Arte. Arte esse grande tesão.
*
Nunca mais. Lembre de um tempo que sempre passa. E já estamos velhos (e espertos demais) para achar que antes era melhor. Não era. Ou era. Mas agora sabemos que não importa. Não muito. Ou não tanto como gostaríamos.
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Em nova fase. Poderia dizer egotrip, diáriosemculpa, díáriopúblico; coisas assim. Mas é mais do mesmo: eu apenas eu meu umbigo sujo e um exercício que faz bem a mim que alimenta a mim que é meu estúpido livre e que tem endereço de blogue. Dizer nova fase é idiota. Sou idiota
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Tão linda e tão perdida. Não tem 25 anos. E gasta a si. E erra no lugar errado, com os homens errados, com as amigas erradas. Claro que eu poderia salvá-lá. Tenho essa vocação. Tenho essa vaidade. Mas isso seria mentira porque nada é tão simples assim e salvadores não existem. Salvadores não existem. Nem no passado nem no futuro. Minha salvação a deixaria mais segura e mais triste. Seriam contribuições para o instinto que ela já tem: perceber que não é como a maioria. Mas não seria uma salvação. Até o contrário: eu anteciparia sua perda de esperança. Portanto vejo-a e penso só: não tenho nada que valha a pena pra dois.
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O risco cresce. Estou falando de mim como sempre. A solidão deixa a visão perigosa. Torna-se fácil rejeitar as pessoas quando a solidão é uma realidade e não uma questão existencial. O impulso de convívio com o mundo é saciado cada vez mais veloz. E pensa-se muito em si diante dos outros.
Pensa-se mais em si diante dos outros que quando o si é só si mesmo e não tem companhia.
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Estou aqui. Fico aqui. Espera-se o tempo. E pensa-se em coisas para o tempo. Mata-se o tempo, ignora-se ao tempo. Brinca-se com o tempo. O tempo. Real tão real. A musiquinha singela do grancirco que deveria ser gravada. Porque tempo é denominador comum. E é estrutura. E dá pra ser manipulado pela Arte. Arte esse grande tesão.
*
28 de novembro de 2013
qn
Parei de escorrer pelas paredes e isso é bom;
caminhei meio idiota pela rua chamada praia de botafogo e voltei com um livrinho jovemempreendedor.
Podemos dizer: o contato humano aumentou; o contato humano é saudável; deve-se promover o contato humano.
Homeopatia de contato humano, diz meu humor.
Estou em festa, eu poderia dizer, mas seria um exagero. Gosto de exageros. E, agora, mesmo com todos os problemas e dores e loucuras, eu digo: tudo certo.
-
Minha homeopatia, as plantinhas, uma ou outra conta, a redescoberta da Lu e sua força real. Uma compreensão do tempo e da distribuição dos acontecimentos no tempo que me faz dizer: sou um hominho de 32 anos e caminho com firmeza pelos corredores do prédio e das repartições.
-
Pensei mais de uma vez que não devia saber do que agora sei. Meu tesão passeia solteira pelo Rio de Janeiro e eu penso meudeusmedeusissoébomouruim? e lembro do melhor pau duro dos últimos dois meses. Ah, você, você mesmo: sou maluco e morro de medo e tesão por você, ah, você mesma.
-
Camisinha, essa desgraça. Mirisola, esse visionário.
-
A ação é o ponto de interesse. Estou sendo teórico e pensando em mim, apenas em mim. É na ação que pode existir alegria. Porque a ação que desejo é MINHA ação. É pessoal e valorosa porque eu, eu mesmo, dei valor.
Tenho fetiche de eficiência, de execução com qualidade. Fetiche de gestão profissional e cultural que permite o desenvolvimento de campos de ação interessantes e possíveis. Uma pegada prática herdada de papai e que se arrisca na arrogância sem fundamento.
A arrogância só é viável para o inteligente. Arrogância e burrice se excluem.
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caminhei meio idiota pela rua chamada praia de botafogo e voltei com um livrinho jovemempreendedor.
Podemos dizer: o contato humano aumentou; o contato humano é saudável; deve-se promover o contato humano.
Homeopatia de contato humano, diz meu humor.
Estou em festa, eu poderia dizer, mas seria um exagero. Gosto de exageros. E, agora, mesmo com todos os problemas e dores e loucuras, eu digo: tudo certo.
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Minha homeopatia, as plantinhas, uma ou outra conta, a redescoberta da Lu e sua força real. Uma compreensão do tempo e da distribuição dos acontecimentos no tempo que me faz dizer: sou um hominho de 32 anos e caminho com firmeza pelos corredores do prédio e das repartições.
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Pensei mais de uma vez que não devia saber do que agora sei. Meu tesão passeia solteira pelo Rio de Janeiro e eu penso meudeusmedeusissoébomouruim? e lembro do melhor pau duro dos últimos dois meses. Ah, você, você mesmo: sou maluco e morro de medo e tesão por você, ah, você mesma.
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Camisinha, essa desgraça. Mirisola, esse visionário.
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A ação é o ponto de interesse. Estou sendo teórico e pensando em mim, apenas em mim. É na ação que pode existir alegria. Porque a ação que desejo é MINHA ação. É pessoal e valorosa porque eu, eu mesmo, dei valor.
Tenho fetiche de eficiência, de execução com qualidade. Fetiche de gestão profissional e cultural que permite o desenvolvimento de campos de ação interessantes e possíveis. Uma pegada prática herdada de papai e que se arrisca na arrogância sem fundamento.
A arrogância só é viável para o inteligente. Arrogância e burrice se excluem.
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25 de novembro de 2013
Há muito a ser dito. E isso é um diário público e me contenho. Sou do tipo que se contêm.
(Estou covarde há mais de uma semana e não acho nada bom. Mas é natural, eu sei. É normal, eu sei. Não gosto de estar covarde. Não vejo essa virtude benéfica da natureza. Sempre lembro da natureza sádica que esquecemos, mesmo assistindo discovery e coisas do tipo. Os leões que costumam torturar sua comida quando a disputa tá ganha, o clássico que é a baleia que ataca a foca nas pedras, os macacos em festa ao dar pauladas em um membro da comunidade que fez ou não fez algo.)
Então meus livros. E minhas pequenas obrigações. E a consciência do abatimento. E a besta alegria dos 30: esse desespero todo só faz sentido aos 20. E a re leitura lenta e fatal do Buk; ainda mais ao re encarar o diário do velho, apenas dois anos antes dele morrer. (Buk, velho bom, leu pouco ele quem não vê as profundidades que ele entende e escreve bem.) E mais um bigodon; e livro novo pra confirmar ideias antigas; e as pequenas coisas que agora urgem. Que vou fazer; que tenho que fazer; que são assim; masporrarqueporracomoaguentar.
Então as percepções íntimas e óbvias: covardia é medo; medo é rejeição; rejeição é falta de reconhecimento; reconhecimento é bobagem; a galinha que mais grita tem o ovo mais valoroso; a média gosta de cinismo; e por aí vai. (E o velho Buk conta sobre como é importante ser capaz de realizar as pequenas tarefas: ir ao correio, arrumar o carro, esperar a carona)
-
Fica aqui.
Blogue - o delírio de 2013, a mais romântica das teimosias - A vida em voltas e viva e querendo mais vida do que a vida é.
Algo que só percebo agora: a ilusão da utilidade é o melhor freio de cavalo jamais inventado.
-
Ah, as coceiras,
Ah, a Maria sumida,
Ah, a Isadora sumida,
Ah, as cartinhas que nunca mais brilharam no assunto das mensagens recebidas.
Ah.
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(Estou covarde há mais de uma semana e não acho nada bom. Mas é natural, eu sei. É normal, eu sei. Não gosto de estar covarde. Não vejo essa virtude benéfica da natureza. Sempre lembro da natureza sádica que esquecemos, mesmo assistindo discovery e coisas do tipo. Os leões que costumam torturar sua comida quando a disputa tá ganha, o clássico que é a baleia que ataca a foca nas pedras, os macacos em festa ao dar pauladas em um membro da comunidade que fez ou não fez algo.)
Então meus livros. E minhas pequenas obrigações. E a consciência do abatimento. E a besta alegria dos 30: esse desespero todo só faz sentido aos 20. E a re leitura lenta e fatal do Buk; ainda mais ao re encarar o diário do velho, apenas dois anos antes dele morrer. (Buk, velho bom, leu pouco ele quem não vê as profundidades que ele entende e escreve bem.) E mais um bigodon; e livro novo pra confirmar ideias antigas; e as pequenas coisas que agora urgem. Que vou fazer; que tenho que fazer; que são assim; masporrarqueporracomoaguentar.
Então as percepções íntimas e óbvias: covardia é medo; medo é rejeição; rejeição é falta de reconhecimento; reconhecimento é bobagem; a galinha que mais grita tem o ovo mais valoroso; a média gosta de cinismo; e por aí vai. (E o velho Buk conta sobre como é importante ser capaz de realizar as pequenas tarefas: ir ao correio, arrumar o carro, esperar a carona)
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Fica aqui.
Blogue - o delírio de 2013, a mais romântica das teimosias - A vida em voltas e viva e querendo mais vida do que a vida é.
Algo que só percebo agora: a ilusão da utilidade é o melhor freio de cavalo jamais inventado.
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Ah, as coceiras,
Ah, a Maria sumida,
Ah, a Isadora sumida,
Ah, as cartinhas que nunca mais brilharam no assunto das mensagens recebidas.
Ah.
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Visito blogues e penso: - que diabos.
Minha natureza culpa o facebook. Mas isso não importa. O que importa (e é estúpido e deve ser combatido) é que minha natureza culpa.
Esse tesão vulgar que é dizer pra si mesmo: não sou eu o responsável pelas minhas dores.
Tesão vulgar, mas tesão. Tesão pra caralho.
-
As jogadinhas de escrever. As jogadinhas de reler o Bukowski e fazer conexões fantásticas e confirmar gostos e prazeres. E ter sagacidade.
-
Ter sagacidade é uma ambição que me interessa.
Sagacidade, puta palavra.
Caralho, como será sagacidade em outras línguas.
Minha natureza culpa o facebook. Mas isso não importa. O que importa (e é estúpido e deve ser combatido) é que minha natureza culpa.
Esse tesão vulgar que é dizer pra si mesmo: não sou eu o responsável pelas minhas dores.
Tesão vulgar, mas tesão. Tesão pra caralho.
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As jogadinhas de escrever. As jogadinhas de reler o Bukowski e fazer conexões fantásticas e confirmar gostos e prazeres. E ter sagacidade.
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Ter sagacidade é uma ambição que me interessa.
Sagacidade, puta palavra.
Caralho, como será sagacidade em outras línguas.
21 de novembro de 2013
s.r.
Meus olhos arregalados e delírio ao ver a novinha que fuma na cadeira da frente meio idiota e sem alma: exercesse meu poder nessa novinha semi burra, 95% dos meus problemas estariam resolvidos. E seria uma coisa concreta e palpável. E a convidaria para passar o Ano Novo comigo; e minhas primas e família a adorariam e a chamariam por algum diminutivo. "Li", por exemplo.
-
O cérebro é um perigo. Todo que já leu, que já pensou, que já entendeu que há mais de duas ou três realidades por aí. Então, todos, sabem: o cérebro é um perigo.
-
Descubro que um bom amigo não gosta de canções. A canção, pra ele, não diz nada que interesse. Entendo. Eu gosto de canções. Até canto canções. Ele não, não entra numas com canções: isso não é bom ou ruim. Isso revela uma identidade.
(entendem?)
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321já
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O cérebro é um perigo. Todo que já leu, que já pensou, que já entendeu que há mais de duas ou três realidades por aí. Então, todos, sabem: o cérebro é um perigo.
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Descubro que um bom amigo não gosta de canções. A canção, pra ele, não diz nada que interesse. Entendo. Eu gosto de canções. Até canto canções. Ele não, não entra numas com canções: isso não é bom ou ruim. Isso revela uma identidade.
(entendem?)
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321já
18 de novembro de 2013
r.s.seeer
Hoje eu sou um chato e não falo com ninguém porque não quero correr lamúrias.
Por isso: poucos amigos, muita solidão e uma intensidade que patina entre sim e não; desprezando, como me parece decente, o talvez.
Faço contas. E as contas sempre devem. E é mau negócio, mas, vá lá, nos fará cócegas prazerosas e intensas.
Não gosto do amigo. Não gosto do disse que disse e falou e quem sabe. Não consigo usar exclamações e, logo no início, avisei: hoje sou um chato e não....
O chato é não. É não vale a pena. É não vale assim. É não é justo.
E a justiça dos idiotas ainda segue a moral olhoolhodentedente.
Meu mau humor. Meus livros. Minha solidão puta cheia de paixão.
Meu delírio em um blogue de 2013.
As coisas estúpidas que tem que se fazer para que se possa fazer aquilo que deve ser feito.
A tristeza mais secreta. O descompasso mais triste. O arrastar.
O chato que não fala com ninguém.
Por isso: poucos amigos, muita solidão e uma intensidade que patina entre sim e não; desprezando, como me parece decente, o talvez.
Faço contas. E as contas sempre devem. E é mau negócio, mas, vá lá, nos fará cócegas prazerosas e intensas.
Não gosto do amigo. Não gosto do disse que disse e falou e quem sabe. Não consigo usar exclamações e, logo no início, avisei: hoje sou um chato e não....
O chato é não. É não vale a pena. É não vale assim. É não é justo.
E a justiça dos idiotas ainda segue a moral olhoolhodentedente.
Meu mau humor. Meus livros. Minha solidão puta cheia de paixão.
Meu delírio em um blogue de 2013.
As coisas estúpidas que tem que se fazer para que se possa fazer aquilo que deve ser feito.
A tristeza mais secreta. O descompasso mais triste. O arrastar.
O chato que não fala com ninguém.
16 de novembro de 2013
s.r
Nunca mais o blogue. Nunca mais o tesão diário. Nunca mais aquele frisson infantil de pensar: eu escrevo, ela lê. Tempo. Tempo maldito. E, repare bem, melhoras existiram graças ao tempo.
Nunca mais a internet ingênua do Orkut e dos sites e blogues nos favoritos. Nunca mais um tempo que já passou. Nunca mais a internet como coisa em si. Porque agora telefones e cigarros se juntam a internet e tudo é uma coisa só; e tudo combate o tédio com muita eficiência e pouca eficácia.
Internet discada. Videos de 08 segundos. Hora pra entrar e sair.
Agora eterno. Agora constante. Na ilha do cu da flor do diabo há um wireless e sei lá de que diabos to falando.
Sofro.
Sou um cara que sofre.
De tempos em tempos, sofro a larga. Com dores, vômitos e medos variados.
E tem a família. Que sofre por mim sem precisar.
Como se meu sofrimento não bastasse, como se sofrimentos alheios minimizassem sofrimentos íntimos.
Repara: esse texto não diz nada. Não fala nada. E esse texto, assim, cheio de nada, é o texto da internet em 16 de nov. de 2013.
Minha teimosia não é uma virtude, mas uma limitação. O blogue é mais confortável do que o facebook.
É sempre sobre mim.
E é cada vez mais teimosia sem sentido.
O que, todavia, nunca impediu o tesão - aquele velho amigo que se manifesta com frequência e que tende à uma nostalgia estúpida.
Quando o tempo passava sem blogues ou e-mails salvos.
-
Nunca mais a internet ingênua do Orkut e dos sites e blogues nos favoritos. Nunca mais um tempo que já passou. Nunca mais a internet como coisa em si. Porque agora telefones e cigarros se juntam a internet e tudo é uma coisa só; e tudo combate o tédio com muita eficiência e pouca eficácia.
Internet discada. Videos de 08 segundos. Hora pra entrar e sair.
Agora eterno. Agora constante. Na ilha do cu da flor do diabo há um wireless e sei lá de que diabos to falando.
Sofro.
Sou um cara que sofre.
De tempos em tempos, sofro a larga. Com dores, vômitos e medos variados.
E tem a família. Que sofre por mim sem precisar.
Como se meu sofrimento não bastasse, como se sofrimentos alheios minimizassem sofrimentos íntimos.
Repara: esse texto não diz nada. Não fala nada. E esse texto, assim, cheio de nada, é o texto da internet em 16 de nov. de 2013.
Minha teimosia não é uma virtude, mas uma limitação. O blogue é mais confortável do que o facebook.
É sempre sobre mim.
E é cada vez mais teimosia sem sentido.
O que, todavia, nunca impediu o tesão - aquele velho amigo que se manifesta com frequência e que tende à uma nostalgia estúpida.
Quando o tempo passava sem blogues ou e-mails salvos.
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2 de novembro de 2013
A vida puta e essa coceirinha no cu.
Acordar, ler, ouvir música clássica, tomar café. Pequenas tarefas e esse inferno de sempre ter algo para fazer. Troca de geladeiras e toda essa manobra lenta da solidão.
O dia inteiro de cueca e às 15:57 opto por tomar uma dose de Whisky e ficar diante do computador, especificamente no blogue amigo antigo e abandonado. Como é comum ocorrer com amigos.
Uma ansiedade conhecida, porém, no milagre dos 30, menos infantil.
Acordar, ler, ouvir música clássica, tomar café. Pequenas tarefas e esse inferno de sempre ter algo para fazer. Troca de geladeiras e toda essa manobra lenta da solidão.
O dia inteiro de cueca e às 15:57 opto por tomar uma dose de Whisky e ficar diante do computador, especificamente no blogue amigo antigo e abandonado. Como é comum ocorrer com amigos.
Uma ansiedade conhecida, porém, no milagre dos 30, menos infantil.
25 de outubro de 2013
s.r. m, abre as pernas, é tudo verdade e morro de medo.
Eu sou um tipo que julga.
Que acha julgar do caralho e que acredita que ter coragem de julgar é o mínimo de um ser inteligente e vivente.
Quero dizer: julgar é positivo.
Se o julgamento está certo ou errado, se o julgamento é estático ou dinâmico
não é o caso aqui.
O caso aqui: há muito prazer em julgar.
E eu tenho prazer com isso. E também em conversar com os que julgam.
Mas, enfim, pra dizer:
há compartilhamentos de fb que tornam imediatamente uma interessante em uma idiota.
há frases que estragam livros.
há deuses prejudicados pelos seus devotos.
E por aí vai.
Então assim:
a omissão nunca foi virtude nem será,
ser escravo por falta de opção não vale,
Deus, dmaiúsculo, no apocalipse, diz que cuspirá os mornos.
-
Então o julgamento,
a defesa da coragem
a abstenção da omissão (pra ser contraditório, ó pá)
e também os dez dedinhos
e a vontade de potência.
Isso: a vontade de potência.
A vontade de potência de vida.
A vida como vontade de potência de vida.
Os mil Vs e os tesões mais sinceros.
Aquele desabafo e caga-regras que só é possível em um blogue que se atualiza em 2013.
Que acha julgar do caralho e que acredita que ter coragem de julgar é o mínimo de um ser inteligente e vivente.
Quero dizer: julgar é positivo.
Se o julgamento está certo ou errado, se o julgamento é estático ou dinâmico
não é o caso aqui.
O caso aqui: há muito prazer em julgar.
E eu tenho prazer com isso. E também em conversar com os que julgam.
Mas, enfim, pra dizer:
há compartilhamentos de fb que tornam imediatamente uma interessante em uma idiota.
há frases que estragam livros.
há deuses prejudicados pelos seus devotos.
E por aí vai.
Então assim:
a omissão nunca foi virtude nem será,
ser escravo por falta de opção não vale,
Deus, dmaiúsculo, no apocalipse, diz que cuspirá os mornos.
-
Então o julgamento,
a defesa da coragem
a abstenção da omissão (pra ser contraditório, ó pá)
e também os dez dedinhos
e a vontade de potência.
Isso: a vontade de potência.
A vontade de potência de vida.
A vida como vontade de potência de vida.
Os mil Vs e os tesões mais sinceros.
Aquele desabafo e caga-regras que só é possível em um blogue que se atualiza em 2013.
18 de outubro de 2013
Se eu fosse um corajoso e opinativo de Facebook, eu seria assim: s.r
Você não pode criar um herói ou um vilão.
Tanto faz se o herói é o jornal o globo, os blackblocks ou os professores.
Tanto faz se o vilão é o jornal o globo, os blackblocks ou os professores.
Quero dizer: você pode criar o que quiser, pode criar seu herói ou seu vilão. Os motivos são seus e lhe cabem.
Seu herói e seu vilão é problema seu,
tesão seu,
desejo seu.
Não faça a burrice de achar que seu herói é o herói do mundo inteiro.
Não faça a burrice de achar que seu vilão é o vilão do mundo inteiro.
Há jogos de força profundos e essa posição passional e inocente de vilões e heróis enfraquece a potência da vida.
A vida é potente e gosta de disputa. A vida tende à disputa.
E a disputa afirma a vida.
Briga entre fortes, boas brigas - é o que queremos.
Justiça para os justos - a equidade prevista pela democracia. (lembrando, quase boquiaberto, que justos são os fortes)
Tanto faz se o herói é o jornal o globo, os blackblocks ou os professores.
Tanto faz se o vilão é o jornal o globo, os blackblocks ou os professores.
Quero dizer: você pode criar o que quiser, pode criar seu herói ou seu vilão. Os motivos são seus e lhe cabem.
Seu herói e seu vilão é problema seu,
tesão seu,
desejo seu.
Não faça a burrice de achar que seu herói é o herói do mundo inteiro.
Não faça a burrice de achar que seu vilão é o vilão do mundo inteiro.
Há jogos de força profundos e essa posição passional e inocente de vilões e heróis enfraquece a potência da vida.
A vida é potente e gosta de disputa. A vida tende à disputa.
E a disputa afirma a vida.
Briga entre fortes, boas brigas - é o que queremos.
17 de outubro de 2013
s.r.
Em um ensaio acontece de tudo. São três horas de pura intensidade. Tudo passa pela cabeça: a glória, as fugas, as conquistas, o medo, a covardia, a vontade, a vergonha.
Pensa-se si, pensa-se nos outros, pensa-se muito; e há um louco esforço para ser claro e se comunicar com os outros.
Porque coisas tem que acontecer. Tem que existir. Tem que ocorrer no tempo e no espaço. E porque você é você. E porque você conclui que de diversas coisas que poderiam ter ocorrido sem a sua participação, a existência desse ensaio (e dessa peça) são coisas que só poderiam ter acontecido com você. Com sua vontade de potência atuando.
Então mil contas. Todos os sentidos: dinheiro, desejo, disposição.
Lembro do porquenão e lembro do porquesim. Sinto saudades da inocência, na época em que achava que o mundo era injusto e pronto.
Era simples, era bom, havia o bem e o mal e eu respirava livre. Éramos crianças e vivíamos felizes...
- essa bobagem íntima que em 2013 vira blogue -
Pensa-se si, pensa-se nos outros, pensa-se muito; e há um louco esforço para ser claro e se comunicar com os outros.
Porque coisas tem que acontecer. Tem que existir. Tem que ocorrer no tempo e no espaço. E porque você é você. E porque você conclui que de diversas coisas que poderiam ter ocorrido sem a sua participação, a existência desse ensaio (e dessa peça) são coisas que só poderiam ter acontecido com você. Com sua vontade de potência atuando.
Então mil contas. Todos os sentidos: dinheiro, desejo, disposição.
Lembro do porquenão e lembro do porquesim. Sinto saudades da inocência, na época em que achava que o mundo era injusto e pronto.
Era simples, era bom, havia o bem e o mal e eu respirava livre. Éramos crianças e vivíamos felizes...
- essa bobagem íntima que em 2013 vira blogue -
14 de outubro de 2013
s.r
- Vale destacar as grandes dores: demorou muito, muito mesmo, para que nossa especie andasse só sobre duas pernas e fosse razoavelmente reta na coluna.
- Muitos mais milhares de anos com rabo e braços longos e fortes. Ficar reto foi uma conquista de, sem exageros, milhares de anos.
- Repare como a dor se justifica. A dor se insinua: ela é uma mulher vulgar que, para as 'mulheres de bem', é incompreensível. A dor, nesse contexto, é um tesão.
- Então hoje: sustentar-se em duas pernas, comprar no mercado com cartão e voltar pra casa. O choro na estrada.
- Quem entende? Dor pra caralho: voltar sobre duas pernas pra 'sua' casa. As lágrimas que só vieram ao adentrar a casa: dor conhecida: esse acordo tácito que foi feito pensando na inteligência que, vá lá, pode nos aliviar.
- O refrão possível, sempre o mesmo, assim: um dia de cada vez. O refrão mais idiota de todos os tempos: o disfarçar-se.
- meu atélogo, meu rrrrrrrrr, meu seiláquediabos, meu amor que amor tá na moda. s.r
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