13 de abril de 2014

Me ama, coração.
Diz que pensou muito bem e que seu atual marido é um imbecil.
Fala mal dele pra mim. Me conta que seu pau é torto do jeito errado e que quer fazer uma loucura.
Diz que desistiu dos filhos, da família e do emprego público. Fala que tem que fazer uma coisa e pergunta se pode se esconder no meu aparteamento por no máximo 14 dias.
Faça a ressalva: "não sei se treparemos de novo, entende? não gostaria de ter a obrigação de treparmos apenas por estar aí, sabe? Seria bem desagradável trepar sem vontade, né?"
Ressalva feita, eu digo sim e comento: "que mal pode surgir de apenas 14 dias?"
Daí a gente se casa. Vende a merda toda e muda prum palacete no cu do mundo.
Ou a gente diz legal e diz adeus. E nem liga que isso ou aquilo tenha dado errado.
Sabe, coração:
o que não dá mesmo é pra achar que esse tédio é normal.

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