16 de novembro de 2012

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Eles se fortalecem ao lamberem um o cu do outro. Um tipo de roda. Um comportamento gregário e, portanto, de auto-preservação. É o rebanho unido e mais forte porque unido. Não há mal e muito provavelmente não há também nenhuma reflexão; auto-reflexão, quero dizer. Lamber cus para ter o cu lambido poderia ser uma estratégia da mente sagaz, do comportamento frio de um bom líder. Mas não creio ser o caso.
Há intensidade e passionalidade. E crença, muita crença. Não há visão, há cegueira. Cegueira livre, cegueira plena, ignorância que crê em gênios, em talento nato, que é indiferente à sorte e cogita que tudo é fruto do trabalho, do suor.
Eles são felizes e bem-sucedidos. O mundo gosta deles e, por isso, eles gostam de si mesmos. Não há pecado e mesmo a malícia é natural. Porque são todos naturais. Como as ovelhas, como árvores na floresta.

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