8 de maio de 2012

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Gostou quando eu disse que só acreditaria em Deus se ele fosse um velho barbudo.
Deu risada, soltou um 'pode crer' e acendeu um cigarro fazendo 'não' com a cabeça.
Falava sobre coisas bestas. Sobre forças transcêndentais. Sobre a pressão social pós redes sociais.
Eu não ligava muito, soltava gemidos de 'ham' e concluía que só importava o que estava na minha cabeça. A realidade era apenas um fundo para nossa fotografia.
Cabelos longos, movimentos calmos e riu de todas minhas bobagens.
Pensei em amor, pensei em tesão, pensei em carências mútuas que se saciam.
Deus estava no céu e alisava sua barba.
Ela tinha coxas e ria. E eu, agora, a amava.
Feliz pra sempre, eu lhe diria se ela me perguntasse.
Mas não foi preciso.




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