10 de fevereiro de 2012

Ouvir música clássica e sentir o gosto metálico do bourbon.

Agora sou eu e um tipo egoísta. Falo só de mim e cago pra outros que.
Não que antes não fosse. Não que tenha deixado de ser.
Mas quero dizer:
- qual é, enfim, a grande lição da terapia?
- Pense só em si que talvez seja feliz.
Felicidade não é o caso. Não tenho esse problema. Preocupar-se com a felicidade é coisa pra Ivete Sangalo e pra Xuxa. Eu não entendo de felicidade. Eu não consigo acreditar em que acha que ser feliz é o mais importante. A lista é grande: além de Xuxa, milhares e milhares.
Pensar em si faz mais sentido. É uma pena, confesso. Queria mesmo era me misturar com mais 4 ou 5 e me confundir. Mas não é caso. Quero dizer, não foi o caso. De modo que penso em mim e, em momentos otimistas, urro U-LÁ-LÁ.
Que pra reclamar da vida não  preciso de parceria e mantenho o blogue. Que, ah, vá lá, quem em sã consciência acredita que um degrau após o outro leva ao céu?
Eu não. Eu nunca.
E por ter certeza que o céu existe, eu digo: ele não está no fim de uma escada.
Então vou pensar em mim. Aproveitar meus 30 anos e cagar regras cheio de convicção. Não quero o que eu tenho com quem eu tenho. Talvez queira demais, talvez esteja com pessoas erradas, talvez esteja equivocado. Mas isso não importa pelo mesmo motivo que a felicidade não importa.
Quero dizer: o sentido das coisas não está no cumprimento de suas funções.
É o banquete e não a fome que importa. 
Quando lamentamos pelos que têm fome é porque eles ignoram a existência do banquete; e não porquê lhes falta a ingestão de nutrientes recomendada pela ONU.

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