12 de novembro de 2011

tão linda com sua cara tímida.

Eu pensava em amores, em delicadezas incríveis, em paixões movidas a esforço de vontade.
Ela linda e protegida. Sua máquina, seu mundo. Os sapatinhos baixos que tinham tudo para serem bregas, mas não eram.
Ela me falou sobre os "Rolling Stones" e riu quando fiz uma piada idiota. Poderia me apaixonar, poderia ser feliz pra sempre, poderia a levar em um show do Erasmo Carlos.
Pequena, quase gorda e com um tipo de sorriso que me comove. É estúpido e sem explicação. Tinha também o queixo meio pra frente, algo que sempre retorna nas minhas ideias sobre beleza e mulheres lindas.
Falou seu nome, me adicionou no facebook e virou curtidora de minhas frases tristes.
Pensei em amor, em destino, em filhos de férias em casas de campo.
Uma foto, duas fotos. Eu mais gordo do que deveria e ela sem nunca aparecer. Pensei em mortes repentinas, em gente que trabalha todo dia de 8 às 18:00, em assistir o Faustão para ouvir a opinião da Suzana Vieira sobre o sexo após os 60.
Um dia, uma semana, um mês. Medos de velho e novelos no umbigo por causa das camisetas de algodão.
Ela acharia graça, eu beberia menos e nós dois... ah... nós dois seríamos minha mais séria invenção.

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