2 de agosto de 2011

be-ze-la ou be-le-za.

Entre as 21:34 e 23:47 me dediquei à mim (sic). Era uma bicha elocubrante diante da janela: olhava o Cristo e pensava, ouvia a música do Villa Lobos e pensava. Em outras palavras: eu pensava. E era isso que eu queria e foi isso que fiz. De modo que, mesmo seduzido, nem posso reclamar: era o que eu queria.
Não desejava encontros, papos de amigos, celebrações que nem cogitam a realidade do tempo. Porque o tempo é real, bem real. E dói e é bom e ruim e melhora também e tudo de tudo e etc - mas o tempo, ele mesmo, passa e, passando, fica. E a realidade do tempo é o que desejo pra mim e acho decente - porque, cá comigo, a merda seria achar que o tempo não existe ou é relativo, como uma fórmula matemática pop que se usa por aí quando se esquece que a tal fórmula foi formulada (sic) especificamente para reflexões matemáticas.
(Deus, em um sonho me disse, que perdoa e perdoará todos aqueles que um dia disseram "o tempo é relativo, Senhor." E à isso chamemos, sem pensar muito, de Coerência Divina. Porque Deus, se Deus existe, é só perdão.)
Fica assim: satisfação de experimentar uma ego-trip simbólica que só diz respeito à mim.
Como um tesão enrustido ou uma punheta secreta.

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