8 de julho de 2011

Cada um com sua capelinha.

Tá tudo certo.
Uns fodem, outros bebem.
Questão de estilo e (pra ser claro e falar de mim) habilidade.
Quero dizer: a gente foge. A gente sempre foge. Fugir é uma maneira de melhorar... de tentar melhorar...(ó a merda...) Se dá certo ou não é outra história.
Quem, em sã consciência, enfrenta todos os seus problemas?
Fugir é questão de sanidade. De tentativa, de outras saídas, de formúlas novas pra problemas antigos, de dados num pano verde de um cassino Uruguaio.
Não quero ser condescendente nem generoso. Quero berrar e dizer: merda à todos que nunca cogitam a fuga.
Fuga. Coisa plena. Coisa objetiva. Foge-se porque a polícia está atrás e/ou porque o mundo é mau. Ou então porque o sofrimento é enorme e a culpa é de todos menos sua. A gente se consola na fuga. E é humano buscar consolo. E, pra minha desgraça, humano era o Hitler justificando a matança de judeus...
Fuga. Esse é o assunto: fuga. Quantos a praticaram mesmo? A fuga é uma idéia e não uma prática. E isso é uma pena, uma puta pena. E estou delirando, e estou só, e estou, contra mim mesmo, sentido pena, uma enorme pena. Que sofro e falo sozinho porque tenho preconceito de quem, muito pimpão, compartilha sofrimentos e agonias.
(como sempre repito: o blogue, esse mesmo que agora lê, é meu limite)
Fuga. E todos sinônimos: tempo em casos de amor, distância pra enxergar melhor(?), comportamento auto-destrutivo, porres diante da T.V, etc.
Queria ser claro, mas não estou sendo. Culpa do álcool, da dor, do julgamento que faço com orgulho e empafia. Culpa da injustiça generalizada. Ela, ela mesmo, que nem sabe que trabalho é mais importante do que contatos ou networks.
Sinto-me chato e é inevitável. Quem me entende? Meus melhores amigos me acusam, com razão, de levar à sério o catolicismo... essa religião tão tolerante e generosa com o Cordeiro de Deus... meus amigos não entendem e dizem, sem pensar, que estou preso e que devo ter novos horizontes.
Eles estão certos. Eles sempre estão certos. Preciso de novos horizontes. Mas, cá com meu umbigo, eu deliro: preciso mesmo é de um horizonte único.

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