11 de maio de 2011

sobre idéias*

É como um fogo lento que rói a cabeça da gente. Vem vindo, acende e apaga, parece queimar, parece doer, mas nem queima nem dói e, em um dia de chuva, volta.



Os motivos são variados e amplos: a própria vida, os futuros empregos, os problemas na família ou a gúria que lhe deixou mais tesudo do que imaginaria. Tudo isso queima sem queimar e tudo, sempre e sempre, voltará em dias de chuva.



Há idéias que exigem ação e que, por isso, fazem você pensar em seu campo de ação: onde posso meter o bedelho com eficiência, quando fazer o retorno triunfal, com que números contar os humores produzidos por um pau duro...



Considero-me calmo e analítico. Vejo o mundo e faço contas: há pessoas pra quem tenho o que falar e que, muito provavelmente, eu ajudaria. Mas há o silêncio também - que é como uma capacidade de escutar, mas que não é só isso. É mais um esperar pra ter certeza.



Então mantenho minha discrição e olho, ao passar pelo aterro do Flamengo, o oceano. Que está lá e é estúpido. Porque o oceano, o mar e o verde-azul que colore as águas dos oceanos são estúpidos também.



E estupidez, nesse caso, é quase o sentido da vida.



*tudo o que se pensa e/ou imagina, com razões objetivas ou não; por influência ou não.

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