13 de março de 2011

Porque sou implicante. (s.r)

Devo dizer que o seu sorriso é verde. E também que sua frequência em feeds e mostras de fotografia digital fazem com que eu pense mal de você.
Aproveito pra lembrar que falar sobre amor na Internet é piegas e sem sentido. Que amor na Internet é como os feeds que ficam em páginas não atualizadas. Amor e Ternura estão na moda de tal forma que se tornaram suspeitos e nada espontâneos. Coisas de Neo-Hippies, em outras palavras.
Volto a ressaltar que comida japonesa é Fast Food. Não dá pra dizer "Bora comer um japa" como se isso fosse cool ou cult ou pop ou descolado. Fast Food. Tá provado.
Dê uma volta no Shopping (aquele lugar de consumo, você chama) e repare: Japas em excesso e com kombos à lá o original Mc"Donalds.
- número 1, por favor
- 6 salmão skin e 3 sashimi atum, confirma senhor?
- confirma.
Entre outros detalhes, lembro que:
a vibe oriental não é natural;
natural, de natureza, não tem nada de bonzinho porque na natureza, essa coisa supervalorizada, reina a cruel lei do mais forte;
achar que um índio é uma pessoa boa por ser índio é como a Regina Casé que inventou que qualquer coisa da periferia é ótima por ser da periferia - o nome disso é preconceito;
o cinema americano ainda é o melhor cinema do mundo, mesmo que haja um esforço muito nobre do cinema nacional.
Então encerro aqui e deixo a dica: você é comum e todo seu lance alternativo vem daquilo que você nomeia de ilhas de consumo. E até aí tudo certo. A gente vive num mundo de merda que, querendo ou não, nôs influencia. O que não dá e pega mal e achar que você tem autenticidade. Simplesmente porque ninguém que seja autêntico fala por aí "sou atêntico, sou autêntico."
E muito menos "ilhas de consumo".

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