- Dar tchau me parece bom. Dar até logo me soa bastante estúpido.
- Os imbecis gostam de girar sobre si mesmos. Eu giro sobre mim mesmo, mas não me acho imbecil. Vaidade, em outras palavras. É que não peço à ninguém pra ver eu girando sobre mim mesmo e descobri que o nome disso é elegância.
- Eu faço planos e você faz planos. Todos nós fazemos planos. Planos... parece importante, mas não é. Fazer planos é como viver: você está fazendo mesmo sem saber.
- Gosto de mentir. E de cagar. E de dizer coisas sem pensar. E também gosto de mim. Mas gostar de si não precisa ser aprendido em lições espirituais, precisa? Sou arrogante e digo que não.
- Ela, um dia, me falou de uma árvore. Essa árvore tinha sido muito importante na infância dela. Ela disse que subia na árvore, via o mundo lá de cima e ficava por horas lá em cima. A árvore era sua casa, ela disse. Perguntei da casa de verdade dela e ela me chamou de estúpido, disso que eu só gostava do que não existia. Mesmo sem ela imaginar porquê, eu concordei.
- Dou dois beijinhos e digo OI. Chacoalho as mãos e dou TCHAU. Tenho charme e cinismo. Equilibro-me entre o idiota que fui e o idiota que serei. Parece profundo, mas não é. Acusar à si próprio tá na moda e pega bem. O erro é acreditar que você é quem você imagina ser.
- O faz de conta é uma grama verde. O Leminskão sabia disso e achou graça. O Tio Caetano cantou e também achou graça. Eu não posso falar dos outros, tenho limitações graves e nem sempre sou capaz de amarrar meus cadarços. Mas, mesmo assim, me considero bastante engraçadinho.
4 de dezembro de 2010
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